(Baseado em texto do
Profº. Gaudêncio Torquato).
O Estado de Minas
Gerais está pagando um preço alto demais por um pecado que não se sabe qual. Em
parte, talvez, pela riqueza de seu solo, que não deveria ser pecado, mas
virtude, se tratada com respeito.
O fato é
que nenhum povo merece tal castigo, como a sequência de tragédias a que o
Estado vem sendo submetido desde o rompimento da barragem de Mariana, em 2015
onde morreram 19 pessoas.
Depois,
Brumadinho, com 270 mortos e onze pessoas ainda desaparecidas.
Neste
começo de ano, o maior índice de chuvas em toda a história da Grande BH. São
contados até agora 56 mortes e milhares de desalojados e desabrigados.
Até a cerveja entrou na
lista macabra dos mineiros: quatro pessoas morreram e 21 estão infectadas por
uma substância tóxica que não devia estar na bebida, encontrada em amostras da
cerveja Belorizontina, Capixaba e outros produtos da cervejaria Backer, que se
diz artesanal.
Como
desgraça pouca é bobagem, a doença que hoje ameaça o mundo, o coronavírus, parece
ter entrado no Brasil pela porta de Minas, com uma estudante de 22 anos de Belo
Horizonte que veio da China, exatamente da cidade de Wuhan, de onde o vírus se
espalhou.
Há mais
dois casos suspeitos no Brasil, em Curitiba e Porto Alegre. E então, no meio de
tanta tragédia, cabe a frase do mineiro Guimarães Rosa em seu "Grande Sertão: Veredas":
"Um
dia ainda entra em desuso matar gente".
Minas não
merece esse castigo.
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