Vários eventos, palestras, seminários e congressos foram
efetuados com especialistas do mais alto calibre, principalmente no eixo Rio -
São Paulo, para se conceituar esta nova ciência, que tanto se fala e tão pouco
se conhece.
Amadurecemos vários conceitos como os das Leis que regem uma
Campanha Eleitoral (A Lei da Procrastinação, a Lei da Efemeridade e a Lei da
Indiferença), os fatores que mais interferem no momento do voto (conjuntura
social, econômica e política), as técnicas de Marketing, Propaganda e
Comunicação que auxiliam os candidatos na hora de pedir o voto, e tantas outras
já consagradas.
Em nossas várias palestras já ministradas, a de Buenos Aires
nos mostrou um fato bastante interessante. Pesquisas nos confirmam que 15% dos
eleitores chegam no momento do voto sem saber em quem votar em majoritário e
45% chegam na boca de urna sem candidato a proporcional aqui no Brasil.
Procurávamos as causas deste acontecimento, quando um palestrante australiano
nos passou os mesmos números de pesquisa efetuada em seu país.
Os numeros de 2.012 falam por si:
O número de votos brancos e nulos do Brasil no segundo turno das eleições de 2.012 foi de 9,8%, o maior desde 1996, quando foram realizadas as primeiras eleições informatizadas do país. Em todo o país, 3,25% dos eleitores votaram em branco e 6,6% anularam seus votos. No primeiro turno, o índice foi de 11,1%.
Já o percentual de abstenção é a segunda maior da história dos segundos turnos do Brasil. No domingo da eleição, 19,11% dos eleitores do país não compareceram às urnas.
Já o percentual de abstenção é a segunda maior da história dos segundos turnos do Brasil. No domingo da eleição, 19,11% dos eleitores do país não compareceram às urnas.
Constatamos
então que este fato acontece normalmente em eleições onde o voto é obrigatório.
O voto obrigatório é um viés em qualquer democracia que queira se chamar de
democracia.
O Povo brasileiro já tem
consciência suficiente pra decidir se quer ou não usar seu direito. (voto, no
sistema democrático, é um direito, mas no Brasil é um dever).
Mutatis Mutantis.
Prof.
Carlos Manhanelli é o atual Presidente da ABCOP (Associação Brasileira dos
Consultores Políticos), autor de onze livros entre eles “Eleição é Guerra”, “Estratégias
Eleitorais” “O Marketing Pós Eleitoral”e “Marketing Eleitoral – O Passo a Passo
do Nascimento de um Candidato”, Mestre em Comunicação Social
e Professor Titular na Universidade Pontifícia de Salamanca – Espanha.
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