segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TELEMARKETING VALE A PENA?


Telemarketing é importante mas custa caro

Jessica Cavalheiro Do Diário do Grande ABC


Mesmo a internet sendo uma nova e importante ferramenta para as propagandas eleitorais, o telemarketing ainda é uma ótima opção para atingir o eleitorado de forma maciça. Como o serviço demanda grande investimento financeiro, no Grande ABC apenas três candidatos a cargos proporcionais apostaram na ferramenta.
Vanessa Damo (PMDB) foi a que mais investiu em telemarketing. A candidata à reeleição à Assembleia gastou R$ 10.000, segundo prestação de contas divulgada no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o início de setembro. Na mesma época, Marcelo Chehade (PSDB), candidato a deputado federal, havia gastado R$ 2.400. E Gilberto do Primavera (PTB), que disputa para deputado estadual, investiu R$ 1.000.
Segundo o coordenador-geral da campanha de Gilberto da Primavera, Rodrigo Marcon Alves, que é presidente de uma empresa de telemarketing e responsável pelo serviço de comunicação do candidato, a alternativa é uma estratégica política fundamental para uma campanha proporcional. "Depois da minirreforma na lei eleitoral, o espaço do político nos demais meios de comunicação, como a TV e o rádio, ficou limitado", observou.
Uma entrevista com a população é a forma que o telemarketing do candidato petebista aborda o eleitorado. Nas ligações telefônicas, as pessoas são questionadas, por exemplo, sobre os principais problemas encontrados pelos morador na cidade. De acordo com Alves, até agora a resposta do eleitorado com o serviço de telemarketing de Gilberto do Primavera tem sido positivo. "70% das pessoas aceitaram fazer a entrevista e desses, 95% aceitaram ouvir no fim da ligação uma mensagem do candidato e aprovaram também o recebimento de uma cartilha do político por correio", afirmou o coordenador.
Vanessa Damo também optou por entrevistas com o eleitorado, como forma de criar um canal de comunicação e saber o as demandas da população. "Não gravei nenhuma mensagem pedindo voto. É mais um serviço para entrar em contato com os moradores e obter informações que possam me ajudar na campanha", relatou.
‘Entrevista por telefone é irritante'', diz consultor políticoPara o consultor em Comunicação Política e Marketing Eleitoral Carlos Manhanelli, a forma como os candidatos a deputado estadual Vanessa Damo e Gilberto do Primavera optaram por utilizar o serviço de telemarketing não foi a melhor opção. De acordo com ele, uma entrevista com o eleitorado pode irritar muito mais do que uma mensagem gravada do político pedindo voto.
Manhanelli recomenda que a ferramenta seja utilizada primeiramente como um canal de utilidade pública. "A mensagem faz toda a diferença. Ao invés de o candidato ligar ou mandar um mensagem de texto pedindo voto, ele pode passar alguma informação primeiro, por exemplo: ‘No dia da votação não esqueça de levar seu título de eleitor e um documento com foto.'' Depois citar o nome e número de votação."
O consultor alerta ainda sobre o telemarketing no celular. "O aparelho fixo é da casa e qualquer pessoa pode atender, é mais aceitável. O celular é um objeto muito pessoal e quando alguém invande algo particular normalmente a pessoa já rejeita", observa Manhanelli, ao salientar um lado positivo do celular. "Ele aceita mensagem de texto, que no caso a pessoa tem a opção de ler mais tarde e na hora que prefetir."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Denúncias só criam impactos se há “dinheiro e gente presa”

Denúncias só criam impactos se há “dinheiro e gente presa”
Gazeta de Caxias
Segundo cientistas políticos, escândalos têm pouco efeito eleitoral e eles só criam impacto se há “dinheiro e gente presa”.
Por João C. Garavaglia

Escândalos não devem ter grande influência na disputa Dilma/Serra Escândalos envolvendo supostos dossiês fabricados para prejudicar adversários políticos como o episódio de violação de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge e de Verônica Serra, filha do candidato do partido à Presidência, José Serra, viraram praxe nas eleições do país. Segundo especialistas eles elevam a temperatura da campanha, mas produzem impacto limitado nas urnas.

Escândalo da Receita
No denominado Escândalo da Receita, que resultou na saída da ministra Eunice Guerra, a Polícia Federal investiga a falsificação da assinatura de Verônica na procuração usada pelo contador Antonio Carlos Atella para obter seus dados na Receita Federal, além da violação do sigilo fiscal de outras pessoas ligadas ao partido PSDB.
As três últimas eleições já foram marcadas por denúncias envolvendo tentativa de compra e venda de dossiês. “As campanhas eleitorais dos últimos anos vêm sendo contaminadas por esses episódios lamentáveis”, avalia o cientista político Aldo Fornazieri.

Caso dos Aloprados
Em 2006 o caso conhecido como Escândalo dos Aloprados ilustra a avaliação. A prisão de dois homens com 1,75 milhão de reais no quarto de um hotel pela Polícia Federal ganhou o noticiário cerca de 15 dias antes do primeiro turno da eleição. A dupla tinha ligação com o Senador e o candidato ao governo de São Paulo, Aloísio Mercadante (PT) e ia comprar um dossiê supostamente contra o adversário do PSDB José Serra.
Antes de o escândalo estourar, as pesquisas já apontavam a vitória de Serra sobre Mercadante no primeiro turno com 47% a 23%. No final, o tucano venceu com 57% dos votos válidos contra 31% do petista.

Caso flagrante
Já na disputa presidencial Lula viu seus 15 pontos de vantagem sobre o tucano Geraldo Alckmin cair após o episódio e perder a chance de se reeleger no primeiro turno, com o placar apertado de 48% a 41%. Mas no segundo turno Lula venceu por 60% a 39%. “O caso dos Aloprados foi flagrante. Tinha imagens de maços de dinheiro, pessoas sendo algemadas. Isso tudo foi para TV. Ajudou a levar a disputa para o segundo turno, mas mesmo assim Lula venceu. O caso de agora, da filha de Serra, não tem foto e nem vídeo, é uma coisa abstrata para o eleitor”, avalia o consultor de marketing político Carlos Manhanelli.

Operação Lunus
Em 2002 foi a vez de Serra, então pré-candidato à Presidência, ser acusado por José Sarney (PMDB-AP) de estar por trás de suposta rede de espionagem para prejudicar a pré-candidatura da filha Roseana. Sarney acusou a operação Lunus, da PF, de ser o desdobramento do dossiê criado para barrar o crescimento da filha. Agentes federais apreenderam mais de 1,5 milhão de reais no escritório das empresas de Roseana e seu marido Jorge Murad, no Maranhão. Imagens do dinheiro ganharam o noticiário.

Dossiê Cayman
Em 1998, o chamado Dossiê Cayman, com denúncias de que tucanos, entre eles o presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Mário Covas e o ministro José Serra, tinham dinheiro no paraíso fiscal do Caribe, foi usado por chantagista na reta final das eleições. O suspeito tentou, sem sucesso, vender as informações a candidatos adversários. Fernando Henrique e Covas se reelegeram.

Setores pequenos
“Esse tipo de denúncia tem impacto em setores pequenos da classe média e não no grande eleitorado, interessado em outras questões”, diz Fornazieri. “Dossiê tem em toda a eleição. Há sempre investigação da vida privada dos candidatos”, comenta Marco Antonio Teixeira, cientista político da Fundação Getúlio Vargas.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E SE O VOTO NÃO FOSSE OBRIGATÓRIO?


Entrevista concedida a revista Superinteressante
Charge do blog da Serra - de Carlos Emerson.

“A tentação é grande… Seus amigos querem saber o que você vai fazer no feriado, as agências de viagem anunciam pacotes para a data. E você pensa que, em pleno calor de 15 de novembro (ou de 3 de outubro), um dia livre é mesmo um convite ao lazer. Afinal, com o fim do voto obrigatório, essas datas viraram simples feriados.
Mas não é que, justo agora que acabou a obrigação de votar, a eleição parece mais interessante? Os temas da campanha são bem mais palpáveis, os problemas discutidos pelos candidatos se assemelham aos seus e tem até gente acenando com uma solução! Será que eles, finalmente, descobriram que eu existo?, você pensa.
Chega o dia da eleição. E, de repente, você está com o título de eleitor na mão, votando! Utopia? Coisa de país desenvolvido? Nem tanto. O voto voluntário torna o eleitor bem mais seletivo, afirma o especialista em marketing eleitoral Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos (Abcop). Para convencer o brasileiro a ir às urnas, os programas eleitorais teriam de ser educativos, mostrar as diferenças entre os trabalhos do Executivo e do Legislativo e explicar a importância do voto.
Tudo isso, no entanto, não evitaria a redução do número de votantes. Nos países onde o voto é voluntário, como os Estados Unidos, só votam 30% a 40% dos eleitores. Aqui, é provável que, a princípio, o comparecimento continuasse alto, devido ao hábito. As abstenções ficariam por conta de quem normalmente deixa de votar e dos que votariam em branco ou nulo, diz o cientista político Rogério Schmitt, professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Aos poucos, porém, a abstenção aumentaria.
OK, mas isso faria alguma diferença? A longo prazo, sim. Segundo simulações realizadas com pesquisas de opinião, os partidos de esquerda, que têm mais militância política e para quem seria esperada uma vantagem, na verdade perderiam espaço para os políticos mais conservadores, que já dispõem de um eleitorado cativo. Pelo menos a princípio. Sim, porque arrebanhar os eleitores novos, desobrigados do voto, seria bem mais difícil.
O voto facultativo não acabaria com a compra de votos, um mau hábito comum em alguns Estados. Mas pelo menos encareceria a fraude. Afinal, é bem mais fácil convencer alguém que já está na boca da urna a votar em Fulano do que demovê-lo do futebol ou da cerveja só para digitar um número na urna eletrônica. E há, de fato, muita gente que escolhe o candidato na última hora e só vota porque é obrigado. Segundo uma pesquisa da Abcop, nas eleições para cargos executivos, 15% dos eleitores definem seu voto na boca da urna. Para cargos legislativos, a indefinição é pior: 45% saem de casa para votar sem saber em quem. Esses eleitores talvez nem saíssem de casa para ir às urnas, diz Manhanelli.
Com tanta competitividade, os candidatos os astros das eleições de hoje não sobreviveriam individualmente. Resultado: os partidos roubariam a cena. O eleitor brasileiro sempre votou em indivíduos, não em partidos, afirma Rogério Schmitt. Com o voto facultativo, a longo prazo a escolha seria mais centrada nas legendas e em suas propostas de governo.
Candidatos desconhecidos, que surgem do nada a bordo de uma legenda de aluguel e que abusam das propostas mirabolantes, teriam cada vez menos espaço. Enfim, as mudanças seriam grandes. Mas, se, apesar delas, nenhum candidato despertasse seu interesse, tudo bem: sempre restaria a opção de pegar o carro e ir à praia, sem dor de cabeça.”

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ENTREVISTA PARA ALUNOS DA UNESP


Profº Ms. Carlos Manhanelli, presidente da Abcop (Associação Brasileira de Consultores Políticos), concedeu entrevista a três acadêmicos do curso de jornalismo da UNESP, de Bauru (SP), Juliana Heiffig Penteado, Gabriel Bordignon de Lima, Sérgio Murilo Bocardo Ferreira, na tarde de quarta-feira (08). O objetivo do encontro foi saber a opinião do professor sobre eleições e marketing político.

Durante a entrevista, Manhanelli salientou que a sua empresa foi a primeira do Brasil especializada em marketing político atuando nesta área há 36 anos e sendo consultor em 242 campanhas até hoje.

Indagado pelos estudantes sobre o papel do Marquetólogo, o professor ressaltou que há uma diferença entre marqueteiro e o Marquetólogo. Isto é, o marqueteiro é aquele que só tem a prática, só tem uma expertise e terá apenas uma vertente. Já o Marquetólogo é aquele profissional que tem a base teórica e a prática. Para enfatizar a definição entre as categorias, Manhanelli citou que na Língua Portuguesa a terminação “eiro” sempre foi depreciativa desde o tempo da colonização, considerando uma classe inferior.

Manhanelli explicou também aos estudantes que a importância do Marquetólogo numa campanha eleitoral é comparada a importância de um médico para um paciente doente. Cabe ao doente procurar ajuda do especialista ou tomar remédios caseiros .

Imagem

Para falar sobre a imagem do candidato, Manhanelli citou o escritor Roger Gerárd que escreveu em seu livro “O Estado Espetáculo” sobre quatro imagens que o eleitor percebe no seu candidato. São elas: A imagem de Pai; a imagem de líder charme; de herói e de homem simples.

Os estudantes questionaram qual a imagem que os candidatos à presidência da república apresentam para a população. Manhanelli explicou que a candidata do PT começou enfatizando uma imagem de heroína, o que demonstra uma dicotomia de imagem, uma vez que a heroína vem para resolver os problemas deixados pelo antecessor. A imagem que ela deveria reforçar era de mãe que acolhe e protege os necessitados.

Quanto ao candidato do PSDB, iniciou sua campanha apresentando uma imagem de pai, que na verdade deveria ser de herói que irá resolver os problemas do país.

Faz-se necessário salientar que a imagem não é fabricada.”Não é um teatro”, argumentou Manhanelli. A imagem do candidato já existe no inconsciente coletivo. O marketing não constrói a imagem, a imagem é percebida e alavancada.

Muitos acreditam que o conteúdo, ou seja, o que o candidato fala na televisão é o que pesa mais. Para o professor, a arma mais poderosa em campanha eleitoral é a televisão e esta é um veículo de comunicação sintética, tem ritmo próprio e prioriza a imagem. Assim, o conteúdo fica em segundo plano. A imagem é primordial que o candidato passa que fala mais alto.

Quanto à vantagem de tempo na programação obrigatória, Manhanelli esclareceu que o tempo só favorecerá se houver um bom aproveitamento. “Quanto maior tempo de TV, maior a possibilidade de erro. Quem fala muito em televisão corre o risco de falar demais e dar bom dia a cavalo”, comentou o professor.

Eleição é Guerra

Em falar de eleições, Manhanelli ressaltou que numa campanha eleitoral não tem medalha de prata só de ouro. E desta forma, ele enfatizou “Eleição é Guerra”, citando seu segundo livro, no qual menciona que no mundo todo, as campanhas eleitorais usam e consolidam cada vez mais os conceitos de guerra em suas ações de cooptação e persuasão do eleitorado. Até as nomenclaturas empregadas têm certo paralelismos: “estratégia, tática, batalha de votos, penetração no segmento adversário e outros.

Voto Obrigatório

Questionado sobre o voto obrigatório, Manhanelli enfatizou que é contra. O voto é um direito e a obrigatoriedade não condiz com a democracia. Para mudar isso é necessário primeiro valorizar o voto. Ou seja, o cidadão entender que seu voto tem valor, pois atualmente o voto não vale nada para o brasileiro.

Voto ideológico

Questionado sobre o voto ideológico ou o apoio do militante ao candidato, Manhanelli ressaltou que o militante sempre teve importância. O que mudou hoje é que a campanha se profissionalizou. Não há mais amadores, todos que trabalham são remunerados e a busca por profissionais aumentou.

Para finalizar, Manhanelli argumentou que o profissional de marketing no Brasil é valorizado no exterior por sua criatividade. Isto é, em outros países a legislação não muda podendo usar as mesmas técnicas. Já no Brasil, as leis mudam em cada eleição, o que impulsiona o marquetólogo a pensar, criar e se adaptar as novas leis para obter bons resultados.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

URNA DÁ TRABALHO

Com a proximidade das eleições, cresce a contratação de profissionais para atuação nas campanhas Eles comandam a trajetória dos candidatos rumo às urnas. Dispensam, porém, os papéis de coadjuvantes. Afinal, advogados, publicitários, jornalistas, consultores políticos, além da mão de obra mais operacional – panfleteiros, carregadores e o pessoal dos carros de som –, são imprescindíveis no desenvolvimento de uma campanha política.

A corrida eleitoral já começou e, ao que tudo indica, será acompanhada por inúmeras contratações nos próximos meses. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, deputados reduzem salários de funcionários comissionados para ampliar a equipe em seus Estados. A verba caiu de R$ 266.377 para R$ 165.595. O que significa que os R$ 100.782 restantes serão investidos no reforço de equipes. A menos de quatro meses do primeiro turno, marcado para 3 de outubro, a demanda não para de crescer.

– O mercado já está aquecido desde o ano anterior, quando se começa, com antecedência, um processo de planejamento de campanha. O mais importante é que há demanda agora e para depois das campanhas para os mais variados profissionais – diz Carlos Augusto Manhanelli, presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos (Abcop).

Esse é o caso dos marquetólogos – também chamados de marqueteiros –, que têm emprego garantido o ano inteiro, inclusive fora do Brasil.

– A versatilidade do profissional brasileiro é muito valorizada no Exterior. A cada eleição, temos mudanças na legislação, o que faz com que os marquetólogos tenham de se adaptar às técnicas a cada nova campanha – aponta o consultor político Carlos Manhanelli, que realiza campanhas em toda a América Latina.

Formação acadêmica tende a ser valorizada

Em agosto, quando entrar o horário eleitoral de rádio e TV, a missão desses profissionais estará à prova: convencer os cidadãos de que seus clientes merecem um voto. A carreira multidisciplinar abre espaço para jornalistas, publicitários e relações públicas, desde que tenham o mínimo de conhecimento das ciências que interferem em uma campanha, como comunicação, sociologia, estatística, ciência política e jornalismo.

– Há uma carência de profissionais habilitados para esse mercado, o que dá brecha para vários oportunistas. Sem a menor formação acadêmica ou experiência de mercado, eles acham que estão fazendo marketing político – diz Carlos Manhanelli.

Mas hoje só cai no conto do marqueteiro eleitoral quem quer.

– A maioria (dos candidatos) já se deu conta da necessidade de um profissional capacitado e completo. Ele, ao contrário do marqueteiro, que só domina sua área de atuação, terá bagagem para direcionar a comunicação da campanha e fazer uma leitura qualificada das pesquisas – explica Manhanelli, que conta com 238 campanhas realizadas ao longo de 36 anos de profissão.

Muito além de reformar o guarda-roupa do candidato, fazer uma boa maquiagem, aparar barba e discursos, os marquetólogos são responsáveis pela parte estratégica da campanha.

– Não dá para fazer política sem gostar, sem conhecer a realidade, a história e os costumes do público eleitor envolvido. Por mais bem planejadas, sem uma bagagem de conhecimento, as propostas de ação estarão condenadas ao fracasso, ao desperdício de recursos – destaca Alexandre Bandeira, presidente da Associação dos Consultores Políticos do DF, que é jornalista com pós-graduação em marketing e estratégia.



PRISCILA MENDES Correio Braziliense
Eleitoral x político A expressão marketing eleitoral é clara. É a aplicação do marketing às técnicas eleitorais com objetivo de angariar o maior número de votos para um candidato. Acaba, portanto, no dia da eleição. Já o marketing político é voltado para a construção de uma imagem a longo prazo e se estende no período pós-eleitoral, pois, mesmo depois de eleito, o candidato precisa de visibilidade