quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A IDOLATRIA CRIMINOSA

O Brasil passa por uma sucessão de crimes praticados pela idolatria politica, religiosa e de pensamentos.
Sob o argumento de que apenas prevalece a verdade de seus seguidores, estamos vivenciando situações que beiram a imbecilidade.
A idolatria política levou um fanático seguidor ideológico a cometer um atentado contra um candidato a Presidência da República, apenas porque não versava das mesmas convicções que as suas.
Na politica ainda, faz com que seguidores fanáticos, não acreditem nos crimes de seu líder. Para ele tudo é desculpável. Ele tudo pode.
Em outras ocasiões, tivemos santos católicos quebrados em praça pública, por fanáticos religiosos, por não seguir os mesmos dogmas de outra religião.
Ainda essa semana, um homossexual foi morto porque cruzou o seu caminho alguém que, com fanatismo, não aceita quem não tem o mesmo pensamento que o seu em relação à liberdade sexual.
Agora temos um caso que nos causa bastante espanto. Um homem chamado João de Deus, que há 40 anos trabalha no sentido de dar conforto espiritual e curas milagrosas a milhares de pessoas, é acusado por mais de 300 mulheres de ter cometido abuso sexual durante os rituais de cura. Seus seguidores o defendem ferrenhamente, alegando que é impossível que isso tenha acontecido.
Mas, 300 mulheres acusando esse homem, tendo em seus depoimentos relatado o mesmo modus operandi dos abusos, fica difícil inocentar esse cidadão.
Novamente a idolatria ofusca a visão de seguidores fanáticos.
Como estamos vendo, temos muito que aprender sobre seguir políticos, religiões e idolatrar homens ou mulheres, que se dizem acima do bem e do mal, ou que afirma ser mais honestos que todo mundo.
Não podemos voltar aos tempos da inquisição.
Termino esse comentário com uma frase de Voltaire
“Quando o fanatismo gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável”
 
Carlos Manhanelli                                                                                  

Presidente da ABCOP – Associação Brasileira dos Consultores Políticos.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

PRISÃO EM SEGUNDA INSTANCIA - MARKETING

O que realmente aconteceu no apagar das luzes do STF para seu recesso?
O ego de quem chega a algum poder, demonstra a megalomania do ser humano quando, a seu critério único, ficam decisões que podem abalar uma sociedade inteira.
Não há limites para quem sofre dessa terrível doença.
Pela segunda vez, enquanto no recesso do judiciário, foi tentado aplicar um golpe na sociedade brasileira, revogando prisões em segunda instancia.
Vamos ao caso mais recente:
Nesta quarta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello tomou uma decisão individual, atendendo a um pedido do PCdoB, para suspender a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
A execução antecipada de pena é considerada um dos pilares da Lava Jato e a decisão de Marco Aurélio abriria caminho para a soltura de 169 mil presos acusados dos mais diversos crimes, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, incluindo-se nessa lista o ex-presidente e atual presidiário Luis Inácio Lula da Silva.
Essa decisão tumultuou o Brasil e manteve o país em suspense por um dia inteiro, mas também manteve na mídia o Sr. Marco Aurélio de Melo que, alias para quem não sabe, é primo do ex-presidente Collor de Melo.
Próximo a posse do futuro Presidente da Republica que, em uma eleição que foi altamente polarizada e que demonstrou ânimos exaltados,  reacende a chama da polarização, ao meu ver, completamente desnecessária e inoportuna.
Graças a um pedido da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, O Presidente do STF, Dias Tófoli, foi obrigado a se posicionar e revogou a liminar do hollywoodiano ministro Marco Aurélio de Melo, que teve seus 15 minutos de fama.
 Em um artigo publicado em 1899 chamado “O Justo e a justiça política”, Rui Barbosa escreveu que “ O Brasil poderia ter tribunais de sobra, mas jamais teria justiça, se o dever se ausentasse da consciência dos magistrados”.
 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O QUE É INDULTO?


Estamos às voltas de um tema bastante controverso que é o indulto decretado pelo Presidente Michel Temer.
Mas o que é indulto?
Indulto significa perdão ou absolvição de um erro ou uma pena que foi aplicada a alguém.
O indulto é o fim do cumprimento de uma condenação. 
Esse costume remonta aos reinados e impérios.
A origem histórica do indulto é incerta, havendo registros de sua concessão na Grécia, no governo de Sólon, no período de 594 a.C..
Em Roma também há registros de indultos imperiais.
Na Bíblia Sagrada, no Novo Testamento, vem retratado o episódio da apresentação de Jesus a Pôncio Pilatos, que culminou com a morte na cruz e com a soltura de Barrabás.
O indulto natalino assinado pelo Presidente Temer.
O Presidente da Republica, através de artigo na constituição, possui o poder do indulto. Mas o que salta aos olhos no indulto natalino do ano de 2017 é que o indulto assinado pelo Presidente da República , favoreceu, não apenas a bandidagem em geral, como também diversos corruptos condenados na Operação Lava-Jato, insultando a sociedade e desferindo um tapa na cara da parcela honesta da população brasileira.
A desfaçatez foi tanta que causou, inclusive, visível constrangimento ao Ministro da Justiça Torquato Jardim ao tentar explicar à imprensa que o indulto mais generoso foi “decisão política” de Temer.
Mas não é somente no Brasil que a incoerência existe.
O presidente peruano Pedro Pablo (investigado por ter recebido propina de empreiteiras brasileiras) concedeu indulto "por razões humanitárias" a Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, condenado por corrupção e violações dos direitos humanos.
Constata-se, então, o total desvirtuamento do indulto, que vem sendo utilizado, principalmente no Brasil, de maneira totalmente arbitrária e descomprometida com o interesse público, permitindo que a sociedade, mais uma vez, fique à mercê não somente da criminalidade violenta, que ceifa vidas e desassossega a população, como também da criminalidade política, que assalta impune e desavergonhadamente os cofres públicos.
 O STF está julgando a validade desse indulto.