quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

O VOTO NO VEREADOR


O modelo de democracia representativa que vivemos no Brasil significa que o povo delega o seu poder de decisão a outras poucas pessoas, através do voto, que deverão tomar decisões por eles. Irá depender do que cada político eleito considera melhor para a cidade, o estado ou país.
Esse voto vai para um representante: uma pessoa que se dispõe a levar propostas, soluções, discussões da sociedade para o “local oficial” de deliberação – que seria nas próximas eleições, a Câmara de Vereadores.
O grande problema desse sistema político é a legitimidade. O fato de o poder estar concentrado na mão de poucas pessoas cria oportunidades para que ele seja usado para finalidades privadas em benefício aos próprios representantes e grupos a eles associados – corrompendo-os.
O povo acaba perdendo o controle sobre as decisões e por vezes não sabe da força que influências externas podem ter na atuação dos políticos profissionais.
O grande mal do eleitor no século XXI é não se sentir representado.
Quantas vezes você já foi assistir a uma sessão plenária da Câmara de Vereadores e se envergonhou pela maneira com que os legisladores municipais se portam na tribuna? Não entende aquela bagunça, um parlamentar falando na frente do outro, a falta de respeito uns com os outros, é o samba do crioulo doido.
Pois então, a falta do sentimento de representação se inicia quando o cidadão comum vê essas cenas. Esse sentimento é agravado quando inclui o candidato em que se votou, causando aquele sentimento de culpa sobre o candidato escolhido.
Agora, quando o candidato trai seu eleitor, as coisas ficam ainda piores. Isso ocorre quando ele deixa de levar propostas que fez em campanha para o local de discussão parlamentar, deixa de propor leis que prometeu e não age de acordo com o que fez seu eleitor acreditar que agiria.
Esse sentimento não é somente a falta de se sentir representado, mas também a perda de credibilidade que o político terá frente aos cidadãos que depositaram sua confiança nele: “por que eu não pesquisei melhor antes de votar?”, perguntam-se os eleitores.
O sistema representativo vem ao longo dos anos recebendo diversas críticas. Isto se deve as inúmeras denúncias a respeito da administração do poder público, que ao invés de administrar em favor do povo acabam agindo em benéfico próprio.
O que tem se vivenciado no Brasil é a crise desse modelo. Os representantes já não representam o povo; este, por sua vez, já não se interessa pelos assuntos políticos. O número de partidos cresce, mas as ideologias continuam as mesmas. O venha a nos o vosso reino e para a população, nada.
A democracia representativa é alvo de críticas, pois o que mais se vê constantemente é a questão da corrupção, do descaso político, e o descaso da própria população. Dando um grande espaço para que aqueles que se elegem façam o que bem entenderem, deixando de lado os interesses da população para se auto beneficiar com seu cargo. Além disso, a dinâmica atual da democracia representativa em nosso país revela uma triste realidade, a parcela da população que se posiciona e questiona ativamente as irregularidades praticadas pelo parlamento é muito, mas muito reduzida.
Deste modo a democracia representativa é uma forma de governo que visa atender as necessidades de uma grande maioria, mas que infelizmente são corrompidos, aqueles que deveriam defender o povo em busca de um bem comum, desde o momento em que se elegem já usam de instrumentos que não demonstram qualquer interesse no bem do povo e sim em seus próprios interesses.
            De qualquer forma, o modelo representativo é aquele cujo poder é delegado a um representante e este tem o papel de trabalhar em benéfico de toda a população. Neste contexto, o voto mostra-se como uma importante ferramenta da participação popular, mas que pela falta de comprometimento de muitos parlamentares tem sido desacreditado por boa parte da população, mas que ainda assim é capaz de mudar a realidade social e política do país.
Agora quero falar diretamente com você que está me ouvindo: Então... Em quem você vai votar para vereador na próxima eleição? Será que o candidato a vereador que você vai escolher vai te representar?
Será que ele vai defender as mesmas ideias que você, ou vai fazer o mandato de vereador apenas para defender seus próprios interesses.
Olhe o que os vereadores que estão hoje na câmara municipal de sua cidade estão fazendo e se não concordar, não vote neles.
Escolha alguém que realmente te represente.
Aquele quer quiser comprar seu voto com dinheiro despreze-o. Seu voto não vale 04 anos de sofrimento e desilusão.
Ultimo lembrete: o voto é secreto. Vote com consciência. Ninguém vai saber em quem você votou.
Termino com a frase de um ilustre desconhecido:
Não é a política que faz o candidato virar ladrão.
         É o seu voto que faz o ladrão virar político.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

A SAÍDA DO PRESIDENTE BOLSONARO DO PSL


Qual a razão da saída de Bolsonaro do PSL
Levando em consideração as atitudes do partido, onde em várias votações, seus deputados votaram contra o governo, a questão dos candidatos laranja do partido, as brigas pelo poder e dinheiro do fundo partidário e eleitoral, e a falta de uma definição clara de ideologia, levaram o Presidente Jair Bolsonaro a pedir a desfiliação do partido.
A ideia do Presidente é formar um novo partido que possa abraçar a ideologia de direita, sem subterfúgios ou desculpas para acompanhar o “politicamente correto”.
O anuncio da criação de um novo partido e de sua desfiliação, está levando muitos bolsonaristas a pedir a desfiliação do partido, como nos reporta, por exemplo, a jornalista Maria Helena de São Jose do Rio Preto: “Bolsonaristas já puxam fila de desfiliações por aqui”.
Isso vem acontecendo em todo território nacional.
Mas como será possível criar um novo partido no meio do seu mandato?
Os obstáculos existentes para isso são imensos, porem não impossíveis de serem feitos.
O que o Presidente vai precisar para um novo partido:
1 - Reunir pelo menos 492 mil assinaturas válidas em nove estados,
2 - convencer o TSE a manter em poder do novo partido uma fatia dos fundos partidário e eleitoral proporcional à quantidade de deputados que migrarem para ele. 
3 - Também será necessário convencer o TSE a distribuir o tempo de propaganda eleitoral de acordo com a nova proporção partidária.
4 - Manter o mandato daqueles deputados que acabarem expulsos do PSL por infidelidade. O partido informou que iniciará o processo de desligamento de 19 deles. 
5 - Convencer Câmara e Senado a redistribuir cargos em mesas e comissões, de modo a atender à nova distribuição.
6 - Cada um desses obstáculos passará a ser acompanhado de perto pela imprensa. Declarações e pronunciamentos em torno deles pautarão uma cobertura jornalística cada dia mais ativa em torno da família Bolsonaro,
Essa novela não termina aqui, esse é apenas o primeiro capítulo.
Vários e vários capítulos seguirão mais a frente
Quem viver verá

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

LULA LIVRE? Marketing Político


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi solto após 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, como consequência da decisão do STF de mudar a interpretação sobre o cumprimento de pena após condenação em segunda instância. Mas o processo que o levou à cadeia segue correndo na Justiça, além de outros seis, em diferentes cortes.
A tendência é um acirramento no cenário do marketing político. Mas há muitos vencedores.
 Bolsonaro ganha com a saída de Lula, pois permite que o Presidente através de um discurso, reúna a direita em torno dele de novo contra o "inimigo vermelho". Muito melhor ter o lula como inimigo único do que ter vários adversários dentro da própria direita (Doria, Witzel, PSL, etc.).
A esquerda que estava desarticulada ganha uma voz, capaz de dar espaço midiático a um projeto alternativo ao do Presidente Bolsonaro. Mesmo com forte rejeição na sociedade, a capacidade de Lula se reconectar com o eleitor petista é grande.
O petista também continua inelegível, por conta da Lei da Ficha Limpa. Mas vamos entender o que está em jogo:
Lula foi inocentado do caso triplex?
Não, A decisão do STF sobre a prisão em segunda instância não tem qualquer reflexo nas decisões da Justiça comum sobre as acusações que o ex-presidente enfrenta, apenas que agora responde em liberdade.
Lula pode concorrer às eleições?
A lei da Ficha Limpa, como o próprio nome diz, determina que um candidato que tem a ficha suja (que foi condenado por um colegiado em segunda instância por crimes como corrupção e abuso de poder econômico) seja cassado e fique inelegível para cargos públicos por oito anos. O ex-presidente Lula é ficha suja desde que foi condenado em segunda instância, em 2018.
Ele pode voltar para a prisão pelo caso triplex? Ou por implicação em outros processos?
Mesmo antes da decisão em segunda instância, o próprio Ministério Público já havia pedido que o presidente progredisse para o regime semiaberto, caso cumprisse pagamento da multa de reparação. Por isso, é improvável que o caso do triplex o devolva à cadeia.
O que Lula fará após ficar livre?
Ao deixar a cadeia, Lula anunciou o desejo de fazer uma caravana pelo Brasil.
Quais são as demais questões judiciais do ex-presidente na Justiça?
1. Caso do triplex do Guarujá - Condenado em terceira instância
2. Sítio de Atibaia - condenado em primeira instância
3. Operação Janus - absolvido da acusação de dois crimes
4. Instituto Lula - propina da Odebrecht – virou réu acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
5.  Operação Zelotes - caças suecos e MP 471 – acusado de tráfico de influencia
6. Propina Odebrecht - empréstimo do BNDES indícios de recebimento de propina
7. “Quadrilhão do PT” - pedido de absolvição feito pelo MPF
8. Guiné Equatorial - tráfico de influência
9. Obstrução de justiça no caso Delcídio - absolvido
10. Mesada do Frei Chico - denúncia rejeitada, MPF recorreu.
 A imagem de Lula ficou muito abalada após a sua prisão. Ele tem contra si uma imagem pesada, ainda que seu processo seja objeto de questionamento na Justiça, com o recurso de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, que poderia anular seu processo.
Sergio Denicolli, diretor de big data da AP Exata acredita que: “Lula foi condenado e grande parte da população entende que ele é um criminoso. A maior parte do Brasil não comemorou sua saída e ele não tem mais o poder de levar tanta gente para a rua, apesar de sua oratória”.
Vamos esperar os próximos movimentos desse complicado xadrez.
ALEA JACTA ESTE – A SORTE ESTÁ LANÇADA.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

O ÓLEO NAS PRAIAS BRASILEIRAS.


Praia de Tambaba, município de Conde, Paraíba.
Esse é o local da primeira aparição de manchas de óleo no Nordeste brasileiro, há dois meses.
Até agora não se sabe ao certo de onde veio nem o que teria provocado o derramamento, porém, centenas de praias foram afetadas e os nove estados da região registraram o aparecimento de manchas no litoral, ocasionando impactos ambientais e despertando a preocupação de todos os brasileiros.
Ainda não se sabe se o derramamento foi acidental ou proposital.
 Para a Polícia Federal, a origem do produto seria um navio grego, o Bouboulina, que passou próximo ao litoral brasileiro carregado de óleo venezuelano.
Até 23 de outubro, a contaminação havia atingido mais de 200 localidades de vários municípios dos nove estados da Região Nordeste.
 Um relatório da Marinha estimou que mais de mil toneladas de óleo haviam sido retiradas das praias nordestinas até o dia 21 de outubro.
O maior prejuízo está na matéria viva oceânica que pode sofrer danos, pois o óleo cru não é solúvel em água, portanto, poderá matar plantas, e animais marinhos.
O turismo é o principal setor que move a economia nordestina, com representação de 9,8% do PIB da região.
O cenário de baixo crescimento da atividade, devido ao aparecimento das manchas de óleo, somado com o desemprego, diminui a recuperação econômica do Nordeste.
Os dados de ocupação dos hotéis, pousadas e de faturamento dos restaurantes e bares já mostram forte queda, devido aos efeitos do derramamento. Esses efeitos, devem se intensificar durante o período da alta temporada.
Com certeza a imagem do Brasil está bastante negativa após consecutivas polêmicas e desastres envolvendo o meio-ambiente.
O turismo será reduzido, mesmo em outras regiões distantes, como Santa Catarina e Rio de Janeiro, por temor da possibilidade de contaminação.
A venda de pescados foi bruscamente afetada, trazendo prejuízos aos pescadores, restaurantes e comerciantes. Cinco estados suspenderam a atividade pesqueira.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve decidir no início desta semana sobre a criação de uma comissão para investigar a origem do óleo.
E o maior prejudicado é o povo nordestino.
São necessárias medidas urgentes para diminuir o impacto econômico de mais uma tragédia brasileira.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

AS FERROVIAS E A VIAGEM DE BOLSONARO


      A recente visita do Presidente Bolsonaro a Arábia Saudita, nos trouxe noticias de que receberemos investimentos de mais de 10 bilhões para infraestrutura, comtemplando também investimentos em ferrovias.

Temos a certeza de que o crescimento do país passa pelo desenvolvimento das ferrovias de carga.

Fortalecimento desse tipo de transporte é fundamental para reduzir o custo-país, tornar a economia brasileira mais competitiva e contribuir para a proteção do meio ambiente, tão comentado atualmente.

Ao longo dos últimos 22 anos, as ferrovias brasileiras comprovaram que são exemplos bem-sucedidos de concessão de serviços à iniciativa privada:

 Ampliaram em mais de 195% a produção, de 137 bilhões para 407 bilhões de Tonelada por Quilômetro.

A movimentação de carga cresceu 125% desde 1997, de 253 milhões para 569 milhões de Toneladas em 2018.

A movimentação de contêineres experimentou um crescimento de mais de 140 vezes.

O número de empregos diretos e terceirizados no setor deu um salto de 127%: passou de 16.662, em 1997, para mais de 37 mil, em 2.018.

Essa evolução positiva também se deu em relação à frota, com aumentos de 183% no número de locomotivas e de 149%, no de vagões isso até dezembro de 2017.

Tivemos uma queda de mais de 86% no número de acidentes, levando as ferrovias brasileiras aos mais altos padrões internacionais de segurança.

Mesmo assim, hoje, o transporte de cargas por trilhos está longe de seu real potencial — especialmente para um país de dimensões continentais como o nosso.

Este é o momento de priorizar as ferrovias de carga brasileiras para:

Reduzir o Custo Brasil.

Elevar as exportações brasileiras e favorecer a balança comercial positiva.

Gerar novos postos de trabalho.

Reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Desenvolver uma cadeia logística integrada, mais racional, eficiente e produtiva.

O Governo Federal quer dobrar o transporte de carga por ferrovias, diz o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes, pois então que sejam bem vindos os investimentos externos na nossa malha ferroviária.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

FAKE NEWS


Começou essa semana uma comissão parlamentar na Câmara Federal para discutir as fake news. 
O primeiro problema é conceituar o que é esse fenômeno que ganhou as páginas dos noticiários de todo o país.
Fake News são noticias falsas ou deturpação de um fato, que é colocado como verdade.
Foram muito usadas nas guerras e nas campanhas eleitorais de todas as formas.
Panfletos eram jogados de avião no território inimigo para que se espalhassem noticias falsa ou deturpada para a população, levando a ter informações e conceitos errôneos.
Da mesma forma, impressos foram utilizados em campanhas eleitorais para disseminar falsos fatos sobre políticos e candidatos.
O que assistimos hoje, através da internet, é uma explosão do uso dessas mensagens pela facilidade de produção e difusão por qualquer pessoa.
Nesse universo estão vídeos e áudios adulterados, em que uma imagem de um indivíduo ou personalidade pode pronunciar um discurso ou um texto de forma fabricada.
Fabricam-se fatos e versões completamente deturpadas e, com tal consistência de parecer verídico, que muitas pessoas passam a acreditar piamente neles.  
O mais importante para que uma fake news se torne altamente prejudicial, é a versão de um fato verdadeiro, onde, através desta versão deturpada, se envereda para o caminho da inverdade sobre um fato verdadeiro.
Isso coloca uma pseuda credibilidade a versão, levando incautos a até compartilharem e aumentarem a abrangência da fake news.
Concluindo: Chama-se fake porque são noticias e informações forjadas, falsificadas, alteradas, fabricadas e inventadas sobre fatos. Pode-se pegar um fato verdadeiro e distorcê-lo, tornado o fato meio verdadeiro meio falso. Pode- se inventar um fato. O problema não está somente em ser fake, mas no caráter maligno, para destruir reputações.
Usada nas campanhas eleitorais, as fake news pode ter tanto um sentido negativo, para prejudicar um candidato, quanto positivo, para fortalecer a imagem de um dos concorrentes usada como alternativa destrutiva ao verdadeiro marketing político eleitoral.
O mais importante é que devemos ficar atentos e não acreditar em tudo o que é veiculado, principalmente sobre políticos e candidatos.
Checar em sites oficiais te dará a certeza de que a noticia é ou não verdadeira.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

BOLSONARO E O PSL SEGUNDO ROUND


Vamos entender o que está em jogo?
1 - controle do PSL – nessa guerra partidária interna, entre os bolsonaristas  e Bivaristas, começa porque a turma do Bolsonaro quer o controle total do partido, mas Bivar garante que " –  que  não irá entregar "de jeito nenhum" o comando da sigla;
2                                     - o controle da verba milionária do PSL – antes de Bolsonaro, o partido era nanico, mas, a reboque da popularidade do então candidato, elegeu a segunda maior bancada da Câmara e, graças a isso, tem direito a uma fatia considerável do  fundo partidário) e do fundo eleitoral;
3 – Quanto a saída ou não de Bolsonaro e de deputados do PSL – a cúpula do partido avalia a possibilidade de liberar Bolsonaro e cerca de 20 parlamentares considerados infiéis caso que eles abram mão do dinheiro do fundo partidário.
·                                          Esses deputados, no entanto, avaliam uma saída jurídica caso decidam deixar a sigla. Isso porque, nessa hipótese, correriam o risco de perder o cargo, já que o partido pode recorrer à Justiça Eleitoral se um parlamentar se desfilia sem justa causa                                                                  
·                                          O PSL se tornou o segundo maior partido da Câmara e a principal força governista no Congresso. A participação no fundo partidário saltou de R$ 9,7 milhões em 2018 para R$ 110 milhões em 2019 – e a expectativa é que, em 2020, o valor fique entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões.
·                     Já com relação ao fundo eleitoral, a previsão para o pleito do próximo ano é que a legenda receba quantia superior a R$ 200 milhões – graças aos mais de 10% de representação da Câmara dos Deputados.
·                     Esse dinheiro todo está sob administração dos dirigentes do partido – e eles respondem não a Bolsonaro, mas, sim, a Luciano Bivar, o presidente da sigla. É o mesmo Bivar que, na avaliação de Bolsonaro, está "queimado".
Como presidente do partido, Luciano Bivar tem influência direta sobre:
·                     distribuição dos fundos partidário e eleitoral;
·                     indicação de líderes do partido na Câmara e no Senado;
·                     distribuição de cargos no partido e nos diretórios e comissões provisórias dos estados e municípios.
Ou seja o que está em jogo é dinheiro e poder, como sempre.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

BOLSONARO E O PSL


Nessa semana o Presidente Bolsonaro deu sinais de que iria sair do PSL, partido pelo qual se elegeu.

Em várias votações, os membros do PSL votaram contra os interesses do Presidente da República, causando grandes desconfortos do executivo e seus ministros.
A pergunta que se fazia era: Como o partido do próprio Presidente vota contra os projetos que ele envia para a Câmara dos Deputados?
É realmente de se estranhar esses votos
Esse tipo de atitude não é entendida pela maioria da população.
Quais problemas Bolsonaro e seus seguidores políticos poderiam enfrentar caso levassem adiante o plano de sair do partido?
Congressistas e especialistas em direito eleitoral indicam três pontos:
1 – A relação do governo com o Congresso ficaria ainda mais tumultuada; pois o PSL é dono da segunda maior bancada e, obviamente, se a relação já não é boa tendo o Presidente da República no partido, imagine fora dele.
2 - Os deputados que saíssem do PSL poderiam perder seus mandatos na Justiça Eleitoral; e o PSL ficaria, a princípio, com os montantes dos fundos Partidário e Eleitoral, ou seja, os deputados sairiam do partido, mas não levariam com eles o direito ao fundo partidário, o dinheiro ao qual o partido tem direito por lei.
3 – Os deputados, mesmo se filiando a outros partidos, não levariam o direito ao tempo de televisão e rádio, que também o partido tem direito para as campanhas eleitorais.
Enfim a saída do Presidente Bolsonaro e dos deputados que o acompanhariam, só iria tumultuar mais ainda o que já está bastante tumultuado, ou seja, a relação do executivo nacional com os deputados federais, atrasando ou impondo novas condições nas aprovações dos projetos que possam beneficiar a população.
Mais uma vez, eles matam o pato, temperam o pato, assam o pato, degustam o pato, mas que paga o pato é o povo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

INTERNACIONALIZAR A AMAZÔNIA


Enquanto na Amazônia apareciam focos de incêndio, o presidente francês, Emmanuel Macron, sugeriu na cúpula do G7 conferir um status internacional à Floresta Amazônica, caso os líderes da região não tomassem medidas para protegê-la em uma clara jogada de marketing político, pois seu prestigio anda bastante abalado em seu país.
Em resposta, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, ser "uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade". E que “deve ser tratada em pleno respeito à soberania brasileira".
Especialistas em Direito Penal Internacional concordam que um processo de internacionalização da Amazônia que desrespeite a soberania brasileira e envolva intervenção externa é juridicamente inviável.
No entanto, outros mecanismos internacionais, tanto jurídicos quanto econômicos, permitem responsabilizar o governo brasileiro por omissões na proteção do meio ambiente que prejudiquem a população.
As responsabilidades internacionais do Brasil em relação à Amazônia estão no âmbito dos compromissos assumidos em tratados da ONU sobre o aquecimento global, como o Acordo de Paris.
Nenhum desses tratados prevê a possibilidade de qualquer tipo de intervenção na Amazônia ou de tomada desse território caso o Brasil não cumpra com as suas obrigações.
Longe de uma intervenção, conferir um status internacional a um território considerado bem comum da humanidade impõe obrigações aos demais Estados, que devem ajudar a proteger e conservar este patrimônio. "Não cabe a nenhum país e nem à comunidade internacional o direito de intervir na gestão desse bem, ou pior ainda, invadir esse território para a proteção desse bem" afirmou a juíza Sylvia Steiner.
Em suma, os países podem cooperar para a preservação da Amazônia, mas cooperação imposta não existe e seria uma quebra da soberania nacional.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O DISCURSO DE BOLSONARO NA ONU


Muito diferente do ultimo discurso presidencial na ONU, onde a meta da presidente era estocar o vento, Bolsonaro fez um discurso firme, abrangente, expressivo e dentro de suas características.

Abordou desde a política externa, ao prejuízo que ideologias podem fazer as famílias, a cultura, a educação e os meios de comunicação.

Fazendo uma analogia a fumaça branca do vaticano, ele anunciou um novo Brasil. Habemus Brasil.
Um Brasil que se recupera do caos, do desastre econômico e moral provocado pelo tsunami dos governos anteriores.
Foi bem claro quando falou da Amazônia, mostrando que somos nós os responsáveis por ela e que não admite qualquer interferência externa na soberania desse território.
Falou também dos indígenas e ressaltou que temos 14% de reservas indígenas, algumas maiores do que Portugal ou Hungria.
 Quanto à agricultura afirmou que França e Alemanha ocupam metade de suas terras com a agricultura, enquanto o Brasil ocupa apenas 8% para o trabalho no campo.
Falou dos médicos cubanos, comparando a trabalho escravo, que terroristas que estavam abrigados no Brasil sobre o escudo de refugiados políticos, foram mandados de volta para cumprir pena em seus países e mostrou que governos anteriores levaram bilhões de dólares, mas que foram combatidos pelo Juiz Sergio Moro.
Enfim, o Presidente mostrou que no Brasil agora tem quem manda e está tentando por ordem na casa. Foi firme e direto, sem subterfúgios, sem medo de desagradar essa ou aquela potencia econômica mundial. Falou abertamente sem ser submisso, ou conivente com as mentiras que são espalhadas pelo exterior.  Não deixou nada subtendido. Não deixou brecha para interpretações. Fez o verdadeiro Marketing Político: a verdade sem teatro.
E convidou: venham a Amazônia e conheçam sua realidade antes de emitir opiniões baseadas apenas no que é exposto por entidades que tem outros interesses que não são os de conservar e de fazer o uso sustentável da nossa floresta.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

DINHEIRO PÚBLICO PARA CAMPANHAS ELEITORAIS.


Como eu já havia falado em comentários anteriores, tirar dinheiro público para campanhas eleitorais é o maior escândalo para um país que ainda está em desenvolvimento.  Serão 3,7 bilhões de reais destinados a campanhas eleitorais em 2020 e não me venham dizer que a culpa é do marketing político.
O que mais causa indignação é que esses valores serão retirados de ações na saúde, educação, habitação e carências de todo tipo que o povo brasileiro tanto necessita.
Enquanto vemos reportagens sobre hospitais que não tem estrutura para atendimento, escolas que não conseguem entregar o mínimo de dignidade pedagógica aos alunos e professores, além de suas estruturas não oferecerem condições mínimas de uso, o dinheiro público vai para financiar campanhas eleitorais.
Devemos urgentemente repensar essa situação, ou teremos cada dia mais a população contra os políticos, que, por esse tipo de postura, vem abastecendo a rejeição cada vez mais forte por essa função.
A politica que deveria ter uma visão positiva no Brasil, cada dia mais é vista como um câncer na sociedade.
Lembrando mais uma vez Margareth Tacher ex primeira ministra britânica: Não existe dinheiro público, existe dinheiro retirado das famílias.