Toda vez que
termina uma eleição, vem a maior dúvida na cabeça dos perdedores: “Porque
perdemos a eleição, fizemos tudo certo (na opinião deles aplicaram todas as técnicas de Marketing Político - Eleitoral), e perdemos?. Porque
será?
Varias
situações se apresentam nas derrotas:
Boas
administrações não se reelegeram, ou não elegeram seus sucessores
Reconhecidos
administradores não conseguiram os votos necessários para se eleger
Candidatos
com credibilidade não tiveram sucesso
Administradores
medíocres elegeram-se ou fizeram seus sucessores
Candidatos
com poucas perspectivas venceram as eleições
Viradas
sensacionais na ultima semana
Surpresas na
abertura das urnas
Os candidatos
que perderam as eleições, com raras exceções, integram o grupo que “pisou na
bola” em pelo menos um dos sete pecados da derrota:
1 – O
candidato se avaliou pela sua forma de Administrar e o eleitor o avaliou pela
forma de se relacionar
2 –
Apoiadores assumiram papéis mais fortes que o candidato. O eleitor não aceita
que se tire a autoridade do candidato (o candidato é o sol da campanha. Ninguém
pode brilhar mais do que ele)
3 – Candidato
foi exageradamente liberal. Os extremos não agradam o eleitor
4 – Subir o primeiro
degrau da escada da campanha pensando no segundo (Candidato e apoiadores
pensando em outros cargos públicos)
5 – Não
administrou com firmeza as vaidades e os interesses da equipe (nada pior do que
ciúme de homem em campanha eleitoral)
6 – Não soube
abrigar pessoas que gostariam de ajudar e não encontraram espaço.
7 – Não soube
se comunicar de maneira correta, não conseguindo transmitir o que pensava.
Plano de governo feito sem base em pesquisas.
Se o
candidato porem, não infringiu nenhum dos sete pecados da derrota, veja quais
as suas deficiências:
1 –
Prepotência
2 –
Arrogância
3 – Ingratidão
4 – Vingança
5 – Preguiça
6 –
Individualismo
7 –
Incompetência
Quando
procuramos o inverso, ou seja, os motivos das vitórias, iremos com certeza
encontrar nessas campanhas pontos convergentes entre elas:
Primeiro a
Organização: uma definição clara de comando, Definição de responsabilidades (um
bom organograma), pessoal competente e comprometido (atividades de motivação
constante), trabalho em equipe, cobrança de resultados, readequação das ações
falhas, metas por período (cronograma de trabalho), menos repreensão por erros,
mais reconhecimento pelos acertos.
Segundo a
motivação: bom relacionamento entre todos os membros da equipe, clima agradável
e de cooperação, comemoração das metas alcançadas, oportunidade para mostrar
trabalho, sinergia permanente, prazer e orgulho de pertencer ao grupo,
informações democratizadas, participação no conjunto d atividades,
Terceiro o
trabalho: Muito trabalho, cada um faz o que sabe fazer (designar e detalhar
funções), pensamentos, palavras e atitudes coerentes, conhecer o resultado do
trabalho, saber da importância do trabalho, ter prazer de trabalhar, ser
reconhecido pelo trabalho, não manifestar cansaço.
Como sempre
digo, o voto é construído por vários fatores. Não existe apenas um fator que
faça o eleitor se decidir por um candidato. A somatória de fatores positivos é
que leva ao eleitor a decidir seu voto, quando não, os negativos levam o
eleitor a votar até em um candidato que não tem sua legitima preferência, mas o
outro é altamente capaz de aglutinar fatores negativos, então...
Mutatis
mutandis
Todos os políticos deveriam fazer um curso sobre "como perder campanhas". Assim poderiam identificar os sintomas da derrota a tempo de corrigir o rumo das coisas.
ResponderExcluirPaulinho Rezende, excelente comentário !
ResponderExcluirExelente Falou tudo Amigo
ResponderExcluirDavi Morgado
Parabéns Professor.
ResponderExcluirMesmo a muitos e muitos quilômetros de distancia, eu aprendo cada vez mais.
muito obrigado. TIAGO RODRIGUES
Muito bom Professor. Excelente e esclarecedor artigo!
ResponderExcluirMarcelo Barrozo
Porto Velho/RO