segunda-feira, 12 de agosto de 2013

SERRA VIRA ALVO EM REUNIÃO DO PSDB EM BRASÍLIA

Dirigentes tucanos nos Estados cobram definição de candidatura ao Planalto e até consideram positivo que ex-governador dispute eleição por outra legenda

Pedro Venceslau - enviado especial

Brasília - A movimentação política do ex-governador José Serra para se viabilizar como candidato a presidência dentro ou fora do PSDB em 2014 foi alvo de críticas de dirigentes tucanos que participam de uma reunião com os diretórios estaduais do partido, nesta terça-feira, 6, em Brasília.
A maioria dos presidentes estaduais do PSDB defendeu a não realização de prévias para definir o nome tucano para disputar as próximas eleições. "Serra está virando as costas para o PSDB, mas ele não faz falta", afirmou Elton Rohnelp, membro do diretório nacional do partido e um dos principais dirigentes do PSDB em Roraima. "Não podemos cometer o erro de eleições anteriores de ficar na dúvida. Temos que definir antecipadamente nosso candidato para que ele possa correr o Brasil", completa Valdir Rossoni, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e dirigente do partido no Estado.
Para o deputado federal Raimundo Gomes (CE), a saída de Serra do partido poderia até ser boa para o PSDB, pois geraria a certeza de um segundo turno. Outros dirigentes estaduais ouvidos pela reportagem compartilham da mesma tese, mas ressaltam que é preciso avaliar primeiro qual seria o déficit dessa candidatura para o projeto do senador Aécio Neves (MG), provável candidato da sigla.
A reunião com os presidentes e dirigentes começou às 9h30, mas Aécio, presidente do partido, só chegará ao meio-dia. O senador esteve em São Paulo na segunda-feira, 5, quando jantou com os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Antonio Anastasia (MG), no Palácio dos Bandeirantes.
O encontro desta terça em Brasília é o mais importante fato político interno da gestão de Aécio na presidência do PSDB. Até hoje, ele realizou duas reuniões com a direção executiva da sigla, mas nunca havia convocado todos os presidentes estaduais. No encontro também será debatida a conjuntura nacional depois das manifestações de junho e será feito um balanço minucioso da situação do partido nos Estados e das possibilidades de alianças.

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