Praia
de Tambaba, município de Conde, Paraíba.
Esse
é o local da primeira aparição de manchas de óleo no Nordeste brasileiro, há
dois meses.
Até agora não se sabe ao certo de onde veio nem o que teria
provocado o derramamento, porém, centenas de praias foram afetadas e os nove
estados da região registraram o aparecimento de manchas no litoral, ocasionando
impactos ambientais e despertando a preocupação de todos os brasileiros.
Ainda não se sabe se o derramamento foi acidental ou
proposital.
Para a Polícia
Federal, a origem do produto seria um navio grego, o Bouboulina, que passou
próximo ao litoral brasileiro carregado de óleo venezuelano.
Até 23 de outubro, a contaminação havia atingido mais de
200 localidades de vários municípios dos nove estados da Região Nordeste.
Um relatório da
Marinha estimou que mais de mil toneladas de óleo haviam sido retiradas das
praias nordestinas até o dia 21 de outubro.
O maior prejuízo está na matéria viva oceânica que pode
sofrer danos, pois o óleo cru não é solúvel em água, portanto, poderá matar
plantas, e animais marinhos.
O turismo é o principal setor que move a economia
nordestina, com representação de 9,8% do PIB da região.
O cenário de baixo crescimento da atividade, devido ao
aparecimento das manchas de óleo, somado com o desemprego, diminui a
recuperação econômica do Nordeste.
Os dados de ocupação dos hotéis, pousadas e de faturamento
dos restaurantes e bares já mostram forte queda, devido aos efeitos do
derramamento. Esses efeitos, devem se intensificar durante o período da alta
temporada.
Com certeza a imagem do Brasil está bastante negativa após
consecutivas polêmicas e desastres envolvendo o meio-ambiente.
O turismo será reduzido, mesmo em outras regiões distantes,
como Santa Catarina e Rio de Janeiro, por temor da possibilidade de
contaminação.
A venda de pescados foi bruscamente afetada, trazendo
prejuízos aos pescadores, restaurantes e comerciantes. Cinco estados
suspenderam a atividade pesqueira.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve decidir no
início desta semana sobre a criação de uma comissão para investigar a origem do
óleo.
E o maior prejudicado é o povo nordestino.
São necessárias medidas urgentes para diminuir o impacto
econômico de mais uma tragédia brasileira.
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