Telemarketing é importante mas custa caro
Jessica Cavalheiro Do Diário do Grande ABC
Mesmo a internet sendo uma nova e importante ferramenta para as propagandas eleitorais, o telemarketing ainda é uma ótima opção para atingir o eleitorado de forma maciça. Como o serviço demanda grande investimento financeiro, no Grande ABC apenas três candidatos a cargos proporcionais apostaram na ferramenta.
Vanessa Damo (PMDB) foi a que mais investiu em telemarketing. A candidata à reeleição à Assembleia gastou R$ 10.000, segundo prestação de contas divulgada no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o início de setembro. Na mesma época, Marcelo Chehade (PSDB), candidato a deputado federal, havia gastado R$ 2.400. E Gilberto do Primavera (PTB), que disputa para deputado estadual, investiu R$ 1.000.
Segundo o coordenador-geral da campanha de Gilberto da Primavera, Rodrigo Marcon Alves, que é presidente de uma empresa de telemarketing e responsável pelo serviço de comunicação do candidato, a alternativa é uma estratégica política fundamental para uma campanha proporcional. "Depois da minirreforma na lei eleitoral, o espaço do político nos demais meios de comunicação, como a TV e o rádio, ficou limitado", observou.
Uma entrevista com a população é a forma que o telemarketing do candidato petebista aborda o eleitorado. Nas ligações telefônicas, as pessoas são questionadas, por exemplo, sobre os principais problemas encontrados pelos morador na cidade. De acordo com Alves, até agora a resposta do eleitorado com o serviço de telemarketing de Gilberto do Primavera tem sido positivo. "70% das pessoas aceitaram fazer a entrevista e desses, 95% aceitaram ouvir no fim da ligação uma mensagem do candidato e aprovaram também o recebimento de uma cartilha do político por correio", afirmou o coordenador.
Vanessa Damo também optou por entrevistas com o eleitorado, como forma de criar um canal de comunicação e saber o as demandas da população. "Não gravei nenhuma mensagem pedindo voto. É mais um serviço para entrar em contato com os moradores e obter informações que possam me ajudar na campanha", relatou.
‘Entrevista por telefone é irritante'', diz consultor políticoPara o consultor em Comunicação Política e Marketing Eleitoral Carlos Manhanelli, a forma como os candidatos a deputado estadual Vanessa Damo e Gilberto do Primavera optaram por utilizar o serviço de telemarketing não foi a melhor opção. De acordo com ele, uma entrevista com o eleitorado pode irritar muito mais do que uma mensagem gravada do político pedindo voto.
Manhanelli recomenda que a ferramenta seja utilizada primeiramente como um canal de utilidade pública. "A mensagem faz toda a diferença. Ao invés de o candidato ligar ou mandar um mensagem de texto pedindo voto, ele pode passar alguma informação primeiro, por exemplo: ‘No dia da votação não esqueça de levar seu título de eleitor e um documento com foto.'' Depois citar o nome e número de votação."
O consultor alerta ainda sobre o telemarketing no celular. "O aparelho fixo é da casa e qualquer pessoa pode atender, é mais aceitável. O celular é um objeto muito pessoal e quando alguém invande algo particular normalmente a pessoa já rejeita", observa Manhanelli, ao salientar um lado positivo do celular. "Ele aceita mensagem de texto, que no caso a pessoa tem a opção de ler mais tarde e na hora que prefetir."
Vanessa Damo (PMDB) foi a que mais investiu em telemarketing. A candidata à reeleição à Assembleia gastou R$ 10.000, segundo prestação de contas divulgada no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o início de setembro. Na mesma época, Marcelo Chehade (PSDB), candidato a deputado federal, havia gastado R$ 2.400. E Gilberto do Primavera (PTB), que disputa para deputado estadual, investiu R$ 1.000.
Segundo o coordenador-geral da campanha de Gilberto da Primavera, Rodrigo Marcon Alves, que é presidente de uma empresa de telemarketing e responsável pelo serviço de comunicação do candidato, a alternativa é uma estratégica política fundamental para uma campanha proporcional. "Depois da minirreforma na lei eleitoral, o espaço do político nos demais meios de comunicação, como a TV e o rádio, ficou limitado", observou.
Uma entrevista com a população é a forma que o telemarketing do candidato petebista aborda o eleitorado. Nas ligações telefônicas, as pessoas são questionadas, por exemplo, sobre os principais problemas encontrados pelos morador na cidade. De acordo com Alves, até agora a resposta do eleitorado com o serviço de telemarketing de Gilberto do Primavera tem sido positivo. "70% das pessoas aceitaram fazer a entrevista e desses, 95% aceitaram ouvir no fim da ligação uma mensagem do candidato e aprovaram também o recebimento de uma cartilha do político por correio", afirmou o coordenador.
Vanessa Damo também optou por entrevistas com o eleitorado, como forma de criar um canal de comunicação e saber o as demandas da população. "Não gravei nenhuma mensagem pedindo voto. É mais um serviço para entrar em contato com os moradores e obter informações que possam me ajudar na campanha", relatou.
‘Entrevista por telefone é irritante'', diz consultor políticoPara o consultor em Comunicação Política e Marketing Eleitoral Carlos Manhanelli, a forma como os candidatos a deputado estadual Vanessa Damo e Gilberto do Primavera optaram por utilizar o serviço de telemarketing não foi a melhor opção. De acordo com ele, uma entrevista com o eleitorado pode irritar muito mais do que uma mensagem gravada do político pedindo voto.
Manhanelli recomenda que a ferramenta seja utilizada primeiramente como um canal de utilidade pública. "A mensagem faz toda a diferença. Ao invés de o candidato ligar ou mandar um mensagem de texto pedindo voto, ele pode passar alguma informação primeiro, por exemplo: ‘No dia da votação não esqueça de levar seu título de eleitor e um documento com foto.'' Depois citar o nome e número de votação."
O consultor alerta ainda sobre o telemarketing no celular. "O aparelho fixo é da casa e qualquer pessoa pode atender, é mais aceitável. O celular é um objeto muito pessoal e quando alguém invande algo particular normalmente a pessoa já rejeita", observa Manhanelli, ao salientar um lado positivo do celular. "Ele aceita mensagem de texto, que no caso a pessoa tem a opção de ler mais tarde e na hora que prefetir."