A comunicação presidencial está nos deixando completamente
tontos.
A atual comunicação Presidencial tem três vértices: o do
porta-voz oficial, general Otávio Rêgo Barros, que lê comunicados, interpreta
atos da administração e do presidente; o da Secretaria de Comunicação, que fala
do cotidiano, que opera junto aos meios e redes tecnológicas; e a modelagem
familiar, coordenada pelo filho Carlos, além do próprio presidente, que veicula
mensagens quentes e polêmicas no Twitter.
Difícil manter
coerência e harmonia com tantas fontes, cada qual com linha própria.
O general Barros dá o
tom oficial; a Secom oferece suporte e o grupo familiar age como guerreiros em
batalha.
Obviamente a
comunicação familiar ganha maior audiência: causa impacto e polêmica ao
transformar pai e filhos em municiadores do exército aliado.
Enquanto o general
Barros tenta aparar arestas, estas são expandidas pelo próprio presidente e o
filho Carlos.
O princípio essencial
da comunicação – coerência – é substituído por dissonâncias. Quanto mais ruído,
mais dispersão, maior distúrbio no processo, minando a credibilidade da
administração.
As redes sociais se
prestam bem às comunicações informais, torrente que mistura emoção com
achismos, bílis com desavenças, carinhos com puxa saquismo e principalmente o
uso e abuso de fake news.
Usá-las como principal
meio para a comunicação oficial de um governo é misturar o público e o privado.
Quando os dois territórios se bifurcam, a comunicação acaba sem rumo,
desmanchando os limites da verdade.
Termino esse comentário
com uma frase encontrada nos Contos Árabes.
Um dos grandes desafios da humanidade é
aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a
felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Baseado em texto do Prof.
Gaudêncio Torquato
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