quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

RECADO AO PRESIDENTE COMUNICAÇÃO POLÍTICA


Presidente Bolsonaro. Estamos a apenas dois meses do seu mandato e já temos pérolas das quais o Sr. deve se preocupar.
Começamos quando o Sr. falou sobre o IOF pela manhã, a tarde seu ministro da fazenda desmentiu e a noite o Ônix corrigiu.
A questão do Bebiano teria que ser resolvida com uma comunicação palaciana, e não através de um dos seus filhos que, publicamente, o chamou de mentiroso.
Presidente, roupa suja se lava em casa. Na pesquisa CNT/MDA 75% da população acha errado seus filhos interferirem em seu mandato.  Problema de família se resolve em família.
Seu ministro do turismo parece que ainda não conseguiu uma comunicação convincente sobre o laranjal do partido. É hora do partido se posicionar oficialmente e passar sua versão dos fatos.
E por ultimo, a confusão criada pelo seu ministro da educação que usando o slogan da campanha em comunicado oficial do ministério (o que é crime) solicita que sejam filmadas crianças cantando o hino nacional, o que configura mais um crime, pois existe o direito de imagem que deve ser respeitado, além do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Quanto a cantar o hino nacional, bastaria seu ministro ter solicitado que se cumpra a lei, alias que existe há muito, desde a era Vargas, e que foi ratificada e assinada pelo ex-ministro da educação Fernando Haddad, durante o governo Lula, em 21 de Setembro de 2009, onde se lê: Nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental, é obrigatória a execução do Hino Nacional uma vez por semana.
Como disse a deputada estadual por São Paulo e de seu Partido, Janaina Paschoal: “Peça para seu ministro usar a assessoria jurídica do ministério, antes de emitir uma nota oficial”.
Assim como melhoral: Isso é melhor e não faz mal. 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

FUTEBOL O ÓPIO DO POVO COMUNICAÇÃO POLÍTICA


Estamos tendo uma grande inversão de valores em nosso País.
Quando recebemos a notícia de que 10 meninos morreram queimados em alojamento improvisado pelo Flamengo, fica a questão. De quem é a culpa?
Estou tentando entender de quem é a culpa.
Você coloca 25 crianças em um container, com isolamento térmico inflamável e ligação elétrica feita na gambiarra (conforme comprovou matéria na mídia), em uma área do clube que foi aprovada para ser apenas um estacionamento, que não tinha alvará dos bombeiros para ser dormitório, sendo literalmente um puxadinho, e diz que foi uma fatalidade, um acidente, uma tragédia?
A imprensa sai em defesa do time e nas mídias sociais e nas camisas de jogadores aparece uma “força Flamengo”, como se isso fosse uma tragédia natural.
Não é natural.
Um clube que paga mais de 50 milhões em um jogador, tem o local que revelou crias que deram alegrias e retorno financeiro ao clube como Vinicius Júnior, Lucas Paquetá e Jorge, que renderam ao Flamengo as maiores vendas de sua história, coloca sua equipe de base em um container?
Estive em Barcelona no Camp nou do Barça e conheci onde o time coloca seus meninos da base.
Uma mansão na entrada do campo com cozinheiros, nutricionistas, funcionários e um monitor 24 horas, responsável pelo bem estar dos atletas mirins.
Em minha opinião, colocar “força Flamengo” seria como colocar “força Vale” no caso de Brumadinho. Não tem como isentar o time da sua responsabilidade pelas 10 vidas que se foram.
O Futebol brasileiro e o tratamento dado aos jovens atletas terá que ser revisto, para que outros “ninhos de urubus” não se queimem pelo Brasil afora.
Temos que exigir fiscalização nos alojamentos dos meninos de todos os times. Afinal quem fiscaliza isso?
Não podemos continuar com o “tudo é desculpável em nome do esporte”.
Sinto muito, mas o que aconteceu, não tem desculpa.
Termino esse comentário com uma frase de Umberto Eco
Justificar tragédias como "vontade divina" tira da gente a responsabilidade por nossas escolhas.

RICARDO BOECHAT VOCÊ SERÁ SEMPRE NOSSA INSPIRAÇÃO.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O SENADO BRASILEIRO E A ELEIÇÃO DE PRESIDENTE MARKETING POLÍTICO


O comportamento dos Senadores brasileiros, na eleição do presidente da casa. beira a loucura ou a constatação de quem ainda estamos elegendo.
Foi uma clara demonstração da luta pelo poder, sem medir qualquer consequência que dela poderia advir.
Berros, roubos de pastas, presidente de mesa que não era presidente, candidatos retirando suas candidaturas, voto a mais na urna, neguinho votando duas vezes, senador abandonando a presidência da mesa para fazer xixi na hora do voto, chingamentos, discussões e apelações.
Tudo isso nos leva a lembrar de Calígula e seu cavalo Incitatus.
Há quem diga que Calígula nomeou Incitatus Senador, para demonstrar seu desprezo pelos senadores da época, um bando de gente sem espinha que só queria os favores do trono. (ficou parecido com algum Senado que você conhece?).
A cavalgadura Incitatus tinha 18 assessores, dispunha de fortuna pessoal (colares de pedras preciosas, manjedoura de ouro) e usava mantas nas cores reservadas ao imperador (e ai? Parece com alguém que você conhece?).
Custava caro Incitatus; mas até que seu mandato saiu barato, porque besteiras pelo menos não fazia.
Bons tempos aquele. Incitatus se contentava com feno e alfafa, não dava muita importância às honras com que o presenteavam (uma estátua de mármore em tamanho natural, com base em marfim, por exemplo), e ao que se saiba jamais pleiteou cargos na administração para si ou para parentes, nem fraudou o orçamento (Será que temos algum Senador assim?).
O cavalo Incitatus jamais recebeu sequer os salários referentes ao cargo; ignorava solenemente os múltiplos auxílios, ajudas, verbas, passagens. Nepotismo então, nem pensar. Sua ficha era limpa, cândida — como cândida deveria ser a túnica de um candidato, sem mancha. (Ó Céus onde temos políticos assim?).
Triste espetáculo o que tivemos que assistir promovido pelos nossos senadores. Foram coices para todos os lados. Nem Incitatus se comportou assim no Senado.
Será que um dia eles pensarão mais em nós e menos neles?
Termino esse comentário com a frase de Charlenildo Martins Silva:
O extremismo contemporâneo político está nos levando ao ápice da loucura.
(Esse texto foi baseado em um artigo do meu amigo Carlinhos Brinckman).