Eu já participei de mais de 300 eleições no Brasil, América Latina e África desde 1974 e nunca vi uma eleição tão surpreendente como essa.
Senão vejamos:
Ficou claro que os votos dados a Bolsonaro para
presidente não sofreram influencia dos artistas, jornalistas e mídias que,
quase na sua totalidade, foram contra Bolsonaro, mas essa influencia não
atingiu o eleitor.
O eleitor
ficou com a maioria que se manifestou contrária à esquerda, a ideologia de gênero,
a consagração de temas que contrariam a tradicional família brasileira.
O eleitor optou por aqueles que ficaram com o
patriotismo, com a tradição da família, com a segurança, com o respeito à
religião, seja ela qual for.
Optou por um deputado com mais de 20 anos de carreira
politica e o considerou novo. Novo, porque não foi em nenhum momento objeto de escândalo
ou de corrupção.
O eleitor se libertou das amarras do obscurantismo e
da subserviência, e votou de acordo com o que acredita, foi soberano no voto. A
democracia silenciosa venceu.
Quem realmente saiu arranhado nessas eleições foram
os grandes institutos de pesquisas que erraram em muito suas previsões e agora,
ficam dizendo que o eleitor mudou de uma hora pra outra na reta final.
O eleitor não é esquizofrênico para mudar de ideia
da noite para o dia.
As pesquisas foram se ajustando no final para não
errar de muito, mas mesmo assim os erros foram grotescos.
Isso nos leva a desconfiar das pesquisas. Porque estava Dilma para Senadora em Minas em
primeiro lugar e apenas no ultimo dia as pessoas desistem de votar nela, e ela
fica em quarto lugar e não se elege? Suplicy em SP aparece da mesma forma, Zema que
nem aparecia direito nas pesquisas chega em primeiro lugar.
Tudo isso desmente as ultimas pesquisas.
Será que o eleitor endoidou de vez e mudou seu voto
em 24 horas?
Não acredito nisso, em hipótese alguma.
Os fenômenos Eduardo Bolsonaro deputado federal com um
milhão quinhentos e sessenta e três mil votos o mais votado na historia das
eleições para Deputado Federal e Janina Paschoal do partido de Bolsonaro que também
bate recorde de voto para deputada estadual com mais de dois milhões de votos
não foram detectados pelas pesquisas.
As pesquisas deixaram muito a desejar.
Como eu sempre digo pesquisa é um diagnóstico e não
um prognóstico. É o que esta acontecendo no momento e não o que vai acontecer.
É uma foto e não uma bola de cristal.
Outras constatações: Cabo Daciolo nas urnas ficou a
frente da Marina, do Meireles e do Álvaro Dias.
O PT se não
fosse o nordeste, teria praticamente desaparecido.
Alckmin com o
apoio da maioria dos partidos sentiu o que foi se juntar com processados pela
lava-jato.
Agora se apresenta um segundo turno entre Haddad e
Bolsonaro.
Bolsonaro carrega 46% dos votos para o segundo
turno, faltando apenas cinco por cento para se consagrar Presidente da República.
Deve receber uma parte do Alckmin, uma boa parte do Amoedo, do Meireles e do Álvaro
Dias.
Haddad deve receber a totalidade do Boulos.
Como eu falei em comentários anteriores, segundo
turno é uma nova eleição. A composição das forças politicas é quem vão decidir
os rumos finais desta eleição.
Álea Jacta Est – A sorte está lançada.