Às vésperas das eleições deste ano, grande parte da população afirma não se lembrar em quem votou para os cargos do Legislativo em 2010. O Comércio entrevistou dez pessoas em Jaú e 50% delas declararam que não sabem mais o nome de seus candidatos para deputado federal e estadual em 2010 (leia textos).
O levantamento mostra distanciamento da população em relação ao Legislativo, esfera do poder responsável por elaborar as leis brasileiras. O excesso de candidatos e de eleitos – são 81 senadores, 513 deputados federais e 94 deputados estaduais em São Paulo – é um dos motivos apontados por especialistas como a causa do esquecimento das pessoas.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos e Assessores Eleitorais, Carlos Manhanelli, a população brasileira não sabe para que servem os cargos do Legislativo.
“Na concepção do povo brasileiro, tem importância o Executivo, pois são os governadores e o presidente que sempre estão na mídia e anunciam mudanças para a população. Seria necessário mais transparência ao trabalho do Legislativo, mostrando como ele pode interferir na vida das pessoas. Assim, seria possível construir uma memória política”, ressalta Manhanelli.
De acordo com presidente da associação, a memória política deriva da importância que a população dá ao Legislativo. Somente com aumento da credibilidade deste poder seria possível cobrar maior acompanhamento das pessoas em relação aos seus candidatos.
“Nosso sistema democrático é representativo. O Legislativo tem candidatos representando geograficamente ou socialmente toda a sociedade. Enquanto não conseguirmos mostrar que o Legislativo realmente influencia no dia a dia, as pessoas não vão dar importância nenhuma ao voto”, acrescenta.
Consciência
A falta de consciência política seria mais um dos motivos apontados por especialistas para o esquecimento sobre os candidatos. No Brasil, é comum que as pessoas votem em determinado deputado ou senador por indicação da família ou de um amigo.
“Observo que o povo nunca se esquece de seus candidatos para governador e presidente, porque votam por convicção própria. Mas falta consciência para o voto do Legislativo, pois muitas pessoas escolhem seus deputados e senadores a partir de um favor ou uma indicação de alguém”, diz o sociólogo Sinésio Baccheto, articulista do Comércio do Jahu.
Para Baccheto, se houvesse mais atenção do povo ao processo político, a população seria menos enganada pelo próprio sistema. “Se não nos lembramos em quem votamos, não vamos ter formação e informação sobre o andamento político do País”, acrescenta.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
sábado, 5 de novembro de 2016
MARKETING POLITICO - AS ELEIÇÕES DE 2.016
Como
foram as eleições 2016, qual recado das urnas e o que os eleitos vão enfrentar?
As eleições de 2.016 foram marcadas pela constatação de que a reforma eleitoral proposta pelos legisladores, ocasionou uma enorme decepção para os eleitores.
A diminuição do tempo
nas campanhas eleitorais levou a um não aprofundamento das propostas dos
candidatos para o governo, deixando os eleitores sem oportunidade de discutir e
participar dos planos de governo.
A sociedade organizada
não teve como colocar as suas opiniões e sugestões, nem tão pouco analisar o
que estava sendo proposto.
Resultado: Muitos
eleitores se abstiveram do voto, além de anularem e votarem em branco.
O maior índice que se
teve conhecimento em campanhas municipais que, na verdade são as que mais
diretamente influenciam na vida dos cidadãos, indicam e apontam para algumas
conclusões: O eleitor esta muito descontente com a classe politica; o eleitor
não conseguiu interpretar os programas de governo (os poucos que tiveram); o
eleitor descobriu que uma democracia plena se faz com o direito ao voto e não a
obrigação de votar, o que nos remete ao voto facultativo que, embora a nossa
democracia obrigue o voto, as sanções são mínimas e possíveis de dispensar essa
obrigatoriedade; o tempo e os veículos de comunicação usados nessa eleição
foram insuficientes para que o eleitor e a sociedade organizada pudessem
analisar e interpretar as propostas dos candidatos; por falta de tempo para que
candidatos pudessem aprofundar as discussões sobre plano de governo, as
campanhas eleitorais centraram na desconstrução dos candidatos desaguando em
agressões e acusações na maioria das vezes infundadas, ensejando em várias
interpelações judiciais; o aumento de inserções em rádio e TV oneraram as
campanhas eleitorais desfazendo a fantasia de diminuir custos; a proibição de
angariar recursos de pessoas jurídicas fez com que as campanhas tivessem uma
comunicação pobre, levando o eleitor a não votar por desconhecer os argumentos
dos candidatos que pudessem levar ao voto; o fundo partidário, que poderia
ajudar nestes custos, não chega às campanhas e nos diretórios municipais (com
raríssimas exceções); o uso da internet, de quem tanto se esperava,
demonstrou-se insuficiente para se tornar arauto de campanhas eleitorais tendo
ainda que ser estudada e testada em suas várias ferramentas comunicacionais.
Enfim temos uma
demonstração incontestável que o modelo proposto pela nova legislação não serve
para uma campanha eleitoral no Brasil e que é urgente rever os parâmetros que
se colocam para eleger um politico, principalmente a cargos majoritários que
derivam de propostas de governabilidade que devem ser discutidas com a
sociedade.
Os legisladores devem olhar
com mais carinho a importância da comunicação política/eleitoral.
E depois de eleitos o
que esperar dos novos governantes?
Os novos prefeitos
deverão ser administradores de crises, pois é o que enfrentarão a partir de 01
de Janeiro.
Prefeituras com muito pouco
ou já sem nenhuma capacidade de investimentos, estão gerenciando despesas e
demandas essenciais, sem expectativa em curto prazo de progredir com as
necessidades da população e da cidade.
Na comunicação, os
governantes devem se ater a transparência e a necessidade premente de colocar
para a população as dificuldades e as soluções encontradas, de preferencia
junto com a sociedade organizada.
O eleitor trocou seu
voto pela melhoria de sua vida na cidade, e é isso o que ele espera receber e
ser comunicado. Votei em você e você o que está fazendo para melhorar minha
vida?
Comunicação para o
político é como o ar que respira; se parar morre.
Carlos
Manhanelli
Mestre
em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo
Presidente
da ABCOP – Associação Brasileira dos Consultores Políticos. Acompanhou esse ano 43 campanhas majoritárias
no Brasil.
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segunda-feira, 28 de março de 2016
Em meio ao descrédito da classe política, Congresso discute o que políticos devem fazer nas Eleições 2016.
Desde o pleito de 2014, ficou acentuado o total
descontentamento da população brasileira com a classe política que a representa.
Diversas manifestações contra governos municipais, estaduais e, com maior
ênfase, contra o Governo Federal têm efervescido os debates sobre o futuro
político do país. Essa é uma questão que permeia também no pensamento dos
profissionais da área política e dos próprios candidatos, que encontrarão um
ambiente muito mais hostil durante o pleito deste ano. Pensando nisso, a
Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP) em comemoração aos seus 25 anos de existência, traz esse ano, como tema central de seu
congresso bianual, os desafios que tanto profissionais quanto candidatos
enfrentarão nas Eleições 2016.
Nomes consagrados no meio do marketing
político/eleitoral, do direito eleitoral, das pesquisas de opinião e da
comunicação social comporão a grade de apresentações do congresso que teve sua
última edição em Brasília, no ano de 2014. O encontro das maiores inteligências políticas e
eleitorais do país estarão reunidas em um único local.
Em sua assembleia geral ordinária, a
ABCOP apresentará o código de ética dos profissionais da área
politica/eleitoral.
“Esta edição tem tudo para ser a maior da longa
história que possui esse congresso. Conseguimos trazer grandes mestres das
técnicas eleitorais, mesclando com ótimos especialistas nas novas tecnologias,
que incrementam cada vez mais a rotina da comunicação política. Estou certo de
que quem estiver presente sairá das palestras com novas ideias a respeito do
que fazer nas próximas eleições”, destaca Carlos Manhanelli, presidente da
Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP). Informações e
inscrições, acesse: www.estrategiaseleitorais2016.com.br.
Abraços,
Vinicius
Ribeiro
MTB
75694/SP
(11)
3782-9900 | (11) 96627-0649
Departamento
de Comunicação
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