Está tramitando na Câmara dos Deputados projeto de lei 8040/10, do ex-deputado Arnaldo Madeira que proíbe a contratação de cabos eleitorais.
Talvez seja por esse tipo de pensamento que o até então Deputado, tenha se tornado ex.
Com a legislação vigente, as campanhas eleitorais foram obrigadas a contatar oficialmente seus cabos eleitorais e fazer folha de pagamento com recolhimento de tributos e tudo o mais.
O ex-deputado argumenta que: “as eleições viraram um negócio, e o voto um produto a ser comercializado. Para gerenciar esse negócio, afirma Madeira, nasceu à figura do cabo eleitoral, que recebe de acordo com o número de votos angariados. “Por isso, ser cabo eleitoral no Brasil virou profissão sazonal”, critica.
Segurar bandeira, colocar e retirar placas das ruas, carregar e distribuir panfletos, operacionalizar a campanha e garantir um emprego, mesmo que seja sazonal (assim como o é no natal) para o ex-deputado é angariar votos e influenciar o eleitor.
Cada vez mais eu me convenço de que muitos dos deputados eleitos não conhecem nem as campanhas eleitorais que participam, pois, com certeza outros organizam e operacionalizam para eles, pois se conhecessem e já tivessem colocado a mão na massa não iriam propor o fim de quem realmente trabalha em campanhas eleitorais e que tem a oportunidade de aumentar sua renda através de um trabalho limpo e honesto.
Para Madeira, o fim da "mercantilização do voto" assegurará a vivência de uma democracia plena. “O sistema vigente repudia a compra do voto, mas permite a sua influência pelo cabo eleitoral”, aponta.
Influencia do cabo eleitoral? Será que o nobre ex-deputado se dignará a segurar bandeira nas ruas, ou irá à praça pública distribuir panfletos com suas propostas de trabalho?
Outra questão colocada pelo ex.
Democracia plena? Como chamar de democracia plena um país que tem o voto como obrigação e não como direito? Enquanto continuarmos com o voto obrigatório não poderemos nunca chamar o Brasil de “democracia plena”
Mas nosso ex-deputado faz uma ressalva com relação aos cabos eleitorais não remunerados, que, segundo ele, “influenciam não pelo poder da moeda, mas pelo poder da palavra” e devem continuar a existir.
Então o problema não está na influencia e sim na remuneração de quem trabalha?
Quanta incoerência em tão pouco espaço.
O que os nossos nobres representantes querem, no frigir dos ovos, é que se trabalhe de graça para eles, carregando bandeiras, distribuindo planos de governo e parlamentar, carregando pacotes em comitês e andando em veículos velhos para colocar os cavaletes nas ruas e depois retira-los.
Em troca meu querido cabo eleitoral você ganha um sincero: Muito obrigado.
Talvez seja por esse tipo de pensamento que o até então Deputado, tenha se tornado ex.
Com a legislação vigente, as campanhas eleitorais foram obrigadas a contatar oficialmente seus cabos eleitorais e fazer folha de pagamento com recolhimento de tributos e tudo o mais.
O ex-deputado argumenta que: “as eleições viraram um negócio, e o voto um produto a ser comercializado. Para gerenciar esse negócio, afirma Madeira, nasceu à figura do cabo eleitoral, que recebe de acordo com o número de votos angariados. “Por isso, ser cabo eleitoral no Brasil virou profissão sazonal”, critica.
Segurar bandeira, colocar e retirar placas das ruas, carregar e distribuir panfletos, operacionalizar a campanha e garantir um emprego, mesmo que seja sazonal (assim como o é no natal) para o ex-deputado é angariar votos e influenciar o eleitor.
Cada vez mais eu me convenço de que muitos dos deputados eleitos não conhecem nem as campanhas eleitorais que participam, pois, com certeza outros organizam e operacionalizam para eles, pois se conhecessem e já tivessem colocado a mão na massa não iriam propor o fim de quem realmente trabalha em campanhas eleitorais e que tem a oportunidade de aumentar sua renda através de um trabalho limpo e honesto.
Para Madeira, o fim da "mercantilização do voto" assegurará a vivência de uma democracia plena. “O sistema vigente repudia a compra do voto, mas permite a sua influência pelo cabo eleitoral”, aponta.
Influencia do cabo eleitoral? Será que o nobre ex-deputado se dignará a segurar bandeira nas ruas, ou irá à praça pública distribuir panfletos com suas propostas de trabalho?
Outra questão colocada pelo ex.
Democracia plena? Como chamar de democracia plena um país que tem o voto como obrigação e não como direito? Enquanto continuarmos com o voto obrigatório não poderemos nunca chamar o Brasil de “democracia plena”
Mas nosso ex-deputado faz uma ressalva com relação aos cabos eleitorais não remunerados, que, segundo ele, “influenciam não pelo poder da moeda, mas pelo poder da palavra” e devem continuar a existir.
Então o problema não está na influencia e sim na remuneração de quem trabalha?
Quanta incoerência em tão pouco espaço.
O que os nossos nobres representantes querem, no frigir dos ovos, é que se trabalhe de graça para eles, carregando bandeiras, distribuindo planos de governo e parlamentar, carregando pacotes em comitês e andando em veículos velhos para colocar os cavaletes nas ruas e depois retira-los.
Em troca meu querido cabo eleitoral você ganha um sincero: Muito obrigado.
Professor, penso que se esse projeto chegar a ser aprovado, aumentará ainda mais a "mercantilização" do mandato, com a promessa de empregos caso eleito. Ou, ainda, ao tornar ilegal uma atividade necessária, fará com que as campanhas e cabos-eleitorais trabalhem na ilegalidade, uma vez que as campanhas não deixarão de utilizar do material humano indispensável.
ResponderExcluirMenos mal que, conforme o Sr bem pontuou, do mesmo jeito que o nobre deputado não deve conhecer a realidade da própria campanha, essa deverá ser mais uma das inúmeras propostas sem futuro no Congresso Nacional.
Caro Profº. Manhanelli,
ResponderExcluirComo sempre o seu comentário vai direto na "jugular".....é por essas e outras que o prestígio do congresso fica cada vez mais microscópico....não bastasse a indicação do romário para o comitê do esporte....tivemos o "climax" asnático/orgiástico da nomeação do fétido tiririca para a comissão da educação..HAHAHAHAHAHAHAHHA.......
Efetivamente, conseguimos achar outro culpado, além do sofá e do mordomo....O CABO ELEITORAL!!Com certeza sem a "influência" do cabo votarei melhor....na eleição de síndico do meu prédio!!HAHAHAHAHAHAH
Gostei do blog.....e parabéns pela iniciativa...é uma forma de nós ex-alunos mantermos um elo de ligação em comum....e enquanto não proibirem " a nossa comunidade virtual..."
Abraço para você Manhanelli e Equipe!
Celso Chini
Baum, nada melhor do q tua opinião sobre por a mão na massa, afinal, desde sempre é isso que faz e fazemos na Manhanelli Associados, por a mão na massa e não só conjecturar o que será "melhor" ou "pior" pra "demo-cracia".
ResponderExcluirEu diria ao nobre Deputado, que se ele é tão sabido sobre o que é uma democracia plena, deveria reler (pois eu espero que um dia tenha lido) o texto de Robert Alan Dahl, Poliarquia. Acho que vai fazer bem pra ele reparar os argumentos do autor que aponta não existir "de fato" uma democracia, mas sim uma utopia chamada democracia. Desta forma, é como o Celso comentou, deputados procuram bodes espiatórios para suas peripécias eleitoreiras...
Agora quanto à Romário e Tiririca, se os caras foram eleitos, nada mais certo do que um renomado esportista fazer parte da comissão de esportes enquanto deputado, e um "analfabeto" (como diz a imprensa) fazer parte da comissão de educação. Se a reclamação é que falta "pé no chão" dos deputados, não entendo porque a critica aos dois, pois pelo menos eles certamente sabem o que é esporte e educação (ou sofrer com a falta dela).
Realmente concordo Leandro, tanto sem futuro a proposta que o próprio proponente nem foi reeleito rsrsrs.
Bom dia Profº Caio Manhanelli,
ResponderExcluirsou jornalista e trabalho com assessoria de imprensa. Nunca havia participado "de dentro" de uma campanha eleitoral. Na ultima campanha para deputado tive o prazer que de conhecer esse mundo fazendo assessoria para um candidato a deputado que felizmente saiu vitorioso. A equipe que trabalhou com a gente na rua foi de extrema importância. Os que entregavam panfletos, balançavam as bandeiras nas caminhadas, trabalhavam nos cômites. E todos eram realmente reconhecidos pelo Deputado. Ele fazia sempre questão de agradecer a todos pelo menos uma vez por semana, em uma grande reunião. Ate eu que era assessora de imprensa já entreguei panfletos em caminhadas pq realmente acreditava nele enquanto político, como continuo acreditando. Essas pessoas que trabalham como cabos eleitorais são de extrema importância operacional numa campanha. Mesmo que esse projeto seja aprovado, sempre haverá um jeito de contrata-los, e será preciso fazer. Como foi dito, o candidato que elaborou o projeto não devia nem saber quem trabalhou ou não ara ele. Se soubesse se tivesse um mínimo de contato não o teria feito.
Ana Claudia Araujo.
http://jornalistaanaclaudiaaraujo.blogspot.com/