quinta-feira, 26 de julho de 2018

TEMPO DE TV E ACORDO DO CENTRÃO

Tempo de TV ajuda Alckmin, mas fator já foi pesou mais no passado.
Maior tempo de TV para propaganda eleitoral ajuda? Sim ajuda bastante.


Mas a importância já foi maior em disputas passadas.

Geraldo Alckmin fez um grande acordo com vários partidos e detém hoje 5minutos e 50 segundos no horário eleitoral gratuito e praticamente metade  das inserções diárias. 

Nesse acordo. Geraldo Alckmin ficou com um bloco de partidos formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, conhecido como “centrão”.

Serão 10 partidos ao todo.

Nenhum dos outros candidatos que hoje lideram as pesquisas terá tanto tempo de TV e rádio.

O PT tem 1min34; Ciro Gomes, 33s; Bolsonaro, 8s.

Com o bloco, Alckmin também conquista o apoio de governos e prefeituras que levarão seu nome às regiões onde sua candidatura se revela mais fraca, no Norte e Nordeste.

Estacionado em torno de 6% nas pesquisas, é natural que Alckmin cresça, embora não imediatamente, já que o horário eleitoral só começa em 31 de agosto.

O maior perdedor com esse acordo do Centrão com Alckmin será Ciro, que vinha tentando esse apoio agora dado a Alckmin.

Mas que preço Alckmin terá que pagar para isso?

Desde já, Alckmin se tornou refém do “toma-lá-dá-cá” que amaldiçoa a política brasileira.

Nesse toma lá dá cá do acordo, o PR ficaria com a Vice (indicou o filho de Jose de Alencar que não aceitou)

O DEM manteve a presidência da Câmara, com Rodrigo Maia, e apoio do PSDB à candidatura Eduardo Paes ao governo do Rio. 

O PP, apoio às disputas pelos governos de Santa Catarina e Alagoas. 

O PRB ganhou vagas ao Senado em disputas regionais.

O Solidariedade, do deputado Paulinho da Força, obteve uma promessa de revisão no financiamento a sindicatos, extinto pela reforma trabalhista. Ou seja, a volta do imposto sindical obrigatório.

O bloco ganhou ainda o direito de indicar o novo presidente do Senado.

A aliança entre Alckmin e o CENTRÃO reforça o argumento central da campanha do deputado Jair Bolsonaro onde ele afirma que é o único político que não é corrupto, e os demais são.

Todos agora aliados a Alckmin para preservar o velho sistema político, ou seja, com Alckmin os políticos e os partidos no controle do país continuariam os mesmos.

OS DESAFIOS DE ALCKMIN

A campanha de Alckmin terá doravante dois grandes desafios. Primeiro, livrá-lo da pecha de “candidato do sistema e dos velhos caciques”.

Segundo, capturar o sentimento antipetista, hoje aglutinado em torno de Bolsonaro, que reúne, segundo as pesquisas, o eleitorado mais fiel e menos propenso a mudar de voto.

Nenhum desses desafios será fácil.  

Se vai conseguir?

Apenas em setembro será possível avaliar o resultado de sua estratégia após o uso do tempo de TV. Mas, se até agora a eleição se inclinava em favor de Bolsonaro, a disputa promete ser mais acirrada.

Existe então uma nova força para Alckimin que não saia dos 6% de intenções de voto, mas essa força pode tanto impulsionar para uma  vitória retumbante como levar a candidatura a um tremendo e glorioso fracasso, acabando de vez com as pretensões dos velhos coronéis da politica brasileira.

Quem viver verá.

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