Mostrando postagens com marcador TV. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador TV. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Estratégia de adversários é ignorar Lula nas eleições 2018 - Marketing Político

Um consenso entre as campanhas é que, quanto menos o ex-presidente for lembrado, citado ou até atacado diretamente, menor será sua capacidade de transferir votos em um futuro próximo.

Os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto nas eleições 2018 vão tratar da figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, com cuidado nos debates entre presidenciáveis, nos programas eleitorais ou nos discursos de campanha, evitando transformá-lo em um alvo ou uma figura recorrente. No debate da RedeTV, que será realizado na sexta-feira, 17, o púlpito reservado ao candidato petista permanecerá vazio.

 

Um consenso entre as campanhas dos adversários do petista é que, quanto menos ele for lembrado, citado ou até atacado diretamente, menor será sua capacidade de transferir votos em um futuro próximo (provavelmente para o vice, Lava Jato). Parte dessa estratégia foi explicitada nesta quinta-feira, 9, durante o debate na TV Bandeirantes, ocasião em que Lula foi mencionado raríssimas vezes. O mesmo irá acontecer no debate da RedeTV!.

“Para mim, Lula é carta fora do baralho”, afirmou Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. Na verdade, a estratégia do deputado é a de continuar se apresentando como o principal antagonista do PT e das esquerdas de um modo geral – mas as críticas não serão dirigidas à figura do ex-presidente.

A campanha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve seguir um caminho parecido. O foco de Alckmin em discursos e nas redes sociais será buscar o eleitorado que está “bolsonarista”. Isso implica explorar o antipetismo – mas sem mencionar a figura do ex-presidente.

Considerada como uma das principais herdeiras de votos do ex-presidente, caso ele não possa concorrer, Marina Silva (Rede) só fala de Lula quando provocada. Segundo a coordenadora de campanha, Andrea Gouvea, não há uma estratégia clara sobre não falar de Lula, mas “quando o Haddad virar candidato, o assunto certamente fará parte do debate”. 

A postura menos clara é a de Ciro Gomes (PDT). Embora o candidato também tenha como estratégia não atacar ou dar um excessivo “cartaz” ao ex-presidente, ele não tem conseguido se desviar do tema com facilidade. Nesta terça-feira, 14, em debate promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), em Brasília, Ciro questionou: “Quem é o candidato à Presidência do PT? Lula. Então por que Haddad vai para os debates?”. E continuou: “O PT é meu adversário. Acho que Haddad não tem de participar dos debates. Somos bastante amigos. O problema não é ele, é o PT”.

Haddad não poderá participar do debate da RedeTV. De acordo com as normas aprovadas pelos partidos, o púlpito do candidato que não comparecer ao programa ficará vazio. “Tal candidato será excluído dos ciclos de perguntas e respostas.”

A estratégia do presidenciável Alvaro Dias (Podemos) é a de não tratar Lula como candidato. Segundo interlocutores, Lula será lembrado na campanha do Podemos pelos escândalos de corrupção que envolveram o PT. Dias vai continuar atacando a gestão petista, atribuindo a eles e ao presidente Michel Temer a crise do País. A preocupação da campanha é a de não legitimar o ex-presidente como concorrente ao Planalto.

O nome de Lula estará na fala de pelos menos dois candidatos: Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Meirelles irá ressaltar sua participação como ministro nos governos do ex-presidente e tentará mostrar seu protagonismo na ocasião. Em alguns momentos, poderá até se colocar como “parceiro” do petista. As críticas ao PT serão dirigidas ao período da presidente cassada Dilma Rousseff.

Já Boulos seguirá legitimando o nome de Lula como concorrente à Presidência. Uma das raras “aparições” do ex-presidente durante o primeiro debate entre os presidenciáveis foi na fala do candidato do PSOL, que deu "boa noite" ao petista,  disse que ele também deveria estar no debate e criticou sua prisão. A expectativa é de que ele continue sendo lembrado nos discursos políticos do presidenciável. Reservadamente, um interlocutor da campanha admitiu que, para o eleitorado mais à esquerda, que disputa com os petistas, a crítica à prisão do ex-presidente tem uma importante função eleitoral.

Para analistas, estratégia de rivais de Lula é correta


A estratégia dos adversários de ignorar Lula na disputa está correta, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), Carlos Manhanelli. “Falar no Lula desperta uma emoção no eleitorado que não é boa para os concorrentes. Se fizerem isso, vão acabar fortalecendo a estratégia petista de leva-lo até o último segundo para depois substituí-lo”, afirmou, lembrando que na reeleição do petista, em 2006, o slogan era parecido com o de agora: “Lula de novo, com a força do povo”. O eleitorado do ex-presidente não é petista, mas lulista, disse Manhanelli. Isso faz com que qualquer lembrança dele, por seus adversários, só acabe por fortalecê-lo”.

Para o analista político Ibsen Costa Manso, da ICM Consultoria, o mito de Lula se alimenta das notícias, fatos e até críticas ao redor dele. “Isolá-lo dos fatos políticos seria a melhor estratégia. O material de campanha do ex-presidente apela à memória do eleitorado. Então, as outras campanhas precisam trabalhar no sentido de deixá-lo fora do processo”, disse. Na avaliação do cientista político Roberto Gondo (Mackenzie), o único candidato que pode trazer Lula com mais força para o debate ou o horário eleitoral é Ciro Gomes. “Ele tem essa coisa teatral. Pode trazer essa história da traição petista em relação à sua campanha, pode fazer com que a figura do Lula tenha destaque”,
fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,estrategia-de-adversarios-e-ignorar-lula-nas-eleicoes-2018,70002452232

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O QUE É UMA CAMPANHA ELEITORAL? - MARKETING POLÍTICO

Campanha eleitoral. Basta ouvir isso que já nos arrepiamos.

Diferentemente de países como os Estados Unidos da América, onde a visão da politica é positiva, aqui em nosso país, a visão é altamente negativa.

A campanha eleitoral tem como base a participação popular na escolha de seus representantes, e isso é levado muito a sério lá nas Américas.

Mas, vamos conceituar o que vem a ser uma campanha eleitoral.

Campanha eleitoral são as datas permitidas para que os partidos e seus candidatos se apresentem para a população em busca de votos.

É a propaganda política dos candidatos a cargos executivos e legislativos, em época de eleição, de acordo com prazo e normas estipulados por lei.

 É nesse período que cada candidato tem a chance de se promover, fazer-se conhecer pelos eleitores, angariar votos dentro das regras e dos limites de seu território eleitoral.

A divulgação de uma campanha eleitoral normalmente se faz pela mídia - jornais, televisão, rádio, revistas, internet, folhetos, etc.

Aqui no Brasil temos agora a figura da pré-campanha que pode ser efetuada a qualquer tempo, dentro das regras e leis estabelecidas.

Como estamos vendo, uma campanha eleitoral é uma campanha de propaganda e publicidade, ou seja, propagar e publicitar algo, em nosso caso as candidaturas.

Como toda boa campanha de propaganda e publicidade, não se consegue faze-las sem custo.

Tem que ter um bom consultor de marketing, uma boa agencia de propaganda e publicidade, jornalistas, produtoras de TV e Rádio, designs, gráfica, gerenciamento de internet, etc.

Tudo isso tem um custo, assim como qualquer campanha que pretenda propagar algo.

Você já imaginou o quanto a coca-cola gasta em propaganda e publicidade para que você saiba que ela existe?

Pois bem, a campanha eleitoral, e tem o nome de campanha por isso, é uma campanha de propaganda e publicidade.

Todos os gastos que a coca cola têm para chegar até você, uma campanha eleitoral também tem, menos as inserções em rádio e TV que aqui no Brasil são gratuitas.

Em todos os demais, os custos são idênticos.

Tem que se contratar empresas especializadas e profissionais que vivem do que fazem.

Não tem como trabalhar de graça para nenhuma campanha.

Esses profissionais vivem disso.

Enquanto o eleitor brasileiro não atingir a maturidade suficiente para entender que os políticos são os que vão fazer a diferença na sua vida e que devem ter uma visão positiva da política, viveremos querendo tirar alguma coisa dos candidatos.

Alias os candidatos foram quem acostumaram mal os eleitores, dando bolas de futebol, chaveirinhos, canetas, caixas de cerveja, e todo tipo de brinde em troca do voto.

Temos que os escolher como nossos representantes, com o critério de que farão algo melhor e positivo depois de eleitos para melhorar a vida dos eleitores.

Política não pode ser profissão. Política tem que ser missão.

Termino esse comentário de hoje com uma frase adaptada por mim:

QUEM NÃO NASCE NA POLITICA PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER NA POLÍTICA.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

TEMPO DE TV E ACORDO DO CENTRÃO

Tempo de TV ajuda Alckmin, mas fator já foi pesou mais no passado.
Maior tempo de TV para propaganda eleitoral ajuda? Sim ajuda bastante.


Mas a importância já foi maior em disputas passadas.

Geraldo Alckmin fez um grande acordo com vários partidos e detém hoje 5minutos e 50 segundos no horário eleitoral gratuito e praticamente metade  das inserções diárias. 

Nesse acordo. Geraldo Alckmin ficou com um bloco de partidos formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, conhecido como “centrão”.

Serão 10 partidos ao todo.

Nenhum dos outros candidatos que hoje lideram as pesquisas terá tanto tempo de TV e rádio.

O PT tem 1min34; Ciro Gomes, 33s; Bolsonaro, 8s.

Com o bloco, Alckmin também conquista o apoio de governos e prefeituras que levarão seu nome às regiões onde sua candidatura se revela mais fraca, no Norte e Nordeste.

Estacionado em torno de 6% nas pesquisas, é natural que Alckmin cresça, embora não imediatamente, já que o horário eleitoral só começa em 31 de agosto.

O maior perdedor com esse acordo do Centrão com Alckmin será Ciro, que vinha tentando esse apoio agora dado a Alckmin.

Mas que preço Alckmin terá que pagar para isso?

Desde já, Alckmin se tornou refém do “toma-lá-dá-cá” que amaldiçoa a política brasileira.

Nesse toma lá dá cá do acordo, o PR ficaria com a Vice (indicou o filho de Jose de Alencar que não aceitou)

O DEM manteve a presidência da Câmara, com Rodrigo Maia, e apoio do PSDB à candidatura Eduardo Paes ao governo do Rio. 

O PP, apoio às disputas pelos governos de Santa Catarina e Alagoas. 

O PRB ganhou vagas ao Senado em disputas regionais.

O Solidariedade, do deputado Paulinho da Força, obteve uma promessa de revisão no financiamento a sindicatos, extinto pela reforma trabalhista. Ou seja, a volta do imposto sindical obrigatório.

O bloco ganhou ainda o direito de indicar o novo presidente do Senado.

A aliança entre Alckmin e o CENTRÃO reforça o argumento central da campanha do deputado Jair Bolsonaro onde ele afirma que é o único político que não é corrupto, e os demais são.

Todos agora aliados a Alckmin para preservar o velho sistema político, ou seja, com Alckmin os políticos e os partidos no controle do país continuariam os mesmos.

OS DESAFIOS DE ALCKMIN

A campanha de Alckmin terá doravante dois grandes desafios. Primeiro, livrá-lo da pecha de “candidato do sistema e dos velhos caciques”.

Segundo, capturar o sentimento antipetista, hoje aglutinado em torno de Bolsonaro, que reúne, segundo as pesquisas, o eleitorado mais fiel e menos propenso a mudar de voto.

Nenhum desses desafios será fácil.  

Se vai conseguir?

Apenas em setembro será possível avaliar o resultado de sua estratégia após o uso do tempo de TV. Mas, se até agora a eleição se inclinava em favor de Bolsonaro, a disputa promete ser mais acirrada.

Existe então uma nova força para Alckimin que não saia dos 6% de intenções de voto, mas essa força pode tanto impulsionar para uma  vitória retumbante como levar a candidatura a um tremendo e glorioso fracasso, acabando de vez com as pretensões dos velhos coronéis da politica brasileira.

Quem viver verá.