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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

BRASIL E IRÃ O QUE TEMOS A GANHAR E PERDER?


O Itamaraty divulgou uma nota na qual diz apoiar o que chama de "luta contra o flagelo do terrorismo" e condenou ataques recentes à Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque. Depois, o presidente Jair Bolsonaro reiterou essa posição.
Mas será que vale a pena para o Brasil mergulhar nesse conflito entre Estados Unidos e Irã?
O impacto pode ser sentido principalmente em duas áreas: comércio e segurança.
Só Brasil e Israel manifestaram até agora, apoio à ação militar do presidente americano.
O IMPACTO COMERCIAL
Será que esse posicionamento poderá afetar o comércio brasileiro com o país persa?
No ano passado, o Brasil exportou um volume total de 2,1 bilhões de dólares ao Irã. O saldo foi positivo pra balança comercial brasileira em pouco mais de 02 bilhões de dólares. Isso significa que o país vendeu muito mais aos iranianos do que comprou deles.
Mas ao analisar o impacto em setores agrícolas é que a relevância dessas trocas comerciais fica mais evidente. O Irã foi o segundo maior comprador de milho brasileiro, quinto maior importador da soja e sexto maior comprador de carne bovina brasileira em 2019, segundo dados do Ministério da Economia.
Fica claro que o Irã é um mercado importante e que seria interessante o Brasil manter. Não podemos nos dar ao luxo de dispensar tão importante parceiro.
A SEGURANÇA
Os diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que estão receosos de que a decisão do Brasil de se posicionar no conflito entre EUA e Israel possa deixar cidadãos e diplomatas brasileiros que vivem no Oriente Médio em situação vulnerável.
Uma preocupação específica sobre segurança diz respeito a nações onde há forte atuação do Hezbollah, uma milícia xiita libanesa com fortes laços com o Irã.
"O efeito (na área de segurança) é nulo. O Brasil não é alvo, não é ameaça, não está no radar. Seria um grave erro se os governos daqueles países ou organizações daqueles países cometessem atos de violência contra representações brasileiras. Não creio que isso acontecerá." Argumenta o  professor de Relações Internacionais Carlos Gustavo Poggio, da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Nas redes Sociais, milhares de brasileiros foram ao Twitter  para postar memes e mensagens em que exaltam a amizade entre Brasil e Irã e se desculpam pelas declarações do presidente Jair Bolsonaro de alinhamento ao governo americano, o que demonstra claramente que a população não quer briga com ninguém.
Como diz um ditado no mundo jurídico:
Antes um mau acordo do que uma boa briga

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

FAKE NEWS


Começou essa semana uma comissão parlamentar na Câmara Federal para discutir as fake news. 
O primeiro problema é conceituar o que é esse fenômeno que ganhou as páginas dos noticiários de todo o país.
Fake News são noticias falsas ou deturpação de um fato, que é colocado como verdade.
Foram muito usadas nas guerras e nas campanhas eleitorais de todas as formas.
Panfletos eram jogados de avião no território inimigo para que se espalhassem noticias falsa ou deturpada para a população, levando a ter informações e conceitos errôneos.
Da mesma forma, impressos foram utilizados em campanhas eleitorais para disseminar falsos fatos sobre políticos e candidatos.
O que assistimos hoje, através da internet, é uma explosão do uso dessas mensagens pela facilidade de produção e difusão por qualquer pessoa.
Nesse universo estão vídeos e áudios adulterados, em que uma imagem de um indivíduo ou personalidade pode pronunciar um discurso ou um texto de forma fabricada.
Fabricam-se fatos e versões completamente deturpadas e, com tal consistência de parecer verídico, que muitas pessoas passam a acreditar piamente neles.  
O mais importante para que uma fake news se torne altamente prejudicial, é a versão de um fato verdadeiro, onde, através desta versão deturpada, se envereda para o caminho da inverdade sobre um fato verdadeiro.
Isso coloca uma pseuda credibilidade a versão, levando incautos a até compartilharem e aumentarem a abrangência da fake news.
Concluindo: Chama-se fake porque são noticias e informações forjadas, falsificadas, alteradas, fabricadas e inventadas sobre fatos. Pode-se pegar um fato verdadeiro e distorcê-lo, tornado o fato meio verdadeiro meio falso. Pode- se inventar um fato. O problema não está somente em ser fake, mas no caráter maligno, para destruir reputações.
Usada nas campanhas eleitorais, as fake news pode ter tanto um sentido negativo, para prejudicar um candidato, quanto positivo, para fortalecer a imagem de um dos concorrentes usada como alternativa destrutiva ao verdadeiro marketing político eleitoral.
O mais importante é que devemos ficar atentos e não acreditar em tudo o que é veiculado, principalmente sobre políticos e candidatos.
Checar em sites oficiais te dará a certeza de que a noticia é ou não verdadeira.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

AS MENSAGENS DE MORO #marketingpolitico #comunicaçãopolitica


A semana foi impactada com a divulgação de supostas conversas pelo Telegram entre o atual ministro da Justiça Sergio Moro, promotores e procuradores da Lava Jato.
Em uma das conversas atribuídas a ele, até o ministro do STF Luiz Fux foi citado.
Nesta quarta feira dia 12, o ministro esteve no estádio Mané Garrincha em Brasília, para assistir o jogo do Flamengo.
Em clara demonstração de que seu conceito perante a sociedade não foi abalado, Moro foi ovacionado pelos torcedores.
Isso é uma ilustração de seu prestigio nas ruas e nas praças.
Que ninguém imagine que essas mensagens divulgadas pelo Intercept terão credibilidade suficiente para reduzir os aplausos ou a bandeira anticorrupção que ele carrega há muito tempo.
A credibilidade do ministro Sergio Moro foi construído ao longo do tempo por ações e postura sempre divulgadas pela mídia, o que o torna um personagem fortificado e para que possam lhe abalar, terão que provar atos inadequados feitos por ele, para que quebrem essa imagem de herói nacional.
A justiça deve ser feita sempre com base em fatos provados e comprovados.
É o que se espera nesse episódio.                   
Termino meu comentário com a frase de Nicolae Iorga
“A justiça pode caminhar sozinha; a injustiça precisa sempre de muletas e de argumentos”.


terça-feira, 5 de março de 2019

APOSENTADORIA E A NOVA PREVIDÊNCIA Comunicação Política


O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, alertou que a divulgação da reforma da Previdência é de extrema importância e como é um assunto complexo terá que ser bastante debatida com a população. 
Afirmou que depois do carnaval já deverá estar funcionando um call center para tirar dúvidas e um site para fazer a simulação das novas opções de aposentadoria.

O Planalto precisa convencer a sociedade e os parlamentares sobre a necessidade da reforma.
A ideia é não cometer os mesmos erros de Temer e combater as fake news.
Muito se tem falado e várias versões aparecem a cada segundo tentando explicar o que o governo está propondo de mudanças na aposentadoria.
O que deve ser feito são canais interativos de comunicação, ou seja canais onde a população possa perguntar e tirar suas duvidas.
Colocar internet e call center  (telefones) com respostas pré-concebidas e um call center com atendimento por gravação, não irá elucidar as várias duvidas de quem está procurando a aposentadoria e suas novas regras.
Tanto na internet como no telefone, o atendimento deve ter condições de, através de atendentes capacitados, tirar as duvidas do projeto.
A aposentadoria é um assunto que vai interferir na sociedade como um todo e, se não for bem explicado e entendido, tanto pela população como pelos parlamentares que irão votar o projeto, teremos com certeza, reações contrárias às novas regras de aposentadoria.
Termino esse comentário com a frase de Josemar Bosi
Tem tanta gente ganhando aposentadoria, totalmente fora do contexto econômico brasileiro, que se for acertado, no mês seguinte, o Brasil será aquele país do futuro que nunca chegava.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A COMUNICAÇÃO PRESIDENCIAL E OS RUSSOS


O Presidente da República começou seu mandato com todo gás, mas parece que se esqueceu da comunicação de seus atos e do que ele e seus ministros pretendem fazer.
O Presidente fala, seu ministro desmente e o outro diz não é bem assim.
Isso me lembra a historia do Garrincha na copa de 58, em um jogo contra a Rússia, quando Feola o técnico explicava uma jogada com a participação dele.
Terminada a explicação Garrincha diz ao técnico: Entendi, mas o Sr. Já combinou com os russos essa jogada?
O técnico da Presidência parece que não combinou com seus ministros o que será feito e divulgado.
São muitas as providencias a serem tomada pelo Presidente, mas com esses ministros, não falando coisa com coisa, Bolsonaro nem vai precisar de inimigos. Eles bastam para arrumar todas as encrencas de que o governo precisa.
Comunicação política é uma atividade que merece todo carinho e cuidado. Fica difícil para a sociedade compreender que um Presidente foi desmentido e desautorizado em suas declarações, por quem quer que seja. 
Eis a falta que faz uma equipe de comunicação profissional, capaz de identificar o momento ideal de transmitir as notícias e de informá-las de modo inequívoco e eficaz.
Sem ela, fica transparente a “bateção” de cabeça inerente a qualquer governo.
Tanto o Presidente quanto seus ministros precisarão aprender que não dá para governar e se comunicar apenas para as redes sociais, se governa e se comunica para toda a sociedade, internautas ou não.
Termino esse comentário com a frase de João Vitor Rocha: "A solução do problema está na comunicação”.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

SE 50% DOS VOTOS FOREM BRANCOS, NULOS E ABSTENÇÃO A ELEIÇÃO É CANCELADA?

Vez ou outra, principalmente em ano de eleições, circulam boatos na internet convocando os eleitores a não comparecerem à votação, ou, se comparecerem, a votarem em branco ou nulo, porque, se a abstenção, os votos em branco e os votos nulos perfizerem mais da metade dos eleitores, as eleições serão declaradas nulas e novas eleições serão convocadas, com outros candidatos.

Os boateiros também informam que os votos nulos e os votos em branco, contam para o candidato ou para a legenda que soma maior número de votos recebidos.

Vamos entender primeiro o que é voto Branco, Nulo e Abstenção.

Voto em branco
De acordo com o TSE, o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Hoje em dia, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla “branco” na urna e, em seguida, a tecla “confirma”.

Voto nulo
O TSE considera como voto nulo aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.

Abstenção
Quando o eleitor não vai votar. No Brasil o voto é obrigatório e nesse caso o eleitor deve pagar uma multa ou justificar porque não foi votar. Se não fizer fica impossibilitado de tirar passaporte, empréstimos em bancos oficiais e outras sanções.
QUEM SE ABSTEM DE VOTAR, NÃO TEM O DIREITO DE RECLAMAR DA POLÍTICA NEM DOS POLÍTICOS, POIS SE NEGOU A PARTICIPAR DA ESCOLHA. 
Plagiando o Velho Guerreiro: Quem não participa se estrumbica.
 
Então vamos elucidar essa bagunça.

Se consultarmos a Constituição Federal de 1988 veremos o parágrafo   do art. 77 que dispõe, com clareza absoluta: “Será considerado eleito o candidato a cargo majoritário ( Presidente, Governador, Prefeito e Senador) que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta dos votos, não computados os votos em branco e os nulos”.
 
Conclusão: não há norma declarando que os votos em branco ou nulos contam para esse ou para aquele candidato ou para essa ou aquela legenda. Votos em branco e votos nulos não são válidos, seja para que finalidade que se queira considerá-los. Eles são descartados até nas eleições de deputados e vereadores.

Vamos esclarecer então os boatos da internet:

Se mais de 50% dos eleitores não comparecerem para votar a eleição será anulada?
O nome dado a isso é abstenção eleitoral. Mesmo que o número de abstenção seja elevado no dia da votação (maior que 50% dos eleitores), isso não provocará uma nova eleição por falta de quórum. Nesses casos, os eleitores faltosos perderão a oportunidade de escolher seus representantes, delegando a outros o direito de escolha dos que governarão em nome de todos (votantes ou não).

Se mais de 50% dos eleitores votarem nulo a eleição será anulada?
Não. Os votos nulos, assim como os votos brancos, não são computados como votos válidos. São descartados.


Voto branco e voto nulo são a mesma coisa?
O voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Então, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla "branco" na urna e, em seguida, a tecla "confirma". No voto nulo basta o eleitor digitar um número de candidato inexistente, por exemplo, "00", e depois teclar "confirma". Do ponto de vista prático são a mesma coisa, porque ambos não computam como votos válidos e, portanto, não são utilizados para definir o(s) vencedor(es) da eleição.


Eu já participei de uma campanha eleitoral onde só existia um candidato concorrendo, ou seja, candidato único.
Fizemos então uma consulta ao TSE para saber se na hipótese de os votos brancos nulos e abstenção fossem maiores que 50% nosso candidato não seria eleito.
A resposta do TSE foi: Se em uma eleição onde tenha candidato único ao cargo, se tiver apenas um voto válido (que não seja branco nem nulo) o candidato estará eleito.

Quero terminar esse comentário de hoje com uma frase de Odisseu o irritado: Não esqueçamos que os políticos não caem do céu, nem saem do inferno. Eles saem das urnas.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

A VISÃO POLÍTICA NO BRASIL E NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


Há muito tempo o jargão utilizado por brasileiros era: O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.
Alguns brasileiros ainda têm isso como pura verdade.
Mas, até onde isso realmente pode ser verdade?
Na politica, e nas campanhas eleitorais, muito se tem copiado o que os americanos fazem para fazer também aqui no Brasil.
Há pouco tempo tivemos o caso da Cambridge Analytica, onde se revelou o escândalo da captura de informações do Facebook para fins eleitorais na campanha de Trump.
Uma empresa nacional chegou a fechar acordo para trazer isso para as campanhas eleitorais aqui do Brasil, mas com o escândalo e sua repercussão, teve que cancelar esse acordo.
Nas campanhas do Presidente Obama, chegou aos nossos ouvidos de que a Internet foi o grande eleitor da campanha presidencial americana.
Eu estive nos Estados Unidos acompanhando as três ultimas campanhas presidenciais americanas dentro da George Washington University’, juntamente com 15 consultores políticos brasileiros, aonde os estrategistas das duas principais campanhas vieram nos mostrar as estratégias e os últimos spots usados na TV e rádio para convencer os eleitores.
Em uma das palestras destes estrategistas, um deles chamou a atenção dos consultores brasileiros presentes e nos alertou no seguinte sentido (isso na reeleição do Presidente Obama):
Vocês no Brasil compraram a ideia de que a campanha do Presidente Obama teve a internet como grande ferramenta de cooptação de votos e persuasão de eleitores. Devo dizer que vocês estão enganados. A internet ajudou sim, e muito a campanha, mas atentem-se para duas diferenças fundamentais entre a politica nos Estados Unidos e a política no Brasil: Aqui nos Estados Unidos a politica tem uma visão positiva, ou seja, as pessoas torcem e apostam em seus candidatos buscando-os na internet.
No Brasil a visão de politica é negativa.
Aqui nos Estados Unidos a TV e o Rádio são pagos, ou seja, cada segundo de propaganda eleitoral é pago pelo candidato e não tem horário eleitoral gratuito.
Isso posto, pela política americana ter uma visão positiva, os eleitores entram na internet para doar dinheiro a seus candidatos.
Um americano entra no site do candidato e autoriza o debito em seu cartão de crédito, da parcela de 10 dólares por mês até chegar em 100 dólares, para que seu candidato o represente.
Esse dinheiro é usado para pagar todas as contas da campanha, inclusive TV e Rádio.
No Brasil, por ter uma visão negativa de política, é cultural no eleitor querer tirar alguma coisa do candidato. Mas isso não é culpa apenas do eleitor.
Até pouco tempo, candidatos davam bola de futebol, camisa para time, chaveiros, canetas, rodada e grades de cerveja e todo tipo de brinde. Ou seja, o eleitor acostumou a receber e tirar alguma coisa do candidato e nunca a dar alguma coisa para ele ou para sua campanha.
Isso se tornou cultural e ainda vai demorar um pouco para tirar esse vício dos eleitores. (ou síndrome de Gerson: levar vantagem em tudo)
Falei tudo isso para chegar à vaquinha virtual, que foi autorizada pela nova legislação a ser feita para arrecadar fundos para campanhas eleitorais, e que pode começar a arrecadação agora em 15 de Maio.
A vaquinha virtual vem substituir a doação de empresas para candidatos.
A contribuição a candidatos, pelos eleitores, é uma atitude altamente democrática e louvável em campanhas eleitoras. O que nos resta é torcer por uma mudança de cultura do eleitor que, em muitos casos. ainda vê o candidato como fonte de recursos materiais e não como seu legitimo representante na esfera política.
Que venha a vaquinha, mas que venha em formato transparente e legalizado, para ser uma ferramenta democrática e não mais uma forma de esconder recursos de campanha.
Estamos aqui torcendo para que a vaca não vá para o brejo.
Carlos Manhanelli, Jornalista, Mestre em Comunicação, Consultor Político e Presidente da ABCOP Associação Brasileira dos Consultores Políticos.
 

domingo, 4 de março de 2018

COMUNICAÇÃO ENTRE OS POLÍTICOS E A POPULAÇÃO. MARKETING POLÍTICO


A comunicação entre políticos e a população, vem mudando muito rapidamente.

Nas décadas de 50 e 60 e até recentemente nos anos 2.000 tivemos grandes ícones políticos, que a maioria da população acreditava e idolatrava.

Figuras como Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek e Jânio Quadros que criou a famosa febre janista, contagiavam multidões que saiam as ruas para defendê-los e reverencia-los.

Tudo o que diziam tinham apenas uma mão de direção: eles falavam e a população na sua maioria concordava.

Após o período militar, e apresentação dos últimos candidatos que se lançaram como salvadores da pátria, a comunicação toma outros rumos.

Já não se tem a grande maioria simplesmente concordando com o que falam os políticos.

Concomitantemente com isso, cresce o acesso a informação através da TV e rádio, que chegam aos mais remotos rincões desse país.

Soma-se a isso o advento da internet que multiplica esse acesso.

A população em sua quase totalidade começa a receber informações e a ser informada dos bastidores mais sórdidos das gestões políticas, tanto governamentais quanto parlamentares.

O judiciário começa a expor as fissuras das condutas dos políticos.

A cada dia que passa, os políticos perdem mais e mais sua credibilidade.

A única solução e o que deve prevalecer é a comunicação entre os políticos e a população, mas a comunicação da verdade.

O que fortalece a democracia é justamente essa interação entre as partes que compõem o principio democrático.

A comunicação política é o oxigênio da democracia, título de meu ultimo livro.

A hora que o diálogo entre políticos e população cessar, teremos então estabelecida uma ditadura.

Como dizia Antônio Ermírio de Morais “há uma nítida diferença entre estadista e politico. O estadista é alguém que pertence a nação; o político é alguém que pensa que a nação lhe pertence.”

Senhoras e senhores vêm ai o XIII Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Politico que irá discutir justamente o momento em que vive essa comunicação política.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

MARKETING POLITICO FAKE NEWS


Vamos falar sobre fake news ou traduzindo ao pé da letra para o português noticias falsas na internet

Esse termo ganhou mais força após a eleição do presidente americano Donald Trump e é usado para classificar aquela noticia que se espalha pela internet, mas que não tem fonte, data ou comprovação verdadeira.

Essa cultura de fake news já é usada no ambiente politico eleitoral há muito tempo aqui no Brasil, principalmente durante as campanhas eleitorais.

Qualquer um pode fabricar uma noticia ou até um perfil falso e colocar na internet a favor ou contra um candidato.

O compartilhamento desenfreado também é um problema em época de eleições. “a quantidade de boatos aumenta muito neste período. Na maioria das vezes, os rumores giram em torno de quem está ganhando nas pesquisas”.

Um simples boato pode derrubar toda uma campanha. 

A mais “leve” dessas consequências é reforçar o pensamento errado sobre determinada notícia ou candidato.

Em um nível mais elevado, porém, o usuário pode destruir a reputação de uma pessoa, prejudicar alguém e até contribuir com uma tragédia.

Em 2014, um boato do facebook acabou matando uma mulher no Guarujá, no litoral de São Paulo.

Dezenas de moradores espancaram Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, após confundirem a dona de casa com uma sequestradora de crianças. A publicação na rede social alegava que a tal mulher utilizava os pequenos em rituais de magia negra.

Mas então em que acreditar na internet?

Costumo colocar em minhas palestras que a internet em campanhas eleitorais é apenas um coliseu romano, onde lutadores dos partidos ficam se digladiando para saber quem ataca mais o concorrente.

Quem frequenta a internet durante a campanha eleitoral, na maioria das vezes, são militantes e simpatizantes partidários, ávidos para destilar seu veneno contra os partidos e candidatos adversários.

A internet perde cada dia mais sua credibilidade.

Não é a toa que uma emissora de TV todo domingo coloca um detetive virtual para mostrar as mentiras que a internet veicula.

A eleição está se aproximando, e você que é eleitor terá que decidir em quem votar.

A internet, em minha opinião nesse momento, não será uma boa conselheira.

E cuidado com a compra de voto.

Quando o eleitor só olha para o bolso do candidato, é porque não achou nada na cabeça dele.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

PROPAGANDA OU COMUNICAÇÃO - MARKETING POLÍTICO


Há muito os profissionais em técnicas de propaganda e comunicação política tem insistido para que os governantes não usem tanto a propaganda durante seus mandatos e sim usem comunicação.

Parecem a mesma coisa, porem as diferenças são gritantes.

A propaganda política é usada para convencer as pessoas que uma coisa é muito boa para ela e que ela não pode ficar sem consumir isso ou aquilo.

Na comunicação política, informa-se o que se tem e deixa para que as pessoas tirem suas conclusões.

Vamos pegar dois exemplos:

Hoje estamos assistindo o governo federal insistir com propaganda tentando convencer a população de que a reforma da previdência é uma coisa boa.

A população está vacinada contra esse tipo de propaganda que abusou, e ainda abusa do poder de convencimento.

O Prefeito de São Paulo, João Dória, que usou e abusou, corretamente, da propaganda no período eleitoral, esqueceu que já está no governo e continua tentando usar as mesmas estratégias de convencimento durante seu mandato, o que está acarretando total descredito de sua comunicação.

Os políticos devem aprender de uma vez por todas que a população cresceu em seu discernimento e que sabe bem o que é propaganda e o que é comunicação.

Comuniquem o que estão fazendo e deixem que o povo julgue se está certo ou errado

Tentar convencer, durante o mandato, de que você é o melhor do mundo, é cair no ridículo e no descrédito.

A população aprendeu a separar o joio do trigo.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

BOLSONARO PRESIDENTE? - MARKETING POLÍTICO


Pesquisas recentes vêm assustando a militância de esquerda no Brasil na perspectiva de ver o deputado Jair Bolsonaro com possibilidades de chegar ao segundo turno das eleições presidenciais em 2018.

Esta chance é real e cabe a tarefa urgente de tanto combater o neofascismo em todas as suas versões como também interpretar as razões deste fenômeno.

Jair Bolsonaro é o messias para jovens do sexo masculino das regiões mais ricas do Brasil e com escolaridade acima da média.

É o que dizem as recentes pesquisas divulgadas pela mídia.

Hoje, grande parte dessa geração nascida após a ditadura e que cresceu num período de bonança não votaria em outro que não Bolsonaro.

É o suficiente para o representante das corporações fardadas ser o presidenciável mais badalado nas mídias sociais.

Justamente porque é desse segmento demográfico quem mais tem acesso a smartphones e gasta mais tempo conectado a aplicativos como Facebook e WhatsApp.

No meio digital, Bolsonaro está super-representado de duas a três vezes mais do que no eleitorado.

Se a eleição fosse pela internet, seria franco favorito.

O deputado já há alguns anos faz uma inflexão para o lado dos costumes, encampando um discurso típico de outro tipo de conservador: aquele com origem religiosa.

Como resultado, está super-representado também entre eleitores de fé evangélica.

A onda conservadora que varre a opinião pública brasileira, europeia e dos Estados Unidos da América,  a geração que nem estuda nem trabalha, e os saudosistas da ditadura, é que carregam Bolsonaro acima da concorrência nos cenários de primeiro turno sem Lula, mas não bastam para leva-lo a uma vitória no segundo turno em nenhuma das simulações feitas pelo Datafolha.

Bolsonaro hoje representa o que Jânio Quadros representou na década de 60 e o que Collor apresentava na década de 80.

Um discurso conservador, onde prevalece a moral e os bons costumes de eleitorais tradicionais, somando-se a isso o fator segurança que ele tão bem representa.

Bolsonaro sabe ler o que se passa na cabeça da maioria dos eleitores que querem maior rigidez na justiça e que não são a favor do desarmamento, conforme provou o plebiscito sobre esse assunto.

Essa circunstância foi favorecida pela derrocada do PT e pela corrupção generalizada em quase todos os partidos políticos.

N onda da eleição de Trump e do crescimento da direita em toda a Europa, Bolsonaro vislumbra um bom caminho até a Presidência da República.

As forças politicas brasileiras desprezam Bolsonaro tendo-o apenas como um candidato exótico.

Assim foi com Collor de Mello e assim foi com Trump, que foram eleitos com o desprezo da mídia e dos políticos.

Já está provado,  o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar sim
QUEM VIVER VERÁ.
 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

PARTIDOS POLITICOS NO BRASIL - MARKETING POLÍTICO


EXISTEM NO BRASIL NADA MENOS DO QUE 35 PARTIDOS POLÍTICOS.

 NO SITE DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL AINDA CONSTAM 69 PEDIDOS DE PARTIDOS EM FORMAÇÃO, OU SEJA, NOVOS PARTIDOS PODEM SER CRIADOS EM ATÉ SEIS MESES ANTES DAS ELEIÇÕES.

O NÚMERO DE PARTIDOS NO BRASIL NÃO É MUITO DIFERENTE DE OUTROS PAÍSES, PORÉM, UMA DIFERENÇA É FUNDAMENTAL: A IDEOLOGIA PARTIDÁRIA.

LÁ FORA CADA PARTIDO TEM SUA IDEOLOGIA E NO BRASIL NÃO TEM ISSO, O ÚNICO GRANDE PARTIDO QUE TINHA IDEOLOGIA ERA O PT, MAS SE PERDEU.

HOJE, OS PARTIDOS EXISTEM PARA TER FUNDO PARTIDÁRIO OU TEMPO DE TELEVISÃO PARA NEGOCIAR.

INFELIZMENTE ESSA É A VERDADE.

 OS PARTIDOS NÃO PRIORIZAM ELEIÇÕES DE PREFEITO, GOVERNADOR, SENADOR E DEPUTADO ESTADUAL.

QUEREM MESMO É TER BONS RESULTADOS NAS ELEIÇÕES PARA DEPUTADO FEDERAL, PORQUE, É COM BASE NO NUMERO DE DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS QUE SÃO DEFINIDOS OS VALORES DOS FUNDOS PARTIDÁRIOS E OS TEMPOS DE TELEVISÃO PARA CADA LEGENDA.

 ACABOU A IDEOLOGIA.

OS POLÍTICOS PRECISAM DOS PARTIDOS PARA ALUGAR, NEGOCIAR TEMPO OU RECEBER O VALOR DO FUNDO.

VOCE QUE É ELEITOR TEM QUE SABER QUE, CADA VEZ QUE VOCE VOTA EM UM DEPUTADO FEDERAL, VOCE ESTÁ DANDO MAIS DINHEIRO PARA OS PARTIDOS E MAIS TEMPO DE TV E RÁDIO, PARA QUE ELES POSSAM NEGOCIAR.

ISSO É MUITO TRISTE.

UMA MUDANÇA APROVADA RECENTEMENTE PELA CÂMARA FEDERAL E NO SENADO SERÁ RESPONSÁVEL PELA DIMINUIÇÃO DE PARTIDOS NO BRASIL.

TRATA-SE DA CLÁUSULA DE DESEMPENHO, (OU CLAUSULA DE BARREIRA) QUE DEFINE REGRAS PARA QUE OS PARTIDOS TENHAM ACESSO AO FUNDO PARTIDÁRIO, BASEADA NO DESEMPENHO DAS LEGENDAS NAS URNAS.

 A MEDIDA JÁ VALE PARA AS ELEIÇÕES DE 2018, E PREVÊ UM NÚMERO MÍNIMO DE DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS OU VOTOS VÁLIDOS PARA QUE OS PARTIDOS TENHAM ACESSO AO FUNDO PARTIDÁRIO E AO TEMPO DE RÁDIO E TV.

DOS 35 PARTIDOS, ATUALMENTE, SE A REGRA JÁ ESTIVESSE EM VIGOR, 14 PARTIDOS FICARIAM SEM O FUNDO E, CONSEQUENTEMENTE, DEIXARIAM DE EXISTIR.

NA FILA PARA SEREM CRIADOS OU VETADOS ESTÃO PARTIDOS COM NOMES NADA ORTODOXOS:


 PARTIDO SOCIAL DA FAMÍLIA (PSF), PARTIDO REPUBLICANO CRISTÃO BRASILEIRO (PRCB), PARTIDO NACIONAL INDÍGENA (PNI), PARTIDO DO ESPORTE (PE), NOVA ORDEM SOCIAL (NOS), PARTIDO NACIONAL DA SAÚDE (PNS), PARTIDO UNIVERSAL DO MEIO AMBIENTE (PUMA), PARTIDO MILITAR BRASILEIRO (PMVR), ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL (ARENA), PARTIDO DA FRENTE FAVELA BRASIL (FRENTE), PARTIDO NACIONAL CORINTHIANO (PNC), DENTRE OUTROS. 


E ASSIM CAMINHA A POLÍTICA BRASILEIRA.