DIÁRIO DO NORDESTE
Publicado em 14/07/2011 - 10:04 por mara.cristina
Hoje, quando a tecnologia e as redes sociais permitem debates cada vez mais amplos a respeito da política, os candidatos a cargos no Executivo precisam usar todas as armas possíveis para conquistar o eleitor. Entre elas, uma se destaca: o jingle. Verdadeiro símbolo das campanhas, o jingle benfeito pode ser decisivo para a conquista de uma vaga – seja na prefeitura, no governo estadual ou na presidência da República.
Partindo da importância do jingle como ferramenta, Carlos Manhanelli lança Jingles eleitorais e marketing político – Uma dupla do barulho (Summus Editorial, 248p., R$ 55,90). A obra realiza um estudo profundo das músicas de campanha veiculadas nas eleições presidenciais diretas entre 1930 e 2010.
Com origem no rádio do início do século XX, o jingle conquistou rapidamente as massas e logo provou seu poder de fogo. A transição para a TV se deu sem percalços e em poucas décadas a produção de músicas eleitorais se profissionalizou. Atualmente, não se fazem boas campanhas sem que sejam contratados diversos profissionais envolvidos na criação de jingles.
“Para ser considerados bons, eles precisam, entre outras características, ter ritmo, melodia, emoção e adequar-se às características do eleitorado”, afirma Manhanelli, que é especialista em marketing político.
O livro começa discutindo o conceito de marketing e fazendo distinção entre o marketing político e o eleitoral. Enquanto o primeiro tem objetivos de longo prazo, o segundo concentra-se no momento da campanha e busca atingir objetivos mais rapidamente. Em seguida, Manhanelli investiga as origens do jingle no Brasil e, na sequência, analisa as campanhas presidenciais diretas realizadas entre 1930 e 2010.
O autor analisa o contexto histórico de cada época, traça o perfil dos principais candidatos e reproduz os jingles mais famosos, analisando suas marcas discursivas.
De Getulio Vargas a Dilma Roussef, Manhanelli estabelece uma relação direta entre as boas músicas de campanha e as vitórias eleitorais, mostrando, ainda, erros que nunca poderiam ter sido cometidos.
Verdadeiro mergulho na história do nosso país, o livro conta ainda com jingles magistrais de diversas campanhas, selecionados pelo autor ao longo de décadas de pesquisas. “Embora meu público-alvo seja composto de estudantes de comunicação, marketing, publicidade e propaganda, consultores e coordenadores de campanhas, políticos e assessores, procurei escrever um livro acessível também àqueles que se interessam pela história recente do nosso país”, diz o autor. “Conhecer a forma como as campanhas são feitas é importante para a consolidação da democracia”, conclui.
O autor
Formado em Administração de Empresas, com cursos de especialização em Sociologia, Ciência Política e Marketing e MBA em Marketing pela Universidade de São Paulo (USP), Carlos Manhanelli é mestre em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e professor titular da Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha). Especialista no uso das pesquisas para desenhar a estratégia dos candidatos a cargos eletivos, é jornalista, radialista, conferencista e palestrante renomado, além de autor de vários livros, entre eles Eleição é guerra – Marketing para campanhas eleitorais, Estratégias eleitorais – Marketing político e Marketing pós-eleitoral, todos editados pela Summus.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário