Antes de pensarmos em qualquer estratégia é preciso realizar uma pesquisa interna para conhecer o candidato e sua equipe (acredite: o candidato vai descobrir coisas fantásticas sobre ele que, até então, nem imaginava) bem como o ambiente eleitoral que estamos ‘tateando’. Obviamente essas informações serão confrontadas e complementadas pela pesquisa externa e também com a observação local e levantamento de dados que realizaremos. Nessas reuniões, o candidato, seus familiares, amigos ou funcionários próximos irão falar tudo!!! Tudo mesmo!!! Mais será que isso não é exagero??? Vamos ilustrar com essa história:
Durante um julgamento em uma cidade do interior nos EUA, uma senhora foi chamada pelo advogado de acusação para depor, mas, bastou uma simples pergunta do advogado, para a doce senhora dar um resposta que surpreendeu todas as pessoas.
O advogado aproximou-se dela e perguntou: “Sra . Jones, você me conhece?”
Ela respondeu prontamente: “Claro que sim. Eu te conheço desde que era um garotinho, e, francamente, você foi uma grande decepção para mim. Você mente, trai a sua esposa, manipula as pessoas, e fala mal dos seus amigos pelas costas. Então, sim. Sim, eu sei quem você é “.
O advogado estava atordoado. Não sabendo mais o que fazer, ele apontou outro lado da sala e perguntou: “Sra. Jones, você conhece o advogado de defesa?”
Ela respondeu: “Claro que sim. Eu conheço o Sr. Bradley desde que ele era jovem. Ele é preguiçoso, preconceituoso, e tem um problema com a bebida. Ele não pode construir um relacionamento normal com ninguém. Sua prática de direito é um dos piores no estado. Sem mencionar que ele traiu a mulher com três mulheres diferentes e uma delas era sua esposa. Sim, eu o conheço “.
O advogado de defesa quase desmaiou.
O juiz pediu ambos os advogados que aproximassem e se inclinou e com uma voz calma disse aos dois advogados: “Se qualquer um vocês perguntar a ela se ela me conhece, eu mando prender os dois!”
Obviamente não sabemos sobre a veracidade da história, porém, ilustra exatamente o que pode acontecer em uma campanha. Necessitamos de todas as informações possíveis para, não só utilizarmos na elaboração da estratégia mas também para prever possíveis ataques de adversários e criarmos ‘vacinas’ para nos proteger de informações que podem abalar a campanha.
Para finalizar, vale lembrar que em seu livro “Eleição é Guerra” o Professor Carlos Manhanelli, presidente da ABCOP, realiza seis comparações entre conceitos de ação de guerra (recorrendo ao livro “Da Guerra” de Carl Von Clausewitz) com os conceitos do Marketing Político Eleitoral. Vamos citar a terceira comparação:
Da Guerra: Se a guerra é um ato de violência, também a sensibilidade fará parte dela. Ainda que a guerra não provenha desta, todavia, incide mais ou menos sobre ela, e este mais ou menos não depende do grau de civilização mas, sim, da importância e persistência dos interesses inimigos.
Campanhas eleitorais: Se as campanhas eleitorais descem a níveis tão baixos que atacam o moral e os segredos mais íntimos dos candidatos, também a sensibilidade necessariamente fará parte delas. Ainda que as campanhas eleitorais não provenham desta, todavia, incide mais ou menos sobre ela, e este mais ou menos não depende do grau de civilização mas, sim, da importância e persistência dos interesse do adversário.
Vamos ao Briefing?
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