segunda-feira, 26 de abril de 2010

ERROS E ACERTOS DE UMA CAMPANHA


A estratégia de campanha adotada pela candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, vai contra as necessidades que o cenário atual exige. A avaliação é do especialista em marketing político-eleitoral, Rubens Figueiredo. ``A política da continuidade deveria ser utilizada, mas, ao invés disso, Dilma está fazendo uma campanha agressiva, revanchista e rancorosa``, analisou o especialista. Um dos palestrantes do 9º Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político, que acontece em Fortaleza, Figueiredo afirma que Dilma deveria apresentar um discurso ``pacificador, de união e continuidade``. Estratégia tucana Quanto à postura adotada pelo candidato do PSDB, José Serra, Figueiredo avaliou como correta a estratégia do tucano. De acordo com ele, o tucano acertou em optar por uma campanha que não vai contra o governo Lula e induz o eleitor a comparar o seu currículo com o da petista. ``O Lula que é um fenômeno mundial de aprovação. Isto é inquestionável. O posicionamento dele (Serra) está correto ao dizer que -o Brasil pode mais-, porém, sem confrontar diretamente o Lula``, afirmou Figueiredo, que é diretor da Empresa de Pesquisa e Comunicação (Cepac) e da Associação Brasileira dos Consultores Políticos (ABCOP). Planejamento Segundo Figueiredo, a elaboração da campanha eleitoral deve ser feita a partir das pesquisas de intenção de voto. Somente mediante os apontamentos realizados, o candidato deve definir sua estratégia eleitoral, o caráter emocional e a forma como vai se utilizar dos Meios de Comunicação para a divulgação. O especialista citou as campanhas presidenciais de 2006, quando no segundo turno, então candidato a reeleição, Lula teria adotado um tom muito mais agressivo contra os adversário, diferente do discurso usado nas campanhas de 2002. Isto, segundo ele, baseado na análise da opinião dos eleitores. Para o advogado com formação em marketing político-eleitoral, Paulo Taques, foi-se o tempo em que vitória nas eleições implicava tranquilidade. Segundo ele, o planejamento jurídico não termina vencido o pleito. ``Acabou aquela cultura de que o candidato ganhava a eleição e a Justiça Eleitoral não mais o incomodava``. Para a publicitária e consultora política, Gil Castilo, a liberação da Internet como ferramenta de campanha eleitoral, também caracteriza uma aproximação e até mesmo interação entre candidato e eleitor. O evento, que teve início ontem, se estende até às 19h de hoje e está sendo realizado no Hotel Oásis Atlântico, na Avenida Beira-Mar, Meireles

Nenhum comentário:

Postar um comentário