segunda-feira, 27 de agosto de 2018

CAMPANHAS 'ESQUECEM' DE RENOVAR JINGLES - MARKETING POLITICO

Vai começar a temporada de jingles das eleições 2018 e aquela tradicional busca por colar na cabeça do eleitor o nome, o número e a mensagem que cada candidato quer passar. Como já é tradição, quem busca o voto vende “mudança”, mote quase onipresente nos refrões das músicas que tomarão conta do horário eleitoral a partir do próximo dia 31. O ritmo pode ser diferente, mas a promessa de “tirar o Brasil da crise” será cantada por todos os presidenciáveis.

Com base nos jingles já divulgados pelas campanhas, Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) são os que mais abusam da promessa de mudar o rumo do País. Ciro diz que tem experiência para isso, Meirelles e Dias afirmam que só eles são capazes de fazer o que o eleitor espera e Bolsonaro até nomeou seu hit de Muda Brasil.

Para Carlos Manhanelli, especialista em marketing político e autor do livro Jingles Eleitorais e Marketing Político – Uma Dupla do Barulho, os jingles da eleição “estão todos iguais e parecem escritos por uma mesma pessoa”. “Tem uma falta de originalidade. Parece que um está copiando o outro. Nenhum deles vai sobreviver depois do período eleitoral. Não tem um chiclete de ouvido”, disse.

Entre os jingles já apresentados, Manhanelli notou que Alvaro Dias usa o sertanejo universitário para passar uma ideia de honestidade; que o nome Ciro é repetido 67 vezes em meio a um tecno brega; que Meirelles escolheu ritmos nordestinos para se vender como o homem que precisa ser chamado para resolver qualquer problema; e que o jingle de Bolsonaro repete quase um Lulinha paz e amor quando afirma “Bolsonaro com amor e com coragem”.

 Líder nas pesquisas de intenção de voto no cenário sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, Bolsonaro apela ainda à emoção para conquistar – ou ao menos manter – seu eleitorado em busca de uma vaga no segundo turno. O jingle espalhado pelas redes sociais do candidato e de apoiadores começa com os acordes do hino nacional e segue no ritmo do forró para afirmar que “olha para o futuro, quer ver seus filhos num país mais seguro” e, “com amor e com coragem”, vai “mudar a nossa Nação”.

Com a indefinição a respeito da candidatura de Lula, que terá seu registro julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos dias, o PT, por enquanto, mantém o jingle lançado para a convenção nacional do partido, que indicou o ex-presidente como candidato. A música remete às campanhas de 1989 e da vitória de 2002, famosas pelo “Lula lá” e pelo coro da “esperança”, mantendo a estratégia de usar o nome do ex-presidente o máximo durante a campanha deste ano.

Para o cientista político Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), caberá ao eleitorado agora julgar se as promessas de mudança vendidas nos jingles convencem e são ou não viáveis. “Obviamente, o que se tenta é seduzir o eleitor com promessas de um futuro novo. Mas até que ponto isso convence? Vale lembrar que vários desses candidatos estão ou já estiveram no governo”, disse.
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Teixeira também chama a atenção para a ausência da palavra “corrupção” nos jingles. Em vez de mencionar os escândalos revelados pela Operação Lava Jato e por outras investigações conduzidas pela Polícia Federal, a maioria dos presidenciáveis optou por destacar as palavras “honestidade” e “ficha limpa” nas músicas de suas campanhas.

Mesmo o candidato que levanta costumeiramente a bandeira da Lava Jato, o senador Alvaro Dias, omite o termo na balada sertaneja que levará para a TV e o rádio. Para o cientista político, a explicação é óbvia: “A maioria não toca na palavra corrupção porque não pode atirar pedra em ninguém.”
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

JINGLES NAS CAMPANHAS DESTE ANO


COMEÇAM AS CAMPANHAS ELEITORAIS E OS JINGLES JÁ SE APRESENTAM.
AS FAMOSAS MUSICAS ELEITORAIS SÃO UMA FERRAMENTA MULTIUSO E POR ISSO IMPRECINDÍVEIS A UMA BOA CAMPANHA.
MAS, VAMOS ANALISAR OS JINGLES QUE TIVEMOS ACESSO.

O QUE MAIS USARAM NOS JINGLES PRESIDENCIAIS FOI A PALAVA MUDANÇA.
DOS 08 JINGLES QUE TIVEMOS ACESSO, 5 FALAM DE MUDANÇA NA SUA LETRA.
VEJAMOS OS CASOS:

·                   ALVARO DIAS: "TÁ DIFÍCIL ACREDITAR, MAS É HORA DE MUDAR";

 
·                   CIRO GOMES"A GENTE QUER MUDANÇA" / "TEM MUITA COISA PRA MUDAR";

 
·                   GERALDO ALCKMIN"VAMOS TODOS JUNTOS E JUNTOS MUDAR";

 
·                   HENRIQUE MEIRELLES"CHAMA HONESTIDADE E CORAGEM, QUE TEM O PULSO PRA MUDAR A DIREÇÃO";

 
·                   JAIR BOLSONARO"BATE FORTE MEU CORAÇÃO PRA MUDAR A MINHA NAÇÃO" / "MUDA BRASIL, MUDA BRASIL, MUDA DE VERDADE" / "A NOVA ORDEM É MUDANÇA" / "SOU BOLSONARO PRA MUDAR NOSSA NAÇÃO";

O TERMO SÓ NÃO APARECE NOS JINGLES DE EYMAEL (DC), LULA (PT) E MARINA (REDE) ".

OUTRAS EXPRESSÕES BASTANTE REPETIDAS NOS JINGLES, FORAM:

·                   BRASIL POVO, ESPERANÇA, CORAÇÃO, CORAGEM, CHAMA – CHAMAMENTO,  GENTE, PRESIDENTE;

ALIAS OS JINGLES DE MEIRELES E LULA TEM O MESMO MOTE: CHAMA O HOMEM, COLOCANDO OS DOIS NO PATAMAR DE QUE QUANDO SE TEM PROBLEMAS, CHAMANDO ELES RESOLVEM.

ANALISANDO CADA JINGLE TEMOS:

ALVARO DIAS: EM RITMO SERTANEJO UNIVERSITÁRIO, AS PALAVRAS QUE MAIS CHAMAM A ATENÇÃO: “FALA E FAZ” E “CHEGA DE BLÁ BLÁ BLÁ”.

CHAMA A ATENÇÃO PARA A HONESTIDADE DO CANDIDATO.

 
CIRO GOMES: EM RITMO TECNO-BREGA, O JINGLE REPETE 67 VEZES O NOME DO CANDIDATO, ALÉM DE TENTAR CRIAR UM CHICLETE DE OUVIDO COM AS PALAVRAS “A GENTE QUER” E “PRECISA DE”, PRATICAMENTE IDÊNTICO AO USO NO JINGLE DE BOLSONARO.

GERALDO ALCKMIN: RITMO SOLENE, QUASE UM LAMENTO, APOSTA NO CHICLETE DE OUVIDO “GERALDO EU VOU” PALAVRAS COMO “CORAGEM”, “VIDA LIMPA”, “FAMÍLIA” E "RESPEITO", SÃO USADAS PARA PASSAR O PERFIL DO CANDIDATO.

O TERMO "TRISTEZA PRECISA TER FIM" SE IGUALA AO JINGLE DO LULA QUE DIZ: "ESSA TRISTEZA, MEU POVO, VAI TER FIM".
 

HENRIQUE MEIRELES: RITMO NORDESTINO, REPETE A IDEIA DE "CHAMAR O CANDIDATO”, “TEM CORAGEM DE ENCARAR OS DESAFIOS". O MESMO RECURSO USADO POR LULA. O SUPER HOMEM QUE DEVE SER CHAMADO QUANDO TEM PROBLEMAS.

JAIR BOLSONARO: TAMBEM COM RITMOS NORDESTINOS, REFORÇA A IDÉIA DA MUDANÇA. É O JINGLE QUE MAIS REPETE O NOME DO BRASIL. DEFINE O CANDIDATO COM AS PALAVRAS "BOLSONARO COM AMOR E COM CORAGEM".

LULA: RITMO VOLTADO AO FORRÓ, REFORÇA A IDÉIA DE CHAMAR O HOMEM DIZ A MÚSICA, "O POVO QUER" E "O HOMEM DÁ JEITO".  O MESMO RECURSO UTILIZADO POR MEIRELES, O SUPER HOMEM. O JINGLE SE UTILIZA TAMBÉM DO "ESSA TRISTEZA, MEU POVO, VAI TER FIM". IDENTICA A DE ALCKMIN "ESSA TRISTEZA PRECISA TER FIM".

 
MARINA SILVA: RITMO BEM PRÓXIMO AO XOTE NORDESTINO, COLOCA O ELEITOR ESTANDO COM MARINA "TÔ COM MARINA" É A EXPRESSÃO QUE MAIS SE REPETE. MENCIONA O NOME DO VICE E É O ÚNICO A FAZER ISSO. MAIS UM APELO A MUDANÇA COM A FRASE: "VAMOS TRANSFORMAR O BRASIL" E LEMBRANDO EDUARDO CAMPOS "NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL".

JOSÉ MARIA EYMAEL: RITMO DE MARCHINHA CONSERVA O FAMOSO JINGLE “UM DEMOCRATA CRISTÃO”, É O ÚNICO ATE AGORA QUE CITA O NOME DO PARTIDO E TAMBEM O ÚNICO QUE, ACERTADAMENTE, COLOCA O NUMERO DO CANDIDATO PARA SER MEMORIZADO PELO ELEITOR. 


 

JINGLES ELEITORAIS SÃO MUSICAS FEITAS ESPECIALMENTE PARA RESALTAR AS QUALIDADES DE UM CANDIDATO E PROPAGAR SEU MOTE DE CAMPANHA.



LINKS PARA OS JINGLES:









 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

CANDIDATOS AGORA SÃO OFICIAIS

O prazo para partidos e coligações apresentarem os pedidos de registro das candidaturas terminou nesta quarta-feira dia 15.

No Tribunal Superior Eleitoral, 13 candidatos apresentaram os pedidos. São eles: Alvaro Dias, Cabo Daciolo, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro, João Amoêdo, João Vicente Goulart, José Maria Eymael, Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva e Vera Lúcia.
 
O PROBLEMA DE LULA

Ao todo, as convenções confirmaram 14 candidaturas, mas Manuela D'Ávila (PCdoB) deve desistir para concorrer como candidata à vice na chapa encabeçada pelo PT, reduzindo o número de candidatos a 13.

A candidatura de Lula, porém, pode gerar questionamentos na Justiça porque, além de estar preso, o ex-presidente se encaixa nos critérios da Lei da Ficha Limpa, segundo a qual fica inelegível quem for condenado por órgão colegiado da Justiça em segunda instancia.

O PT já anunciou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato a vice de Lula, mas, segundo informações, o partido trabalha, sem alarde, com a chapa Haddad e Manuela D'Ávila.

Impugnação

Dentro de cinco dias, candidatos, partidos, coligações ou o Ministério Público Eleitoral podem questionar esses registros.

O TSE tem prazo até dia 17 de setembro para fazer a análise inicial dos registros. Depois, ainda será possível analisar recursos.

Qualquer decisão que for tomada permite recurso ao tribunal e ao Supremo Tribunal Federal, ou seja podemos vivenciar uma eleição com incertezas de quem realmente poderá concorrer.

Como ficam os registros

O candidato que tiver o pedido de registro deferido será considerado apto a concorrer ao pleito de outubro.

O pedido de registro será indeferido quando o candidato for inelegível ou não atender a qualquer das condições de elegibilidade.

Propaganda

A partir desta quinta-feira dia 16 está permitida a realização de propaganda eleitoral nas ruas podendo fazer comício, carreata, distribuição de material impresso e propaganda na internet, desde que não paga, como sites próprios.

No rádio e na TV, a propaganda só começa dia 31 de agosto, após elaboração de plano de mídia por parte dos partidos, Justiça Eleitoral e emissoras de TV.


Finalizo mais uma vez com a frase de Claudio Muzel:

A eleição de político ruim, ficha suja ou corrupto, nos dá oportunidade de avaliar não o político, mas a democracia, o sistema judiciário e principalmente o nível do eleitor.


 
 

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Estratégia de adversários é ignorar Lula nas eleições 2018 - Marketing Político

Um consenso entre as campanhas é que, quanto menos o ex-presidente for lembrado, citado ou até atacado diretamente, menor será sua capacidade de transferir votos em um futuro próximo.

Os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto nas eleições 2018 vão tratar da figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, com cuidado nos debates entre presidenciáveis, nos programas eleitorais ou nos discursos de campanha, evitando transformá-lo em um alvo ou uma figura recorrente. No debate da RedeTV, que será realizado na sexta-feira, 17, o púlpito reservado ao candidato petista permanecerá vazio.

 

Um consenso entre as campanhas dos adversários do petista é que, quanto menos ele for lembrado, citado ou até atacado diretamente, menor será sua capacidade de transferir votos em um futuro próximo (provavelmente para o vice, Lava Jato). Parte dessa estratégia foi explicitada nesta quinta-feira, 9, durante o debate na TV Bandeirantes, ocasião em que Lula foi mencionado raríssimas vezes. O mesmo irá acontecer no debate da RedeTV!.

“Para mim, Lula é carta fora do baralho”, afirmou Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. Na verdade, a estratégia do deputado é a de continuar se apresentando como o principal antagonista do PT e das esquerdas de um modo geral – mas as críticas não serão dirigidas à figura do ex-presidente.

A campanha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve seguir um caminho parecido. O foco de Alckmin em discursos e nas redes sociais será buscar o eleitorado que está “bolsonarista”. Isso implica explorar o antipetismo – mas sem mencionar a figura do ex-presidente.

Considerada como uma das principais herdeiras de votos do ex-presidente, caso ele não possa concorrer, Marina Silva (Rede) só fala de Lula quando provocada. Segundo a coordenadora de campanha, Andrea Gouvea, não há uma estratégia clara sobre não falar de Lula, mas “quando o Haddad virar candidato, o assunto certamente fará parte do debate”. 

A postura menos clara é a de Ciro Gomes (PDT). Embora o candidato também tenha como estratégia não atacar ou dar um excessivo “cartaz” ao ex-presidente, ele não tem conseguido se desviar do tema com facilidade. Nesta terça-feira, 14, em debate promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), em Brasília, Ciro questionou: “Quem é o candidato à Presidência do PT? Lula. Então por que Haddad vai para os debates?”. E continuou: “O PT é meu adversário. Acho que Haddad não tem de participar dos debates. Somos bastante amigos. O problema não é ele, é o PT”.

Haddad não poderá participar do debate da RedeTV. De acordo com as normas aprovadas pelos partidos, o púlpito do candidato que não comparecer ao programa ficará vazio. “Tal candidato será excluído dos ciclos de perguntas e respostas.”

A estratégia do presidenciável Alvaro Dias (Podemos) é a de não tratar Lula como candidato. Segundo interlocutores, Lula será lembrado na campanha do Podemos pelos escândalos de corrupção que envolveram o PT. Dias vai continuar atacando a gestão petista, atribuindo a eles e ao presidente Michel Temer a crise do País. A preocupação da campanha é a de não legitimar o ex-presidente como concorrente ao Planalto.

O nome de Lula estará na fala de pelos menos dois candidatos: Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Meirelles irá ressaltar sua participação como ministro nos governos do ex-presidente e tentará mostrar seu protagonismo na ocasião. Em alguns momentos, poderá até se colocar como “parceiro” do petista. As críticas ao PT serão dirigidas ao período da presidente cassada Dilma Rousseff.

Já Boulos seguirá legitimando o nome de Lula como concorrente à Presidência. Uma das raras “aparições” do ex-presidente durante o primeiro debate entre os presidenciáveis foi na fala do candidato do PSOL, que deu "boa noite" ao petista,  disse que ele também deveria estar no debate e criticou sua prisão. A expectativa é de que ele continue sendo lembrado nos discursos políticos do presidenciável. Reservadamente, um interlocutor da campanha admitiu que, para o eleitorado mais à esquerda, que disputa com os petistas, a crítica à prisão do ex-presidente tem uma importante função eleitoral.

Para analistas, estratégia de rivais de Lula é correta


A estratégia dos adversários de ignorar Lula na disputa está correta, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), Carlos Manhanelli. “Falar no Lula desperta uma emoção no eleitorado que não é boa para os concorrentes. Se fizerem isso, vão acabar fortalecendo a estratégia petista de leva-lo até o último segundo para depois substituí-lo”, afirmou, lembrando que na reeleição do petista, em 2006, o slogan era parecido com o de agora: “Lula de novo, com a força do povo”. O eleitorado do ex-presidente não é petista, mas lulista, disse Manhanelli. Isso faz com que qualquer lembrança dele, por seus adversários, só acabe por fortalecê-lo”.

Para o analista político Ibsen Costa Manso, da ICM Consultoria, o mito de Lula se alimenta das notícias, fatos e até críticas ao redor dele. “Isolá-lo dos fatos políticos seria a melhor estratégia. O material de campanha do ex-presidente apela à memória do eleitorado. Então, as outras campanhas precisam trabalhar no sentido de deixá-lo fora do processo”, disse. Na avaliação do cientista político Roberto Gondo (Mackenzie), o único candidato que pode trazer Lula com mais força para o debate ou o horário eleitoral é Ciro Gomes. “Ele tem essa coisa teatral. Pode trazer essa história da traição petista em relação à sua campanha, pode fazer com que a figura do Lula tenha destaque”,
fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,estrategia-de-adversarios-e-ignorar-lula-nas-eleicoes-2018,70002452232

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O QUE É UMA CAMPANHA ELEITORAL? - MARKETING POLÍTICO

Campanha eleitoral. Basta ouvir isso que já nos arrepiamos.

Diferentemente de países como os Estados Unidos da América, onde a visão da politica é positiva, aqui em nosso país, a visão é altamente negativa.

A campanha eleitoral tem como base a participação popular na escolha de seus representantes, e isso é levado muito a sério lá nas Américas.

Mas, vamos conceituar o que vem a ser uma campanha eleitoral.

Campanha eleitoral são as datas permitidas para que os partidos e seus candidatos se apresentem para a população em busca de votos.

É a propaganda política dos candidatos a cargos executivos e legislativos, em época de eleição, de acordo com prazo e normas estipulados por lei.

 É nesse período que cada candidato tem a chance de se promover, fazer-se conhecer pelos eleitores, angariar votos dentro das regras e dos limites de seu território eleitoral.

A divulgação de uma campanha eleitoral normalmente se faz pela mídia - jornais, televisão, rádio, revistas, internet, folhetos, etc.

Aqui no Brasil temos agora a figura da pré-campanha que pode ser efetuada a qualquer tempo, dentro das regras e leis estabelecidas.

Como estamos vendo, uma campanha eleitoral é uma campanha de propaganda e publicidade, ou seja, propagar e publicitar algo, em nosso caso as candidaturas.

Como toda boa campanha de propaganda e publicidade, não se consegue faze-las sem custo.

Tem que ter um bom consultor de marketing, uma boa agencia de propaganda e publicidade, jornalistas, produtoras de TV e Rádio, designs, gráfica, gerenciamento de internet, etc.

Tudo isso tem um custo, assim como qualquer campanha que pretenda propagar algo.

Você já imaginou o quanto a coca-cola gasta em propaganda e publicidade para que você saiba que ela existe?

Pois bem, a campanha eleitoral, e tem o nome de campanha por isso, é uma campanha de propaganda e publicidade.

Todos os gastos que a coca cola têm para chegar até você, uma campanha eleitoral também tem, menos as inserções em rádio e TV que aqui no Brasil são gratuitas.

Em todos os demais, os custos são idênticos.

Tem que se contratar empresas especializadas e profissionais que vivem do que fazem.

Não tem como trabalhar de graça para nenhuma campanha.

Esses profissionais vivem disso.

Enquanto o eleitor brasileiro não atingir a maturidade suficiente para entender que os políticos são os que vão fazer a diferença na sua vida e que devem ter uma visão positiva da política, viveremos querendo tirar alguma coisa dos candidatos.

Alias os candidatos foram quem acostumaram mal os eleitores, dando bolas de futebol, chaveirinhos, canetas, caixas de cerveja, e todo tipo de brinde em troca do voto.

Temos que os escolher como nossos representantes, com o critério de que farão algo melhor e positivo depois de eleitos para melhorar a vida dos eleitores.

Política não pode ser profissão. Política tem que ser missão.

Termino esse comentário de hoje com uma frase adaptada por mim:

QUEM NÃO NASCE NA POLITICA PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER NA POLÍTICA.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

O CANDIDATO LULA - MARKETING POLÍTICO


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, afirmou em decisão desta quarta-feira que há uma "inelegibilidade chapada" quer dizer evidente e notória - na eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos julgamentos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Luiz Fux e outros ministros usam constantemente o termo "chapada"– para se referir a questões evidentes, sobre as quais não há dúvidas.

Mesmo assim, O PT fará no próximo sábado dia 4 a convenção para confirmação do nome de Lula como candidato a presidente.

Depois, o partido terá até 15 de agosto para registrar a candidatura na Justiça Eleitoral.

Só após esse período é que partidos, coligações e o Ministério Público podem questionar a candidatura.

O TSE tem um rito para julgamento dos registros de candidatura até 17 de setembro, 20 dias antes do primeiro turno da eleição, em 7 de outubro.

Ao rejeitar ação apresentada, Fux ressaltou que o entendimento dele, a respeito do tema é "público e notório".

Lula está preso desde o começo de abril e cumpre pena em Curitiba em razão da condenação no caso do triplex do Guarujá, na Operação Lava Jato – ele se declara inocente.

O ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em segunda instância, por órgão colegiado, o que, pela Lei da Ficha Limpa, pode impedi-lo de disputar as eleições.

Essa questão, no entanto, precisa ser decidida pela Justiça Eleitoral.

Assim como já havia decidido a ministra Rosa Weber e o próprio Fux, o ministro afirmou na decisão que não se pode analisar a candidatura antes de um registro apresentado.

A estratégia do PT esdtá clara.

Levar a candidatura de Lula o máximo de tempo possível, fazendo com que os eleitores acreditem que ele possa sser candidato, e no ultimo prazo, efetuar a troca de candidato.

Estratégia arriscada, pois o eleitor não vai ser enganado facilmente.

Termino o comentário de hoje com uma frase de Orson Scott Card

Se os porcos pudessem votar, o homem com o balde de comida seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tenha abatido no recinto ao lado.