domingo, 28 de fevereiro de 2010

PESQUISA BRASIL - NOVIDADES EM SÃO PAULO

Hoje a Folha de São Paulo divulgou nova pesquisa datafolha, onde Serra desce de 37% para 32% e Dilma sobe de 23% para 28%. No mesmo jornal, argumenta-se que a causa dessas oscilações são a transferência da popularidade de Lula, e eventuais arranhões em Serra.
Será que ninguém observa a exposição de Dilma na mídia? Os palanques já eleitorais e eleitoreiros?
Em contrapartida, na mídia de São Paulo para todo o Brasil, só desgraça. Enchentes todos os dias e tome imagens em horário nobre e primeira página de jornal.
Do outro lado, Pacs e Pocs (barulho dos fogos).
Uma das coisas que realmente está acontecendo é o aumento do grau de conhecimento de uma ilustre desconhecida até ontem. Subiu de 52% para 59% o numero de pessoas que dizem conhecer Dilma. Só se vota em quem se conhece. Se essa máxima estiver correta, 59% dizem conhecer Dilma e desses 59%, 28% dizem votar nela ou seja temos um grau de aproveitamento de votos de 47% é fantastico. Serra teria um aproveitamento de votos de 33% (96% grau de conhecimento). E o povo diz conhecer Dilma Roussef. Será? O resultado das respostas espontaneas é um verdadeiro samba do criolo doido.
O que acontecerá na hora que for colocada a historia de vida dessa cidadã e a população saber realmente quem é ela?
Vamos esperar para conferir.
O jogo mal começou e os dois times já estão cantando vitória. E o melhor. Dizendo que antes da partida começar, um dos times estaria se retirando do campo. Já tem até substituto pronto para entrar em campo, nem que seja nos 40 do segundo tempo.
ENQUANTO ISSO EM SÃO PAULO...
Novidade em São Paulo. Duda Mendonça aceita fazer a campanha de Paulo Skaf para governador de estado pelo PSB. Mas e o Ciro? Ciro é um peão no tabuleiro eleitoral do PT. Será colocado onde melhor ajude a campanha Dilma.
Como disse o blog do Josias de Souza: “ Com Paulo Skaf na disputa, em São Paulo pode faltar voto, mas dinheiro não faltará”
Ciro se dá muito bem na direita e na esquerda.

Quem se lembra do beija mão em campanhas passadas?
“Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo” – Barão de Itararé

3 comentários:

  1. acho que a frase que sintetiza minha opinião sobre o post: "... só faltou ataque do PCC".
    rsrsrs
    AH sim, sobre o Ciro... quando eu era criança, por torcer para vários times ainda aos 10 anos eu era chamado de "bandeirinha"... uma forma interessantemente inoscente de rotular alguém como interesseiro, não acha?

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  2. O Prof. Manhanelli tece uma análise complexa, tipicamente estratégica, costurando diversos elementos: os números de pesquisa de opinião e o que eles revelam, a análise do desempenho dos candidatos, a cobertura sensacionalista da mídia, o momento crítico de Serra, a estratégia pirotécnica de Dilma, os acontecimentos polêmicos da vida da ex-guerrilheira e a leitura precoce do resultado do jogo quando este sequer começou...ufffa! Um verdadeiro bombardeio, certeiro. Uma análise inspiradora.

    Procurando seguir os passos do mestre, mas sem alcançar a mesma precisão, deixo algumas contribuições ao debate:

    1) A estratatégia de Lula parece até então bem sucedida com Dilma "surfando em sua popularidade".

    2) Lula tentará, portanto "impor" a polarização, cenário trágico para Ciro que tende a definhar aguardando um fato novo que possa manter sua candidatura: a entrada de Aécio na disputa. Algo que se depender dos paulistas, majoritários no PSDB, morrerá esperando.

    2) Serra vive momento difícil, pois vê-se claramente a transferência de votos dele para Dilma(Serra cai de 37% para 32% e Dilma sobe de 23% para 28%). Concordo com os que dizem que ele precisa de "fatos novos" para estancar a sangria. Serra padece ainda de um outro "mal", o de ter tido altíssimo "capital eleitoral" muito tempo antes da disputa, o que naturalmente haveria de diminuir com a consolidação de candidaturas adversárias. Seu desafio é manter o patamar de 1/3 do eleitorado até o início da eleição, e então buscar novamente o crescimento.

    3) Recordo reportagem da revista Piauí de out/2009 chamada "Serra na hora da decisão", um texto minuncioso e que passeia pela trajetória de Serra, sua vida pessoal, seus hábitos, sua forma de pensar, o depoimento de seus amigos, enfim. Lá encontrei coisas interessantes e que podem vir a constituir um dos eixos de sua campanha: a obstinação do jovem estudioso, cujo pai, de descendência italiana, tirava o sustento da família de uma modesta mercearia na Mooca. Quando menino, Serra era apontado pelos colegas como "aquele que diz que vai ser Presidente do Brasil". Eis o "self-made-man": o homem que venceu pelo seu próprio esforço, e toda a força simbólica que esta imagem traz consigo.

    4) Embora pressionado por seu partido, Serra poderá recusar o debate FHC X LULA, pautando sua candidatura muito mais na excelência de suas gestões como Governador e Prefeito de São Paulo capital. Pela alta aprovação de Lula, o PT leva vantagem nesse debate.

    5) Por fim, como disse Josias de Sousa "Ciro Gomes pode, a qualquer momento, deixar de ser e voltar àquilo que não era". A mudança de domicílio eleitoral de Ciro foi tão somente uma cortina de fumaça para Lula, enquanto Eduardo Campos, presidente do PSB, articulava um diálogo com o PSDB, o que concretamente já resultou na construção de oito palnques estaduais conjuntos. Avisado de tal movimentação dos "socialistas", Lula passou mal em viagem à Pernambuco no final de janeiro.

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  3. Todos querem passar a impressão que estão com o jogo ganho, mas a bola só vai começar a rolar quando a campanha na TV começar.

    Como Dilma cristalizará sua imagem quando tiver um nível ainda maior de conhecimento da população?

    O que Serra apresentará de novo diante desse contexto que se apresenta? E como ele se livrará de uma pedra no sapato chamada FHC?

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