Serra e Dilma iniciam campanha zero a zero, avaliam especialistas
anderson passos
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=333086
SÃO PAULO - A disputa à Presidência, cuja campanha começa oficialmente amanhã, será polarizada entre Dilma Rousseff (PT-RS) e José Serra (PSDB-SP), e a largada será marcada por um rigoroso equilíbrio. A leitura é de cientistas políticos consultados pelo DCI.Para o professor Carlos Manhanelli, da Manhanelli Associados, a recente pesquisa do instituto Datafolha, que aponta o empate técnico dos ponteiros Serra (39%) e Dilma (38%) tende a se manter. "Desde o anúncio das pesquisas Ibope e Vox Populi [que deram vantagem a Dilma] eu dizia que os jornais estavam fazendo uma leitura jornalística. Pesquisa é diagnóstico, não prognóstico. A disputa Serra/Dilma está equilibrada e é o empate vai prevalecer até que um deles produza um novo movimento", avalia. Para Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), a petista tem mais chances de provocar essa mudança. "Desde as primeiras pesquisas, Serra tem uma variação na casa dos 35%. Acredito que esse é o teto dele. A eleição vai ser polarizada, mas a Dilma é a candidata que tem mais margem de crescimento. "Fornazieri se justifica dizendo que a ex-chefe da Casa Civil pode ser beneficiada por fatores como a estabilidade econômica e também a transferência de votos oriunda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O vice. Para Manhanelli, o tucano está numa situação mais difícil por conta de erros de estratégia na escolha de seu vice. "Houve várias negativas até que o Álvaro Dias aceitasse. Aí veio o DEM e exigiu Índio da Costa", lembra. "E o erro estratégico se consolida quando Serra escolhe alguém do Rio de Janeiro, enquanto deveria ter optado por agregar alguma liderança do nordeste, onde ele precisa fazer votos", comenta. O especialista diz que, desde a redemocratização, os partidos têm buscado uma identificação com o eleitor nordestino. "É a primeira eleição sem que os partidos apresentem uma liderança do nordeste. Desde a época do Tancredo se tinha uma presença nordestina [José Sarney]. Em 89, Collor, de Alagoas. Fernando Henrique teve o pernambucano Marco Maciel e depois tivemos a era Lula. Dilma se descuidou e não agregou o nordeste. E Serra perdeu a oportunidade de fazê-lo", afirma. Fornazieri diverge. "A escolha do vice não tem peso junto ao eleitorado. O que vai decidir a eleição são as propostas e a conjuntura eleitoral do momento. E esse processo só vai começar depois da Copa do Mundo. "A disputa à Presidência, cuja campanha começa oficialmente amanhã, será polarizada entre Dilma Rousseff e José Serra, e a largada será marcada por rigoroso equilíbrio, segundo cientistas políticos.
anderson passos
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=333086
SÃO PAULO - A disputa à Presidência, cuja campanha começa oficialmente amanhã, será polarizada entre Dilma Rousseff (PT-RS) e José Serra (PSDB-SP), e a largada será marcada por um rigoroso equilíbrio. A leitura é de cientistas políticos consultados pelo DCI.Para o professor Carlos Manhanelli, da Manhanelli Associados, a recente pesquisa do instituto Datafolha, que aponta o empate técnico dos ponteiros Serra (39%) e Dilma (38%) tende a se manter. "Desde o anúncio das pesquisas Ibope e Vox Populi [que deram vantagem a Dilma] eu dizia que os jornais estavam fazendo uma leitura jornalística. Pesquisa é diagnóstico, não prognóstico. A disputa Serra/Dilma está equilibrada e é o empate vai prevalecer até que um deles produza um novo movimento", avalia. Para Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), a petista tem mais chances de provocar essa mudança. "Desde as primeiras pesquisas, Serra tem uma variação na casa dos 35%. Acredito que esse é o teto dele. A eleição vai ser polarizada, mas a Dilma é a candidata que tem mais margem de crescimento. "Fornazieri se justifica dizendo que a ex-chefe da Casa Civil pode ser beneficiada por fatores como a estabilidade econômica e também a transferência de votos oriunda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O vice. Para Manhanelli, o tucano está numa situação mais difícil por conta de erros de estratégia na escolha de seu vice. "Houve várias negativas até que o Álvaro Dias aceitasse. Aí veio o DEM e exigiu Índio da Costa", lembra. "E o erro estratégico se consolida quando Serra escolhe alguém do Rio de Janeiro, enquanto deveria ter optado por agregar alguma liderança do nordeste, onde ele precisa fazer votos", comenta. O especialista diz que, desde a redemocratização, os partidos têm buscado uma identificação com o eleitor nordestino. "É a primeira eleição sem que os partidos apresentem uma liderança do nordeste. Desde a época do Tancredo se tinha uma presença nordestina [José Sarney]. Em 89, Collor, de Alagoas. Fernando Henrique teve o pernambucano Marco Maciel e depois tivemos a era Lula. Dilma se descuidou e não agregou o nordeste. E Serra perdeu a oportunidade de fazê-lo", afirma. Fornazieri diverge. "A escolha do vice não tem peso junto ao eleitorado. O que vai decidir a eleição são as propostas e a conjuntura eleitoral do momento. E esse processo só vai começar depois da Copa do Mundo. "A disputa à Presidência, cuja campanha começa oficialmente amanhã, será polarizada entre Dilma Rousseff e José Serra, e a largada será marcada por rigoroso equilíbrio, segundo cientistas políticos.
Prezado Manhanelli, há um pequeno equivoco no seu levantamento em relação há nordestinos nas chapas presidenciais. Ao contrário do que afirmou - e a polarização que a mídia tenda passar contribui para isso - o PSOL, do candidat a Plínio Sampaio, tem com vice da chapa Hamilton Assis, negro, baiano e professor.
ResponderExcluirAbraços
Infelizmente André o PSOL ainda não alcançou 1° das intenções de voto, para que possamos considera-lo no páreo. Quem sabe se a divulgação deste vice for mais ampla, possa até influenciar nos votos. Seria muito bom ter outras chapas que realmente pudessem enfrentar a polarização anunciada.
ResponderExcluirabraços