O MARKETING POLÍTICO PÓS - ELEITORAL
“AQUELES QUE SOMENTE COM SORTE SE TORNARAM DE CIDADÃOS COMUNS EM PRÍNCIPES, COM POUCA FADIGA ASSIM SE TRANSFORMARAM, MAS SÓ COM MUITO ESFORÇO ASSIM SE MANTEM”
“O PRÍNCIPE – NICOLO MACHIAVELLI”
Acabaram-se as eleições municipais. Prefeitos e Vereadores tomam posse. Alguns sentam na cadeira e dizem: ”Agora eu tenho o poder”, os mais conscientes pensam: ”Agora começa a campanha permanente. Quatro anos para mostrar e divulgar porque me elegi ao cargo”.
Ai começa a dúvida. O que fazer para conversar com a população e saber realmente quais as demandas existentes?
A resposta é uma só: usar o marketing pós - eleitoral.
Um dos grandes erros da maioria dos políticos é achar que seus eleitores não guardam rancor do esquecimento a que são relegados. De quatro em quatro anos o eleitor se vinga do voto que deu na eleição anterior.
Nas ultimas eleições municipais (2.012) apenas 42% dos Prefeitos em condições de reeleição conseguiram a vitória, ou seja, 68% dos Prefeitos que pleitearam a reeleição, não conseguiram.
Os Prefeitos e Vereadores que não conseguiram se reeleger, ou que não conseguiram eleger seu sucessor, desperdiçaram a mais poderosa e barata arma do Marketing Eleitoral que um político pode dispor: seu próprio mandato.
Muitos dos políticos modernos, já se conscientizaram que a população tem carências constantes e que entre estas carências está a afetiva.
Lembre-se você como político vive de imagem e construir uma imagem de político confiável e com credibilidade nos dias de hoje, é todo o diferencial que se procura.
Você terá que reconstruir, ao menos em parte, a campanha eleitoral
Logo após a posse, você terá que montar sua estrutura de comunicação.
Normalmente as estruturas de comunicação e imprensa nas estruturas políticas, trabalham apenas com mídia, ou seja, sua preocupação básica é a de levar ao conhecimento de jornais, revistas, rádios e TVs o conceito de divulgação das ações políticas. A mídia, no entanto, compreende apenas uma pequena parte de um planejamento de Marketing.
Este erro não deve ser imputado às assessorias, que na maioria das vezes é muito bem intencionada. Os próprios políticos ainda tratam este tema com descaso e falta de profissionalismo.
Não é comum encontrar um político que acredite desde o primeiro dia de seu mandato na importância e no poder do marketing e da comunicação. Ou porque ele julga que um bom trabalho termina por aparecer – e neste caso – basta trabalhar e esperar – ou porque não é capaz de perceber o que o marketing e a comunicação trarão para a formação de sua força política eleitoral. Então o marketing e a comunicação terminam sendo as ultimas das prioridades. E sem entender a importância do marketing e da comunicação, tratando estes temas com pouca ou nenhuma importância, o resultado só poderá ser o fracasso na tarefa da informação e da sua imagem pública.
O político necessita do Marketing Político em suas gestões, para ampliar as pontes de comunicação com suas comunidades, prestar contas periódicas, criar clima de aceitação e simpatia, abrir fluxos de acessos, identificar pontos de estrangulamento nas estruturas burocráticas de seus gabinetes, identificar anseios, expectativas e demandas sociais e criar um clima de confiança e credibilidade, virtudes tão requisitadas dos políticos, porem raras.
Quando o político não trabalha a comunicação de suas ações, acaba deixando espaços para que a oposição divulgue a sua “versão dos fatos”, na maioria das vezes distorcida. É preciso ocupar todos os espaços disponíveis.
Como estamos vendo, o Marketing Político pode e deve ser usado tanto no executivo, como no legislativo e em qualquer das esferas (Municipal, Estadual ou Federal).
Devemos nos deter um pouco no item informática. Com a explosão da internet em todo o mundo, este veiculo tornou-se um dos mais privilegiados para um gabinete legislativo ou executivo. Com a informática podemos administrar um bom banco de dados, contatar com os meios de comunicação, obter noticias e fatos que possam ajudar nas decisões, emanar orientação para todos os colaboradores do mandato, etc.
O Marketing Político compreende um conjunto de meios, formas, recursos e ações de pesquisa, comunicação e mobilização que sustentem suas atividades e vise aumentar a dimensão pessoal/administrativa do executivo ou legislativo, sua gravidade política, liderança e popularidade, num movimento planejado para convergir com todos os fatores auxiliares, para um ponto preciso no futuro, arrebanhando discordantes e reafirmando seguidores.
O Marketing Político deve ser visto como um meio pelo qual o político promove o bem estar e o desenvolvimento de seus eleitores e não como meio de ludibria-los.
(Texto baseado no livro “Marketing Pós Eleitoral – O que o Marketing pode fazer por você depois de eleito” – Editora Summus)
Prof. MS. Carlos Manhanelli – Presidente da ABCOP – Associação Brasileira dos Consultores Políticos, Diretor de relações internacionais do POLITICOM, autor de 16 livros sobre a matéria, Professor de Marketing Eleitoral e Comunicação Política na Universidade de Salamanca – Espanha, participou de 258 campanhas eleitorais no Brasil, America Latina e África, em 39 anos de profissão. Membro eleito para o Hall da Fama da revista americana “Campaigns & Elections”. Site www.manhanelli.com.br
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