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quinta-feira, 19 de julho de 2018

O VOTO PARA DEPUTADO - MARKETING POLÍTICO


Na hora de votar, no dia 7 de outubro de 2018, o eleitor encontrará a seguinte ordem na urna eletrônica: primeiro vota para deputado federal, o segundo voto deputado estadual, o terceiro voto na primeira vaga de senador, o quarto voto na segunda vaga de senador, o quinto voto para governador e, então, sexto e ultimo voto para presidente da República. (Lei nº 9.504/1997, art. 59, § 3º).

A ordem é assim definida de forma que primeiro se vote nas vagas de eleições proporcionais e, em seguida, nas de eleição majoritária.

Serão seis votos e recomendo que levem uma colinha com o nome dos seis candidatos que pretendam votar. (É permitido por lei)

MAS, QUE VOTOS SERÃO VALIDOS PARA DEPUTADOS?

De acordo com o art.  da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, nas eleições proporcionais (aquelas em que escolhemos os deputados federais, deputados distritais e deputados estaduais) conta-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.

 Na sua essência, essa regra significa que só se contam, para os candidatos e para as legendas, os votos que os eleitores efetivamente quiseram dar a eles, não se atribuindo, a quem quer que seja, os votos em branco e os votos que os eleitores preferiram anular.

Conclusão: não caia nos boatos que dizem que abstenção, voto em branco e voto nulo determinam a anulação da eleição e a realização de novas eleições.

 Isso não é verdade.

A pessoas que se dispõem a comparecer às urnas, não importa quão pequeno seja o número delas, acabam, necessariamente, por eleger, os candidatos que lhes convém, bem como a dar maioria à legenda que lhes interessa.

O eleitor muitas vezes não entende por que um candidato bem votado não consegue vaga no Poder Legislativo, enquanto outro com menos votos se elege.

Isso ocorre porque, nas eleições proporcionais (para deputado federal e deputado estadual), as vagas são distribuídas de acordo com a votação recebida por cada partido ou coligação. Ou seja, além de obter votos para si, o candidato também depende dos votos para o partido ou para sua coligação.
Ao contrário das eleições majoritárias (prefeito, governador, senador e presidente), em que se elege o mais votado, no caso dos proporcionais a vitória depende do cálculo dos quocientes eleitoral e partidário. O quociente eleitoral é o resultado da divisão do número de votos válidos (desconsiderados os nulos e brancos) pelo total de lugares disponíveis. Para cálculo do quociente partidário, divide-se o número de votos obtidos por partido ou coligação, pelo quociente eleitoral, chegando-se ao número de vagas a que cada um tem direito.

Então, no que diz respeito às eleições proporcionais, utilizadas para os cargos de deputado federal e deputado estadual , a situação muda quanto a interferência dos votos brancos e nulos nas eleições proporcionais.

É que para ser eleito a um desses cargos, o candidato precisa alcançar o quociente eleitoral.

Desse modo, quanto maior for à quantidade de votos nulos e brancos, menor será o quociente eleitoral e mais fácil será para o candidato conquistar a vaga.

Isso facilita a vida de candidatos antigos e prejudica muito os novos.

Aqueles que não comparecem às urnas, ou que, comparecendo, votam nulo ou em branco, longe de fazer com isso qualquer protesto válido, apenas perdem a chance de fazer valer sua vontade nas eleições, de escolher os candidatos que lhes convém e de dar maioria à legenda que lhes interessa, facilitando em muito os candidatos a reeleição para os cargos de deputados.

Termino esse comentário com a frase do Barão de Itararé:

SE HÁ UM IDIOTA NO PODER, É PORQUE OS QUE O ELEGERAM ESTÃO BEM REPRESENTADOS.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

SE 50% DOS VOTOS FOREM BRANCOS, NULOS E ABSTENÇÃO A ELEIÇÃO É CANCELADA?

Vez ou outra, principalmente em ano de eleições, circulam boatos na internet convocando os eleitores a não comparecerem à votação, ou, se comparecerem, a votarem em branco ou nulo, porque, se a abstenção, os votos em branco e os votos nulos perfizerem mais da metade dos eleitores, as eleições serão declaradas nulas e novas eleições serão convocadas, com outros candidatos.

Os boateiros também informam que os votos nulos e os votos em branco, contam para o candidato ou para a legenda que soma maior número de votos recebidos.

Vamos entender primeiro o que é voto Branco, Nulo e Abstenção.

Voto em branco
De acordo com o TSE, o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Hoje em dia, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla “branco” na urna e, em seguida, a tecla “confirma”.

Voto nulo
O TSE considera como voto nulo aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.

Abstenção
Quando o eleitor não vai votar. No Brasil o voto é obrigatório e nesse caso o eleitor deve pagar uma multa ou justificar porque não foi votar. Se não fizer fica impossibilitado de tirar passaporte, empréstimos em bancos oficiais e outras sanções.
QUEM SE ABSTEM DE VOTAR, NÃO TEM O DIREITO DE RECLAMAR DA POLÍTICA NEM DOS POLÍTICOS, POIS SE NEGOU A PARTICIPAR DA ESCOLHA. 
Plagiando o Velho Guerreiro: Quem não participa se estrumbica.
 
Então vamos elucidar essa bagunça.

Se consultarmos a Constituição Federal de 1988 veremos o parágrafo   do art. 77 que dispõe, com clareza absoluta: “Será considerado eleito o candidato a cargo majoritário ( Presidente, Governador, Prefeito e Senador) que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta dos votos, não computados os votos em branco e os nulos”.
 
Conclusão: não há norma declarando que os votos em branco ou nulos contam para esse ou para aquele candidato ou para essa ou aquela legenda. Votos em branco e votos nulos não são válidos, seja para que finalidade que se queira considerá-los. Eles são descartados até nas eleições de deputados e vereadores.

Vamos esclarecer então os boatos da internet:

Se mais de 50% dos eleitores não comparecerem para votar a eleição será anulada?
O nome dado a isso é abstenção eleitoral. Mesmo que o número de abstenção seja elevado no dia da votação (maior que 50% dos eleitores), isso não provocará uma nova eleição por falta de quórum. Nesses casos, os eleitores faltosos perderão a oportunidade de escolher seus representantes, delegando a outros o direito de escolha dos que governarão em nome de todos (votantes ou não).

Se mais de 50% dos eleitores votarem nulo a eleição será anulada?
Não. Os votos nulos, assim como os votos brancos, não são computados como votos válidos. São descartados.


Voto branco e voto nulo são a mesma coisa?
O voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Então, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla "branco" na urna e, em seguida, a tecla "confirma". No voto nulo basta o eleitor digitar um número de candidato inexistente, por exemplo, "00", e depois teclar "confirma". Do ponto de vista prático são a mesma coisa, porque ambos não computam como votos válidos e, portanto, não são utilizados para definir o(s) vencedor(es) da eleição.


Eu já participei de uma campanha eleitoral onde só existia um candidato concorrendo, ou seja, candidato único.
Fizemos então uma consulta ao TSE para saber se na hipótese de os votos brancos nulos e abstenção fossem maiores que 50% nosso candidato não seria eleito.
A resposta do TSE foi: Se em uma eleição onde tenha candidato único ao cargo, se tiver apenas um voto válido (que não seja branco nem nulo) o candidato estará eleito.

Quero terminar esse comentário de hoje com uma frase de Odisseu o irritado: Não esqueçamos que os políticos não caem do céu, nem saem do inferno. Eles saem das urnas.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

O VOTO IMPRESSO


No dia 06 deste mês o Supremo Tribunal Federal derrubou a decisão de se fazer a impressão de votos nas urnas eletrônicas para eventual conferencia do resultado eletrônico com o resultado impresso.
A maioria da população tem desconfiança da urna eletrônica e, através da mini reforma que foi votada no congresso, que é quem deve fazer as leis, foi aprovada a impressão do voto.
O STF, teria apenas que julgar se a lei é constitucional ou não e, dois ministros, mostraram que a lei não é inconstitucional, mas mesmo assim, os juízes modificaram uma lei votada pelos parlamentares.
Sem entrar no mérito da questão fica apenas uma pergunta no ar: Pelo regime democrático quem faz as leis é o legislativo. Cabe ao Judiciário apenas julgar se a lei está dentro dos princípios constitucionais e não modificar ou suprimir as leis, quando elas forem constitucionais.
Parece que esta havendo uma inversão de competência.
Democracia é fazer a vontade da maioria da população, e, nesse caso, a maioria desconfia do voto apurado apenas eletronicamente.
O que fica muito estranho é o próprio judiciário, que é quem comanda o processo eleitoral, não querer a conferencia dos votos pelo sistema de impressão.
Alega-se que o voto eletrônico é um avanço tecnológico. Mas pergunto: porque países muito mais avançados tecnologicamente do que o Brasil não adotaram o voto eletrônico?
Os Estados unidos já pisaram na lua, estão observando marte e votam em cédulas de papel.
Porque gastar tanto dinheiro com máquinas que rapidamente dão o resultado, se os eleitos só tomarão posse meses depois? Essa pressa e essas máquinas interessam a quem?
O professor da Unicamp Diego Aranha especialista em computação, é um dos pesquisadores mais destacados do tema criptografia no país, sendo membro do Comitê Consultivo da Conferência Internacional em Criptografia e Segurança da Informação na América Latina e da Comissão Especial de Segurança da Sociedade Brasileira de Computação.
Ele coordenou uma equipe de profissionais num teste de segurança da urnas eletrônicas promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2017 e afirmou:. 
“Conseguimos, por exemplo, alterar mensagens de texto exibidas ao eleitor na urna para fazer propaganda a um certo candidato. Também fizemos progresso na direção de desviar voto de um candidato para outro”, disse recentemente em uma audiência pública realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.
Mas nada disso foi levado em consideração.
O Prof. Aranha esta de mudança para a Dinamarca e lamenta dizendo:
"É o triste fim de um trabalho duro de seis anos para provar que o nosso sistema de voto é inseguro. Eu decidi ser um cientista para melhorar a sociedade, mas talvez eu tenha sido muito inocente de achar que isso era possível no Brasil", comentou no Twitter na ocasião.
 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

SER OU NÃO SER CANDIDATO? EIS A QUESTÃO

     

Começa a novela das candidaturas
 Temos hoje nada mais nada menos do que 14 pré-candidatos a presidência da república.
E todos começam a se posicionar.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa que se filiou ao PSB mantém em suspense a decisão de disputar ou não o palácio do planalto - o ex-relator do mensalão quer reforçar a imagem do juiz implacável com a corrupção e, ao mesmo tempo, se apresentar na economia como um social-democrata, favorável ao livre mercado, mas com ênfase no combate à miséria.
O PSB vê Barbosa alinhado ao seu programa ideológico partidário e a sua diretriz econômica.
Marina Silva saúda a decisão de Barbosa em entrar na vida política
E agora? Ele será ou não será candidato.
Temer e PSDB negociam chapa Alckmin Meireles
Será que Temer vai entrar no jogo eleitoral? Será como candidato ou como apoiador?
E seu apoio é bom ou ruim para um candidato?
Fernando Henrique Cardoso aposta em Geraldo Alckmin como “corredor de maratona”, ou seja, aquele que vai disparar no final e ganhar a corrida.
 O candidato Geraldo Alckmin se coloca como centro direita, com atenção especial as reinvindicações sociais.
Começa a maratona de visitas a outros estados, para demonstrar que em São Paulo seu governo tem uma boa avaliação.
Bolsonaro: pesquisa ibope aponta Bolsonaro e Alckmin empatados em São Paulo
Bolsonaro se apresenta como direita pura e simples. Não está preocupado com o “politicamente correto”, mas sim com o que o eleitor está pensando, querendo e avaliando principalmente na área de segurança.
Todos os candidatos começam a dar ênfase ao social para tentar pegar votos que iriam para Lula.
Mas as eleições já são preocupação da população?
Temos copa do mundo que vai até julho e que tomará a maior atenção do ópio brasileiro que é o futebol.
Bola pra frente, que atrás vem gente.

Vem ai o XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTRATÉGIAS ELEITORAIS E MARKETING POLÍTICO – em Fortaleza – Ceará dias 18 e 19 de maio.

Informações no
www.estrategiaseleitorais.com.br

quarta-feira, 7 de março de 2018

O VOTO IMPRESSO NAS URNAS ELETRÔNICAS - MARKETING POLÍTICO


O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL - TSE se manifestou, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela anulação da lei que obrigou a implantação do voto impresso.
Em documento entregue ao STF, técnicos disseram que o voto impresso compromete o sigilo das escolhas do eleitor.
A lei que prevê o voto impresso foi aprovada em 2015 a partir de proposta do deputado Jair Bolsonaro e chegou a ser vetada pela então presidente Dilma Rousseff.
No mesmo ano, o Congresso derrubou o veto e manteve a implantação do voto impresso.
Nesta semana, o TSE também aprovou uma resolução sobre o assunto que prevê uma verificação pública, aberta a qualquer interessado, de parte dos resultados captados em determinadas urnas eletrônicas que emitirão os votos impressos.
Ai eu pergunto: Porque só em parte dos resultados e não no total dos resultados das urnas?
Que medo é esse de se ter uma forma de conferir se, o que foi apurado eletronicamente, seja conferido pelo voto impresso?
Não existe comprometimento do sigilo do voto, já que a bobina de papel onde será impresso o voto, não poderá ser alcançada pelo eleitor, mas sim conferida através de um vidro, tendo o eleitor a oportunidade de conferir a veracidade de seu voto.
Além disso, em caso de duvida do resultado de cada urna, pode se confrontar o resultado eletrônico com o resultado físico.
No Brasil, o voto eletrônico não é confiável, ou seja, não há um comprovante físico de cada voto que possa ser checado em caso de suspeita de fraudes.
Em nenhum outro país do mundo se tem apenas a captação dos votos eletronicamente.
A urna já possui uma impressora, seria necessário apenas adaptá-la à parte frontal, com um visor onde o eleitor pudesse conferir o voto impresso,
Em seguida, esse voto seria automaticamente depositado na própria urna eletrônica. Explicando melhor, a bobina de papel onde o voto estará impresso iria rodar, quando o eleitor teclasse o confirma na urna, escondendo a impressão após o eleitor ter feito  conferencia de seu voto.
Isso possibilitaria o segredo do voto e é o que está previsto que aconteça.
Parece que temos algo a esconder.
Shakespeare na obra Hamlet já alertava: "Há algo de podre no reino da Dinamarca”.