NA FOTO JORGE BARNÉS E PEDRO SOLBES
Conforme prometi, vou comentar sobre o evento que participei em Salamanca na Espanha, onde a figura principal foi o Sr. D. Pedro Solbes ex-ministro de Economia da Espanha.
Na síntese de tudo o que ele falou, pude concluir que a grande preocupação da economia espanhola é a necessidade de evitar um elevado deficit público e um aumento exagerado da inflação, uma vez que reduzirá o competitividade das empresas espanholas dentro da União Europeia.
Solbes deixou claro em sua exposição de que a "Espanha está saindo da crise, mas vai continuar com uma elevada taxa de desemprego" . A TV o tempo todo mostra entrevistas com desempregados e principalmente aposentados, que estão vivendo nas ruas das cidades, por falta de recursos para pagar uma moradia. E olha que o frio em algumas regiões do país está chegando a - 6º ( 6º graus abaixo de 0). Isso vai ser um dos problemas que Zapatero terá que enfrentar, mesmo saindo da crise.
Disse ainda fazendo uma comparação de que a Espanha, Grécia e Portugal estão em posição "menos competitivas" do que outros países europeus e países emergentes apontados como os grandes "vencedores da crise" , ressaltou o ponto onde a capacidade de alguns países da Ásia e da América Latina superaram a crise com maior facilidade. Quanto à situação na Espanha, considerou "comparação incorreta" com Portugal e disse que as nuances das sociedades dos dois países ibéricos e da Grécia são "diferentes". Ainda assim, disse que a manutenção de alguns regulamentos no mercado os coloca em situação de serem "menos competitivos".
Enfim, os remédios apresentados são sempre os mesmo: diminuir o deficit publico e não deixar a inflação disparar.
Parece que falta originalidade nas resoluções economicas em todo o mundo.
Da-lhe Manhanelli. Dona Sula e Caio tambem foram? Aproveitem.
ResponderExcluirSinceramente, não foi "diminuindo o déficit" que o Brasil enfrentou a crise né, alias foi bem pelo contrário, no melhor estilo social democrata/política de pleno emprego (a lá Keynes)... Eu acho que sempre essas soluções liberais, que um dia "tomamos" como cartilha (vide convenção de Washington), são só uma forma de dizer qual é a política que rege um país... Aqui ficou claro, não estamos num regime dito "neo-liberal" por mais que hajam medidas semelhantes com o governo do PSDB. Lá, está claro, lembrando que eles foram já intitulados o terceiro mundo da Europa, juntamente com Grécia e Portugal (não foi descabida a comparação entre os países), desde Thatcher e Reagan o neoliberalismo assolou a Europa e pouco a pouco as políticas de bem estar social (os primeiros alvos de cortes de déficit) tais como aposentadorias, fundos de garantias, etc - tendo como as últimas resistências esboçadas pela Alemanhã - e quem sofre primeiro são os países mais pobres, os de "terceiro mundo". Não vejo como certo ou o errado, mas num tem nada que esteja sendo feito "em prol da população", mas da manutenção de um sistema de pensamento econômico político. Realmente concordo, num há originalidade, quem tem manda, quem num tem obedece... Valeu pelas novas do velho mundo.
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