terça-feira, 5 de novembro de 2019

O ÓLEO NAS PRAIAS BRASILEIRAS.


Praia de Tambaba, município de Conde, Paraíba.
Esse é o local da primeira aparição de manchas de óleo no Nordeste brasileiro, há dois meses.
Até agora não se sabe ao certo de onde veio nem o que teria provocado o derramamento, porém, centenas de praias foram afetadas e os nove estados da região registraram o aparecimento de manchas no litoral, ocasionando impactos ambientais e despertando a preocupação de todos os brasileiros.
Ainda não se sabe se o derramamento foi acidental ou proposital.
 Para a Polícia Federal, a origem do produto seria um navio grego, o Bouboulina, que passou próximo ao litoral brasileiro carregado de óleo venezuelano.
Até 23 de outubro, a contaminação havia atingido mais de 200 localidades de vários municípios dos nove estados da Região Nordeste.
 Um relatório da Marinha estimou que mais de mil toneladas de óleo haviam sido retiradas das praias nordestinas até o dia 21 de outubro.
O maior prejuízo está na matéria viva oceânica que pode sofrer danos, pois o óleo cru não é solúvel em água, portanto, poderá matar plantas, e animais marinhos.
O turismo é o principal setor que move a economia nordestina, com representação de 9,8% do PIB da região.
O cenário de baixo crescimento da atividade, devido ao aparecimento das manchas de óleo, somado com o desemprego, diminui a recuperação econômica do Nordeste.
Os dados de ocupação dos hotéis, pousadas e de faturamento dos restaurantes e bares já mostram forte queda, devido aos efeitos do derramamento. Esses efeitos, devem se intensificar durante o período da alta temporada.
Com certeza a imagem do Brasil está bastante negativa após consecutivas polêmicas e desastres envolvendo o meio-ambiente.
O turismo será reduzido, mesmo em outras regiões distantes, como Santa Catarina e Rio de Janeiro, por temor da possibilidade de contaminação.
A venda de pescados foi bruscamente afetada, trazendo prejuízos aos pescadores, restaurantes e comerciantes. Cinco estados suspenderam a atividade pesqueira.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve decidir no início desta semana sobre a criação de uma comissão para investigar a origem do óleo.
E o maior prejudicado é o povo nordestino.
São necessárias medidas urgentes para diminuir o impacto econômico de mais uma tragédia brasileira.

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