quinta-feira, 9 de novembro de 2017

BOLSONARO PRESIDENTE? - MARKETING POLÍTICO


Pesquisas recentes vêm assustando a militância de esquerda no Brasil na perspectiva de ver o deputado Jair Bolsonaro com possibilidades de chegar ao segundo turno das eleições presidenciais em 2018.

Esta chance é real e cabe a tarefa urgente de tanto combater o neofascismo em todas as suas versões como também interpretar as razões deste fenômeno.

Jair Bolsonaro é o messias para jovens do sexo masculino das regiões mais ricas do Brasil e com escolaridade acima da média.

É o que dizem as recentes pesquisas divulgadas pela mídia.

Hoje, grande parte dessa geração nascida após a ditadura e que cresceu num período de bonança não votaria em outro que não Bolsonaro.

É o suficiente para o representante das corporações fardadas ser o presidenciável mais badalado nas mídias sociais.

Justamente porque é desse segmento demográfico quem mais tem acesso a smartphones e gasta mais tempo conectado a aplicativos como Facebook e WhatsApp.

No meio digital, Bolsonaro está super-representado de duas a três vezes mais do que no eleitorado.

Se a eleição fosse pela internet, seria franco favorito.

O deputado já há alguns anos faz uma inflexão para o lado dos costumes, encampando um discurso típico de outro tipo de conservador: aquele com origem religiosa.

Como resultado, está super-representado também entre eleitores de fé evangélica.

A onda conservadora que varre a opinião pública brasileira, europeia e dos Estados Unidos da América,  a geração que nem estuda nem trabalha, e os saudosistas da ditadura, é que carregam Bolsonaro acima da concorrência nos cenários de primeiro turno sem Lula, mas não bastam para leva-lo a uma vitória no segundo turno em nenhuma das simulações feitas pelo Datafolha.

Bolsonaro hoje representa o que Jânio Quadros representou na década de 60 e o que Collor apresentava na década de 80.

Um discurso conservador, onde prevalece a moral e os bons costumes de eleitorais tradicionais, somando-se a isso o fator segurança que ele tão bem representa.

Bolsonaro sabe ler o que se passa na cabeça da maioria dos eleitores que querem maior rigidez na justiça e que não são a favor do desarmamento, conforme provou o plebiscito sobre esse assunto.

Essa circunstância foi favorecida pela derrocada do PT e pela corrupção generalizada em quase todos os partidos políticos.

N onda da eleição de Trump e do crescimento da direita em toda a Europa, Bolsonaro vislumbra um bom caminho até a Presidência da República.

As forças politicas brasileiras desprezam Bolsonaro tendo-o apenas como um candidato exótico.

Assim foi com Collor de Mello e assim foi com Trump, que foram eleitos com o desprezo da mídia e dos políticos.

Já está provado,  o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar sim
QUEM VIVER VERÁ.
 

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