Liderando
as últimas pesquisas de intenção de votos para as eleições presidenciais 2018,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é também, contraditoriamente, um
dos que concentram a maior rejeição entre os eleitores.
Na
pesquisa Ibope, publicada no dia 29 de outubro, o petista aparece com 35% da
preferência dos brasileiros.Mas o que isso quer dizer realmente?
Primeiro que as pessoas estão respondendo pelo grau de lembrança o que chamamos de reccal e não necessariamente pela expressão do seu voto.
O último levantamento do Ibope não apurou (ou não quiseram divulgar) os
números de rejeição, mas, índices de outros institutos, como o Paraná Pesquisas,
apontam para um percentual de 54% do eleitorado dizendo que não votaria de
jeito nenhum no ex-presidente Lula.
Tal rejeição só deverá crescer na campanha.
Condenação, a esta altura, é o que menos importa.
Em 2018, o Lula nas urnas será o “Lula corrupto”,
descrito por Doria, Alckmin, Bolsonaro, Ciro e tantos outros que irão pleitear
o cargo.
Nenhuma propaganda eleitoral deixará de lembrar os fatos
descobertos na Operação Lava Jato – dos pedalinhos de Atibaia aos recibos de
Glauco Costa Marques, - dos vídeos de Marcelo Odebrecht e Joesley Batista ate a
famosa carta de Palocci, seu fiel escudeiro.
Está claro e evidente que o grande problema do
candidato Lula será a rejeição de 54% que a população brasileira tem a seu nome.
Para analistas, Lula está com o maior índice
possível de intenção de votos para agora (35%) e só irá crescer sua intenção de
votos, se conseguir diminuir a rejeição a seu nome.
Tarefa bastante difícil.
Lula tem
um público muito fiel a seu favor, que o defende pelo acesso ao consumo e as
políticas sociais que beneficiaram essas pessoas durante seus dois mandatos.
É o público
que ele está abraçando na caravana que está fazendo pelo interior do País.
São esses
os eleitores que vão dar força e mostrar o apoio que ele ainda possui.
Ao mesmo
tempo, uma parte da classe que ascendeu a classe média, que viu seu poder de
compra cair nos últimos anos, principalmente durante o governo da ex-presidente
Dilma Rousseff do PT, é responsável por
este volume nos números de rejeição a Lula.
O melhor
cenário para ele seria um grande numero de candidatos, dividindo essa rejeição,
que, historicamente, é muito difícil de reverter.
Por
enquanto, ele deve manter distancia das grandes cidades, onde o seu nível de
rejeição é maior.
Assim
como Lula, outros políticos, de uma maneira geral, que também estão sendo
investigados pela Lava Jato, terão rejeição.
A
população terá que escolher a partir dos candidatos que tem a disposição, mas,
os nomes que apareceram até agora tem dificuldade de se desvencilhar dessa
imagem da corrupção.
Acredito
que Lula se beneficia pela sensação de estabilidade econômica que o país teve
em seu governo.
Ele larga
na frente dos concorrentes porque o eleitor avalia o voto com base no que o
Brasil era quando ele foi presidente, e pela lembrança de seu nome, enquanto
que os outros candidatos nunca foram presidentes, ou seja, não há o que
comparar ou lembrar, pelo menos na cabeça do eleitorado.
O enigma
da esfinge a ser decifrado por Lula será
Rejeição
versus aceitação.
Decifre-o
ou será devorado.
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