Aconteceu o que não era
para acontecer.
A barragem de
Brumadinho rompeu.
Mas isso era para
acontecer?
Quando do acidente com
a barragem de Mariana, tivemos 19 mortos e muitas vidas e comércios com enormes
prejuízos, até hoje em processo para ressarcimento.
Mas, pensou a Vale e o governo de então, foram apenas 19
mortos em Mariana. O governo em exercício na época, não exigiu que as outras barragens fossem
descomissionadas, , ou seja, abandonadas e tampadas para recuperação.
Precisou haver em
Brumadinho a morte de mais de 300 pessoas para que o governo e a Vale tivessem
o procedimento de descontinuar as barragens com esse processo de “a montante”
mais perigoso, porem bem mais baratos que outros bem mais seguros, porem bem mais
caros também.
Tenho ouvido muito
comentaristas falar da tragédia ambiental que essa barragem de Brumadinho
ocasionou.
O que temos mesmo é uma
tragédia humana, pois o meio ambiente se recupera, mas quero saber como recuperar
as 300 vidas que se foram. Quem irá recuperar isso?
As casas, comércios,
fazendas, sítios, chácaras, pescadores e aldeias indígenas, que tinham a terra
como subsistência da maioria das famílias que por lá moravam. Quem ira recuperar?
Termino meu comentário
com a frase de: Saint-Clair
Mello
“Sempre que ocorre uma catástrofe natural no Brasil, ela será seguida
de uma catástrofe moral, que se transformará numa catástrofe processual, que
não ira apurar absolutamente nada”.