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segunda-feira, 1 de junho de 2020

A MODERNA COMUNICAÇÃO POLÍTICA


Como fazer comunicação para mandatos e gabinetes
É impossível governar sem se comunicar. Uma administração silenciosa é tão impopular quanto uma que não gera obras ou ações.
Assim como um mandato parlamentar que não se comunica com seus eleitores está fadado ao malogro.
Comunicação para o Político é como o oxigênio que ele respira. Se parar de respirar morre.
Toda e qualquer ação política passa pela comunicação.
Historicamente, a comunicação governamental, é de natureza publicitária, ou seja, de divulgação de seus atos e ações utilizando-se da propaganda para veiculação na mídia.
A partir da conscientização dos profissionais de comunicação de que, apenas a propaganda já não impactava a população, observa-se o incremento das atividades de Jornalismo e Relações Públicas, para levar a mensagem até o cidadão com maior credibilidade.
O conceito de comunicação política vem sendo criado tendo como ponto comum a construção da cidadania.
A comunicação, no contexto político, vive uma verdadeira revolução na forma, conteúdo e veículos utilizados.
A comunicação no âmbito político, hoje é enxergada como estratégica e fundamental para qualquer cargo político e público.
Temos que considerar o quanto é relevante e o poder que a comunicação assume em uma democracia, e que ela precisa se pautar por políticas e técnicas de comunicação capazes de levar, efetivamente em conta os interesses da população.
A comunicação tem como premissa o interesse público. Os políticos tem como obrigação prestar contas a sociedade, pois essa é a razão de sua existência.
É preciso que os políticos tenham em mente que tem, como compromisso maior, a comunicação por eles gerado, diante dos altos gastos feitos com o dinheiro público.

Alias, lembrando Margareth Thatcher “Não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos”.

A democracia pressupõe que se o serviço dos políticos são serviços públicos, a razão de sua existência são os cidadãos e a sociedade, por isso temos que avaliar se tem se dado a comunicação a importância que ela merece como meio de oxigenação e interlocução entres esses atores sociais e em defesa da cidadania.
O conceito de Comunicação Política e Pública nasce com o advento da Assessoria de Imprensa.
A Comunicação Política nasce da necessidade da interlocução entre população e políticos, de forma que se faça um intercambio de informações que possa levar a elucidação das ações políticas ao público e o grau de pressão e satisfação.
A ideia central é mostrar que o político hoje tem que conversar com a população. Apenas informar suas ações em formato de propaganda e publicidade, já não produz efeito. A abordagem única é a comunicação entre os entes políticos no mandato e a população de qualquer país que queira construir e solidificar sua democracia.
A comunicação política é ação, o imediatismo, o contato e interação que produz resultados reais em prazos delimitados. Nos ensina Ralph Murphine
Em qualquer partido político, organização governamental ou parlamentar, a comunicação pública e política é peça central. Não apenas para combater momentos de crise como para orientar públicos interno e externo, funcionários, assessorias e departamentos técnicos sobre objetivos, filosofia da instituição ou do político, estratégias etc.
Nesses períodos de transformação e profundas mudanças conjunturais e políticas, a comunicação é essencial. Não se pode esperar que apenas a grande mídia comunicasse para a população os assuntos políticos, principalmente nas pequenas e médias comunidades.
Numa sociedade fortemente mediatizada, os líderes são o elemento central da atividade política.
Infelizmente a maioria dos políticos e suas assessorias, colocam a comunicação política a serviço do político e não do cidadão. Isso se chama difusão do EGO. Fazem da comunicação ferramenta de propaganda e não de informar que seus atos beneficiam a população e onde está esse benefício.
A comunicação política deve ser vista como um meio pelo qual o político promove o bem-estar e o desenvolvimento da população.
A comunicação política deve se ater a difundir a ação e não promover o político.
Finalizando, a comunicação política, quando bem feita, cumpre papel importante ao contribuir com informação correta, plural e democrática para que o cidadão possa refletir sobre o mundo que o cerca e assim exercer a cidadania.
Como estamos vendo, a Comunicação Política pode e deve ser usada tanto pelo executivo como pelo legislativo e pelo Judiciário em qualquer das esferas (Municipal, Estadual ou Federal) resumindo, em todos os cargos eletivos tanto públicos como privados.
A comunicação política é a arte de falar aos cidadãos em seus termos e sua linguagem para envolvê-los nos processos do governo ou em um projeto político. Atualmente, os modelos mais eficientes de comunicação política têm tomado o cidadão como o centro da ação política e não a figura do político como era antes.
Provamos que o modelo de empoderamento dos cidadãos está ganhando força na maioria dos países democráticos. Por essa razão, a comunicação política como geradora de participação cidadã assume uma importância fundamental no avanço da democracia na região. Nos diz Israel Navarro.
Temos que dar uma guinada na comunicação política utilizada até hoje, onde a maioria destaca apenas as qualidades do seu assessorado político e as especificações de obras e serviços (quanto custou, o convenio, o esforço dos políticos, etc.).
As modernas técnicas de comunicação política nos mostram que as pessoas não compram especificação ou elogios, compram transformação. Não contou uma historia, não me mostrou o beneficio, não me colocou na cena usufruindo das benesses que o serviço ou obra vai me proporcionar, então não me interessa.
Ninguém que saber de especificação quer sim saber da solução e onde eles estão inseridos nessa solução.  O que vou receber com essa ação?
Contar uma historia, dizer qual benefício o cidadão recebe e onde ele esta inserido nessa historia é a condição de ter uma boa repercussão da notícia.
Hoje o ator principal é o cidadão, Político deve ser apenas o coadjuvante nas histórias.
Para ilustrar o quanto a comunicação é importante no mandato, vou contar o segredo do ovo da galinha.
Sabe por que você come ovo de galinha e não ovo de pata?
Para quem é do interior assim como eu, sabe que o ovo de pata é usado como remédio para anemia das crianças, pois eles contem muito mais ferro, e vitaminas que o ovo de galinha, é maior e se presta a fazer todas as receitas que se faz com o ovo de galinha.
Ora então porque comemos ovo de galinha e não de pata?
Simples: a Pata bota o seu ovo no meio de uma moita e não dá um pio sobre esse assunto,
Já a galinha bota o ovo no ninho e canta bem alto comunicando sua obra. (cocoricó vem ver minha obra!)
Então fica claro que, embora menor e com menos valor nutritivo, o ovo da galinha tem uma comunicação muito mais eficiente do que o ovo de pata e, com isso, se tornou o ovo mais vendido e consumido no mundo.
Quando o político não comunica suas ações, acaba deixando espaço para que a oposição divulgue a sua “Versão dos fatos” na maioria das vezes distorcida.
É preciso ocupar todos os espaços disponíveis.

Conclusão: “EM COMUNICAÇÃO VALE A VERSÃO, NÃO OS FATOS”. COMUNIQUE SEMPRE A SUA VERSÃO DOS FATOS.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

AS ESCOLAS MILITARES


O Ministério da Educação (MEC) anunciou a meta de criar 108 escolas "cívico-militares" no Brasil até 2023. Isso seria feito por meio da adesão dos estados, que ficarão responsáveis por sua administração, mas receberão recursos federais. Segundo o MEC, já há atualmente 203 escolas do tipo em 23 estados e no Distrito Federal.
Nas eleições de 2018 uma das propostas para a educação defendida pelo atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, era a militarização das escolas. No seu ponto de vista, a implantação em nível nacional de colégios militares iria diminuir a violência no contexto escolar e garantiria um melhor desempenho nesses ambientes.
Oito dos nove governadores do Nordeste e dois do Sudeste não aceitam a escola cívico-militar.
As escolas cívicos - militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. A meta é aumentar a média no Ideb.
Hoje O índice Ideb é superior nos colégios militares - 6,99 ante 4,94 dos civis", e obtém melhores resultados no ENEM diz o MEC.
Tem um pacto federativo em que cabe aos estados cuidarem do Ensino Médio. Não cabe à União. A União pode entrar como facilitador e financiando eventualmente alguma atividade, que é o que a gente já faz com o Ensino Médio integral. Vamos dizer que um estado X queira fazer a adesão ao modelo. Ele é que vai dizer em qual escola quer implementar isso.

Colégio Militar:

No Brasil, esta categoria de ensino é regulada pela Lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996, também conhecida como Lei de Diretrizes e bases da educação, em seu artigo 83.

O que temos contra a militarização das escolas
        O modelo fere os princípios da educação, ao exigir a disciplina militar se distancia dos valores plurais e democráticos defendidos pela Constituição.
        Adotar o modelo militar de ensino, o qual segue a técnica Foucaultiana do “Vigiar e Punir”, é ir na contramão das grandes potências mundiais. Nas últimas décadas, estas têm empregado os padrões democráticos inspirados nas propostas de educação de Paulo Freire.
        A gestão diretiva implica na efetividade da escola e exige formação específica. Dessa forma, não faz sentido introduzir organizações de segurança pública para a administração de instituições escolares uma vez que o inverso da situação não acontece.
        A cobrança de mensalidade é inconstitucional pois viola o princípio de gratuidade do ensino público estabelecido no artigo 206 inciso IV da Constituição Federal de 1988.
        No século XXI, é ilógico exigir do aluno regras subjetivas como o corte de cabelo para meninos ou a não utilização de maquiagem e acessórios para as meninas. Tal característica viola o estado de direito do estudante.
        Os dados de desempenho que comparam os alunos de colégios militares e escolas comuns são paradoxais posto que para aderir ao quadro de discentes das instituições militarizadas é necessário passar antes por uma seleção. A esse respeito, quando relacionadas a institutos comuns em que os estudantes possuem perfil semelhante observa-se um desempenho similar.

O que temos a favor da militarização das escolas

        O modelo atual de ensino público falhou em garantir um ambiente pacífico propício ao desenvolvimento intelectual do discente. Nesse sentido, a disciplina e ordem dos militares visa diminuir as significativas taxas de violência contra alunos e professores.
        As escolas cívicas têm se distanciado de valores como o patriotismo, o civismo e da disciplina.
        As regras não são arbitrárias, o aluno juntamente com os responsáveis está ciente das normas exigidas nesses ambientes.
        Os colégios militares apresentaram bom desempenho e boa estrutura com notas acima da média nacional de acordo com o Ideb e o ENEM.
        O Estado fracassou em oferecer educação pública de qualidade e em alguns estados como no Amazonas e em Goiás, nos quais adotou a militarização das escolas e obteve bons resultados.
MAS COLÉGIO MILITAR É BOM OU RUIM?
Na verdade teria que ser feito um plebiscito estadual para saber a opinião da população de cada estado e não a vontade soberana, ditatorial e ideológica de um governador sobre as escolas militares. Saber a opinião do povo, isso se chama democracia.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

PORQUE MINAS GERAIS?


(Baseado em texto do Profº. Gaudêncio Torquato).
O Estado de Minas Gerais está pagando um preço alto demais por um pecado que não se sabe qual. Em parte, talvez, pela riqueza de seu solo, que não deveria ser pecado, mas virtude, se tratada com respeito.
O fato é que nenhum povo merece tal castigo, como a sequência de tragédias a que o Estado vem sendo submetido desde o rompimento da barragem de Mariana, em 2015 onde morreram 19 pessoas.
Depois, Brumadinho, com 270 mortos e onze pessoas ainda desaparecidas.
Neste começo de ano, o maior índice de chuvas em toda a história da Grande BH. São contados até agora 56 mortes e milhares de desalojados e desabrigados.
Até a cerveja entrou na lista macabra dos mineiros: quatro pessoas morreram e 21 estão infectadas por uma substância tóxica que não devia estar na bebida, encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, Capixaba e outros produtos da cervejaria Backer, que se diz artesanal.
Como desgraça pouca é bobagem, a doença que hoje ameaça o mundo, o coronavírus, parece ter entrado no Brasil pela porta de Minas, com uma estudante de 22 anos de Belo Horizonte que veio da China, exatamente da cidade de Wuhan, de onde o vírus se espalhou.
Há mais dois casos suspeitos no Brasil, em Curitiba e Porto Alegre. E então, no meio de tanta tragédia, cabe a frase do mineiro Guimarães Rosa em seu "Grande Sertão: Veredas":
"Um dia ainda entra em desuso matar gente".
Minas não merece esse castigo.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

PESQUISA SOBRE DEMOCRACIA MARKETING POLÍTICO


Após o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, caiu o apoio à democracia como melhor forma de governo, aponta pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de S. Paulo.
Para 62% dos entrevistados, a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo. No levantamento anterior, realizado na semana do primeiro turno das eleições de outubro de 2018, esse índice era de 69%.
Cresceu de 13% para 22% a parcela da população para quem tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura. Permaneceu estável em 12% a fatia de entrevistados que diz ser preferível uma ditadura em certas circunstâncias.
Mas o que é democracia?
“A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo.”  – conceituava Abraham Lincoln.
Todos falam nela, mas será que sua definição é mesmo óbvia? Muitas pessoas explicariam que democracia é a presença de eleições. Mas também há eleições em ditaduras – como havia no Brasil durante o regime militar ou no Egito, em que o ditador ficou décadas sendo reeleito, ou na nossa vizinha Venezuela e até mesmo em regimes totalitários como a Coréia do Norte, um dos mais fechados que o mundo já viu. As eleições ajudam a dar uma máscara democrática e de legitimidade a um regime autoritário, mesmo que não sejam eleições livres e nem competitivas.
 A democracia é a pior forma de governo, mas não há nenhum sistema melhor que ela. – afirmava Winston Churchill.
A democracia é então a melhor forma de governo disponível?
Para muitas nações, a resposta provável é sim. Mas a democracia não acontece porque algo está escrito num pedaço de papel, mas está, acima de tudo, na cultura e no pensamento da sociedade.
A democracia brasileira está engatinhando. Somos nós que temos que construir a democracia que queremos e isso, está na expressão popular através do voto.
São as pessoas que nós colocamos no poder que dão forma a democracia, ou seja, somos nós os responsáveis pela democracia que se está apresentando no Brasil.
De nada adianta reclamar ou fazer pesquisas se nós, povo, não mudarmos quem está no poder e realmente dar a cara da democracia que estamos construindo e que queremos.
Ainda 62% da população brasileira afirma que a democracia é a melhor forma de governo, mas será que perguntaram de que democracia se está falando?
Termino com a frase de Leandro Karnal
"Democracia não é o paraíso, mas ela consegue garantir que a gente não chegue ao inferno".

Que 2020 traga novos ares à democracia brasileira.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

A SAÍDA DO PRESIDENTE BOLSONARO DO PSL


Qual a razão da saída de Bolsonaro do PSL
Levando em consideração as atitudes do partido, onde em várias votações, seus deputados votaram contra o governo, a questão dos candidatos laranja do partido, as brigas pelo poder e dinheiro do fundo partidário e eleitoral, e a falta de uma definição clara de ideologia, levaram o Presidente Jair Bolsonaro a pedir a desfiliação do partido.
A ideia do Presidente é formar um novo partido que possa abraçar a ideologia de direita, sem subterfúgios ou desculpas para acompanhar o “politicamente correto”.
O anuncio da criação de um novo partido e de sua desfiliação, está levando muitos bolsonaristas a pedir a desfiliação do partido, como nos reporta, por exemplo, a jornalista Maria Helena de São Jose do Rio Preto: “Bolsonaristas já puxam fila de desfiliações por aqui”.
Isso vem acontecendo em todo território nacional.
Mas como será possível criar um novo partido no meio do seu mandato?
Os obstáculos existentes para isso são imensos, porem não impossíveis de serem feitos.
O que o Presidente vai precisar para um novo partido:
1 - Reunir pelo menos 492 mil assinaturas válidas em nove estados,
2 - convencer o TSE a manter em poder do novo partido uma fatia dos fundos partidário e eleitoral proporcional à quantidade de deputados que migrarem para ele. 
3 - Também será necessário convencer o TSE a distribuir o tempo de propaganda eleitoral de acordo com a nova proporção partidária.
4 - Manter o mandato daqueles deputados que acabarem expulsos do PSL por infidelidade. O partido informou que iniciará o processo de desligamento de 19 deles. 
5 - Convencer Câmara e Senado a redistribuir cargos em mesas e comissões, de modo a atender à nova distribuição.
6 - Cada um desses obstáculos passará a ser acompanhado de perto pela imprensa. Declarações e pronunciamentos em torno deles pautarão uma cobertura jornalística cada dia mais ativa em torno da família Bolsonaro,
Essa novela não termina aqui, esse é apenas o primeiro capítulo.
Vários e vários capítulos seguirão mais a frente
Quem viver verá