quinta-feira, 21 de novembro de 2013

LEGISLAÇÃO DIMINUI CUSTO DE CAMPANHA?

Paul Joseph Goebbels, mentor da propaganda nazista, dizia que uma mentira falada muitas vezes acaba se tornando verdade.

A nova legislação eleitoral vem amparada novamente. na maior mentira que se conhece: Que as reformas na legislação eleitoral irão diminuir os custos de campanha.

O mesmo argumento mentiroso foi usado quando da edição do fascículo da legislação eleitoral que proibiu showmícios e santinhos. (sim fascículo, pois nossa legislação eleitoral é fascicular, ou seja, em cada eleição um fascículo diferente e regras diferentes).

As novas regras agora proíbem cavaletes, cartazes, pinturas em muro e os bonecões que faziam a alegria da garotada quando desfilavam pelas ruas.

Mas, porque nossos legisladores estão tão preocupados em limitar a propaganda eleitoral?

Vamos aos fatos (e contra eles não há argumentos)

Quem faz a legislação são os deputados federais, os mesmos que se beneficiam quando limitam a propaganda eleitoral.

Que benefício?  Nossos deputados têm quatro anos de mandato, onde estão sempre mandando cartões de natal, prestação de contas do mandato, jornais e revistas com seus feitos,  cartões de aniversários e outros lembretes a seus eleitores e a população em geral.  Eles ainda usufruem da mídia pelos quatro anos do mandato, aparecendo  falando a seus eleitores. E o candidato novo ao cargo de deputado, que espaço tem? Apenas o espaço da propaganda eleitoral. Então se os que já detêm mandato diminuem o tempo e os veículos dos novos postulantes ao cargo, eles ficam com uma grande vantagem na corrida eleitoral. Fácil a conta: Quem já tem mandato, tem quatro anos para mostrar , convencer e persuadir os eleitores das suas propostas e trabalho. O candidato novo, a nova liderança que pleiteia o cargo de deputado tem apenas 3 meses para fazer o mesmo que eles fazem em quatro anos, ou seja cooptar e persuadir os eleitores a votar neles.

É uma conta altamente injusta, mas tá claro que quem está no poder e tem o poder de legislar, está legislando em causa própria.  E legislar em causa própria é altamente imoral. Não querem largar o poder sob nenhuma hipótese, tem medo de perder o mandato, então utilizam a legislação, que são eles que fazem, para coibir que novas lideranças possam pleitear o cargo e concorrer com eles em condições iguais de disputa.

E ai alardeiam que “Estamos mudando a legislação para diminuir os custos de campanha eleitoral”. Mentira deslavada.

Quem trabalha com comunicação sabe que a supressão de veículos que possam levar a mensagem dos candidatos só torna outros veículos mais onerosos. Quem não mais investe em comícios, aumenta o numero de carros de som, quem não mais utiliza os bonecões, estará aumentando a frequência e o custo em telemarketing e assim por diante.

O tamanho da população a ser convencida e persuadida a votar é o mesmo. A frequência da comunicação continua tendo a mesma necessidade, então quando eliminam o uso de veículos, aumenta-se e concentram-se os gastos em outros. 

A verdade nesta e nas outras reformas eleitorais que apenas coíbem veículos de comunicação é que os atuais deputados (principalmente os jurássicos, que não tem mais argumento de voto e perderiam a eleição para novas propostas de trabalho e novas lideranças) querem preservar o poder a qualquer custo, e para que não descubram a falcatrua que estão montando, berram aos quatro cantos que “O que estamos fazendo é baratear os custos de eleição”.

Goelbs fez a mesma coisa no nazismo.

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