JORNAL O VALE
DOMINGO, 29 DE JULHO DE 2012
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ENTREVISTA
CARLOS MANHANELLI CONSULTOR DE MARKETING
O que é marketing eleitoral?
É uma ciência que com a ajuda de pesquisas quantitativas e qualitativas identifica o ambiente eleitoral onde o candidato está inserido.
Nessa abordagem científica se estuda, por exemplo, o grau de conhecimento das pessoas sobre o candidato para traçar estratégias para reforçar a imagem do candidato em um determinado setor. São mais de 60 questões em uma pesquisa inicial.
O que faz um marqueteiro em uma campanha?
Ele pode garantir a vitória de um candidato?
Ele leva a mensagem, a história de vida e as propostas do candidato de forma mais clara, concisa e lógica para o eleitor. Isso pode aumentar o prestigio pessoal do candidato. Mas, não garante a vitória de ninguém em lugar nenhum no mundo.
Não existem gurus ou seres supremos que orientam as pessoas como se fossem oráculos.
No marketing político não trabalhamos com bola de cristal, mas com ciência.
E a campanha na TV ajuda a ganhar eleição?
A TV é o principal canal de cooptação de eleitores. Os programas de TV, rádio e os carros de som são elementos de artilharia eleitoral para ganhar o espaço aéreo da campanha, depois vem a infantaria para fazer corpo-a-corpo com o eleitor nas ruas.
Marketing pode mudar o perfil do candidato?
Depende de como a população enxerga o candidato e o que ela quer do futuro prefeito. Se a imagem do candidato for a mesma esperada do eleitor, isso é bom.
Se não for, ele terá que fazer um esforço para mudar.
E quais são os tipos de candidatos que existem?
Na década de 70, o teórico francês Roger-Gérard delimitou quatro tipos de políticos em seu livro “O Estado Espetáculo”: o Herói, o igual a todo mundo que emerge das massas, o líder charmoso e o pai de todos. Cada cidade aprova um tipo de perfil.
Quais são as qualidades básicas que um candidato deve ter?
Tem que ser uma pessoa em que se possa acreditar, que tenha vontade de ser candidato e capacidade para atender às expectativas da população.