A nova legislação eleitoral vem amparada novamente.
na maior mentira que se conhece: Que as reformas na legislação eleitoral irão
diminuir os custos de campanha.
O mesmo argumento mentiroso foi usado quando da
edição do fascículo da legislação eleitoral que proibiu showmícios e santinhos.
(sim fascículo, pois nossa legislação eleitoral é fascicular, ou seja, em cada
eleição um fascículo diferente e regras diferentes).
As novas regras agora proíbem cavaletes, cartazes,
pinturas em muro e os bonecões que faziam a alegria da garotada quando
desfilavam pelas ruas.
Mas, porque nossos legisladores estão tão
preocupados em limitar a propaganda eleitoral?
Vamos aos fatos (e contra eles não há argumentos)
Quem faz a legislação são os deputados federais, os
mesmos que se beneficiam quando limitam a propaganda eleitoral.
Que benefício?
Nossos deputados têm quatro anos de mandato, onde estão sempre mandando
cartões de natal, prestação de contas do mandato, jornais e revistas com seus
feitos, cartões de aniversários e outros
lembretes a seus eleitores e a população em geral. Eles ainda usufruem da mídia pelos quatro
anos do mandato, aparecendo falando a
seus eleitores. E o candidato novo ao cargo de deputado, que espaço tem? Apenas
o espaço da propaganda eleitoral. Então se os que já detêm mandato diminuem o
tempo e os veículos dos novos postulantes ao cargo, eles ficam com uma grande
vantagem na corrida eleitoral. Fácil a conta: Quem já tem mandato, tem quatro
anos para mostrar , convencer e persuadir os eleitores das suas propostas e
trabalho. O candidato novo, a nova liderança que pleiteia o cargo de deputado
tem apenas 3 meses para fazer o mesmo que eles fazem em quatro anos, ou seja
cooptar e persuadir os eleitores a votar neles.
É uma conta altamente injusta, mas tá claro que quem
está no poder e tem o poder de legislar, está legislando em causa própria. E legislar em causa própria é altamente
imoral. Não querem largar o poder sob nenhuma hipótese, tem medo de perder o
mandato, então utilizam a legislação, que são eles que fazem, para coibir que
novas lideranças possam pleitear o cargo e concorrer com eles em condições
iguais de disputa.
E ai alardeiam que “Estamos mudando a legislação
para diminuir os custos de campanha eleitoral”. Mentira deslavada.
Quem trabalha com comunicação sabe que a supressão
de veículos que possam levar a mensagem dos candidatos só torna outros veículos
mais onerosos. Quem não mais investe em comícios, aumenta o numero de carros de
som, quem não mais utiliza os bonecões, estará aumentando a frequência e o
custo em telemarketing e assim por diante.
O tamanho da população a ser convencida e persuadida
a votar é o mesmo. A frequência da comunicação continua tendo a mesma
necessidade, então quando eliminam o uso de veículos, aumenta-se e concentram-se
os gastos em outros.
A verdade nesta e nas outras reformas eleitorais que
apenas coíbem veículos de comunicação é que os atuais deputados (principalmente
os jurássicos, que não tem mais argumento de voto e perderiam a eleição para
novas propostas de trabalho e novas lideranças) querem preservar o poder a
qualquer custo, e para que não descubram a falcatrua que estão montando, berram
aos quatro cantos que “O que estamos fazendo é baratear os custos de eleição”.
Goelbs fez a mesma coisa no nazismo.
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