Pesquisas recentes vêm assustando a militância de esquerda
no Brasil na perspectiva de ver o deputado Jair Bolsonaro com possibilidades de
chegar ao segundo turno das eleições presidenciais em 2018.
Esta chance é real e cabe a tarefa urgente de tanto
combater o neofascismo em todas as suas versões como também interpretar as
razões deste fenômeno.
Jair Bolsonaro é o
messias para jovens do sexo masculino das regiões mais ricas do Brasil e com
escolaridade acima da média.
É o que dizem as
recentes pesquisas divulgadas pela mídia.
Hoje, grande parte
dessa geração nascida após a ditadura e que cresceu num período de bonança não
votaria em outro que não Bolsonaro.
É o suficiente para o
representante das corporações fardadas ser o presidenciável mais badalado nas
mídias sociais.
Justamente porque é
desse segmento demográfico quem mais tem acesso a smartphones e gasta mais
tempo conectado a aplicativos como Facebook e WhatsApp.
No meio digital,
Bolsonaro está super-representado de duas a três vezes mais do que no
eleitorado.
Se a eleição fosse
pela internet, seria franco favorito.
O deputado
já há alguns anos faz uma inflexão para o lado dos costumes, encampando um
discurso típico de outro tipo de conservador: aquele com origem religiosa.
Como
resultado, está super-representado também entre eleitores de fé evangélica.
A onda conservadora
que varre a opinião pública brasileira, europeia e dos Estados Unidos da
América, a geração que nem estuda nem
trabalha, e os saudosistas da ditadura, é que carregam Bolsonaro acima da
concorrência nos cenários de primeiro turno sem Lula, mas não bastam para
leva-lo a uma vitória no segundo turno em nenhuma das simulações feitas pelo
Datafolha.
Bolsonaro hoje
representa o que Jânio Quadros representou na década de 60 e o que Collor
apresentava na década de 80.
Um discurso
conservador, onde prevalece a moral e os bons costumes de eleitorais
tradicionais, somando-se a isso o fator segurança que ele tão bem representa.
Bolsonaro sabe ler o
que se passa na cabeça da maioria dos eleitores que querem maior rigidez na
justiça e que não são a favor do desarmamento, conforme provou o plebiscito
sobre esse assunto.
Essa circunstância
foi favorecida pela derrocada do PT e pela corrupção generalizada em quase
todos os partidos políticos.
N onda da eleição de
Trump e do crescimento da direita em toda a Europa, Bolsonaro vislumbra um bom
caminho até a Presidência da República.
As forças politicas
brasileiras desprezam Bolsonaro tendo-o apenas como um candidato exótico.
Assim foi com Collor
de Mello e assim foi com Trump, que foram eleitos com o desprezo da mídia e dos
políticos.
Já está provado, o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar
sim
QUEM VIVER VERÁ.
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