Defino na minha frase “Comunicação para os políticos é
como o ar que ele respira. Se parar morre”.
Toda e qualquer ação política passa pela
comunicação. “Para chegar ao poder, assim como para o exercer ou prestar contas
ao cidadão, a política é comunicação.” (Michel Bongrand)
Seja qual for o sistema político e a
organização do Estado, a própria legitimação do sistema assenta nesta
capacidade de comunicação – “as ações para gerar e manter a crença social da
validade das instituições são em grande medida uma tarefa que se dá à
propaganda. Nela se atribui a função de difundir os princípios e os valores que
fundamentam o exercício ideológico, consolidar a legitimação do sistema”.
(Mário Herreros Arconada)
Poucos são os livros que estudam tão profundamente a
comunicação pública e política no Brasil.
Embora seja um dos temas mais importantes na
atualidade, ele foi aplicado no império romano através dos anunciadores de
Cesar, que pregavam a população os bons feitos aos brados pelas ruas do
império.
Estudos detectam até antes do império romano essa
modalidade de propagação de informes.
A comunicação pública procura sair da mesmice que a
propaganda apresenta, mas com o mesmo objetivo da persuasão.
Quem trabalha com marketing político-eleitoral e
comunicação público-política, sabe que a persuasão mais eficaz é a que se torna
mais agradável e envolvente, a que faz uso da emoção.
A racionalidade nunca teve muito êxito na comunicação
política e eleitoral, pois as que assim o fizeram não conseguiram seus
objetivos. Citando Alejandro Quinteros: “Na realidade, as mensagens
propagandísticas de tipo racional tiveram e têm muito pouco êxito. Uma
aproximação aos sentimentos das audiências, completada ou não por uma mensagem
racionalmente elaborada, foi e é o único caminho da propaganda”
John Kenneth Galbraith chama de “o poder condicionado”
o que não é visível “naquilo que o indivíduo, no contexto social, foi levado a
acreditar e que se torne, para ele, intrinsecamente correto. A aceitação social
do poder condicionado aumenta tanto mais quanto se caminha do condicionamento
explícito para o implícito”.
A comunicação política quanto mais trabalhada e
honestamente implementada, só tem a ajudar na consolidação de qualquer
democracia, que com transparência e dignidade, torna a matéria primordial nos
regimes libertos de amarras, do obscurantismo e da subserviência.
Libertas
Quæ Sera Tamen
Prof. MS Carlos Manhanelli – Presidente da
ABCOP – Associação Brasileira dos Consultores Políticos, autor de 16 livros
sobre a matéria, Professor de Marketing Eleitoral e Comunicação Política na
Universidade de Salamanca – Espanha, participou de 264 campanhas eleitorais e
formação de imagem, no Brasil, America Latina e África, em 39 anos de
profissão. Membro eleito pelos leitores da revista americana “Campaigns &
Elections” para seu “Hall da Fama” como um dos cinco maiores consultores
político Ibero – Americano.
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