terça-feira, 7 de agosto de 2012

“NÃO EXISTEM GURUS, MAS CIÊNCIA”

JORNAL O VALE

DOMINGO, 29 DE JULHO DE 2012
www.ovale.com.br
domingo
ENTREVISTA
CARLOS MANHANELLI CONSULTOR DE MARKETING

O que é marketing eleitoral?

É uma ciência que com a ajuda de pesquisas quantitativas e qualitativas identifica o ambiente eleitoral onde o candidato está inserido.

Nessa abordagem científica se estuda, por exemplo, o grau de conhecimento das pessoas sobre o candidato para traçar estratégias para reforçar a imagem do candidato em um determinado setor. São mais de 60 questões em uma pesquisa inicial.

O que faz um marqueteiro em uma campanha?

Ele pode garantir a vitória de um candidato?

Ele leva a mensagem, a história de vida e as propostas do candidato de forma mais clara, concisa e lógica para o eleitor. Isso pode aumentar o prestigio pessoal do candidato. Mas, não garante a vitória de ninguém em lugar nenhum no mundo.

Não existem gurus ou seres supremos que orientam as pessoas como se fossem oráculos.

No marketing político não trabalhamos com bola de cristal, mas com ciência.

E a campanha na TV ajuda a ganhar eleição?

A TV é o principal canal de cooptação de eleitores. Os programas de TV, rádio e os carros de som são elementos de artilharia eleitoral para ganhar o espaço aéreo da campanha, depois vem a infantaria para fazer corpo-a-corpo com o eleitor nas ruas.

Marketing pode mudar o perfil do candidato?

Depende de como a população enxerga o candidato e o que ela quer do futuro prefeito. Se a imagem do candidato for a mesma esperada do eleitor, isso é bom.

Se não for, ele terá que fazer um esforço para mudar.

E quais são os tipos de candidatos que existem?

Na década de 70, o teórico francês Roger-Gérard delimitou quatro tipos de políticos em seu livro “O Estado Espetáculo”: o Herói, o igual a todo mundo que emerge das massas, o líder charmoso e o pai de todos. Cada cidade aprova um tipo de perfil.

Quais são as qualidades básicas que um candidato deve ter?

Tem que ser uma pessoa em que se possa acreditar, que tenha vontade de ser candidato e capacidade para atender às expectativas da população.

 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Partidos buscam famosos para "puxar votos" nas eleições

Portal Terra – Eleições 2.012

15 de junho de 2012 • 11h05
THAÍS SABINO

A cena se repete a cada dois anos: famosos decoram um número e um punhado de promessas e vão à TV pedir votos. Apenas na campanha de 2010, participaram da disputa os ex-jogadores de futebol Vampeta e Marcelinho Carioca; o cantor Netinho de Paula; o lutador Maguila e o palhaço Tiririca, que acabou eleito com 1,3 milhão de votos. As eleições deste ano não devem ser exceção, com as prováveis candidaturas de Charles Henriquepedia (PTdoB); do filho de Tiririca, Tirulipa (PSB); de João Kléber (PTB) e de Léo Áquila (PV). A intenção dos partidos seria a de usar a celebridade como "puxador" de votos para eleger o maior número possível de candidatos.



"Nas eleições proporcionais (vereadores e deputados), se o Tiririca faz mais de 1 milhão de votos, ele não apenas se elege, como leva mais três ou quatro no cangote", diz o porta-voz do PDT, Oswaldo Maneschy.


Para o deputado estadual e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (Psol), colocar um famoso como candidato já "virou estratégia eleitoral". "Elege um famoso, esse arrasta uma bancada inteira. Dependendo do famoso, consegue colocar mais dois ou três candidatos não eleitos na Câmara." O sistema de eleição proporcional destinam os votos de um vereador ou deputado ao partido, cujos demais candidatos acabam beneficiados. "Por exemplo, se o Neymar é candidato, certamente vai explodir de votos, que serão somados aos das pessoas com pouquíssimos", explicou Freixo.


Em um cenário em que Neymar recebesse 800 mil votos, o número seria dividido pelo total de cadeiras para vereadores e, supondo que o resultado (coeficiente eleitoral) obtido fosse 70 mil, o partido elegeria um novo vereador a cada 70 mil votos. "Nesse exemplo, ele poderia fazer mais de 10 (vereadores). Mas, na realidade, é muito difícil ultrapassar quatro ou cinco. Na última eleição, eu tive 177 mil votos e levei comigo uma deputada com apenas 6 mil", lembrou Freixo.


A consultora política Gil Castillo afirma que a primeira análise feita para confirmar a viabilidade da candidatura é aferir o quanto o respectivo famoso é, de fato, conhecida. "Se a pessoa tem (re)conhecimento alto e, de certa forma, agrada o eleitor, é uma chance de o partido se dar bem. Alguns candidatos do Legislativo jamais teriam votos suficientes se os votos fossem diretos", disse.


O especialista em marketing político Carlos Manhanelli vê eficácia na estratégia. "Mesmo que ele (o famoso) só fizer tchauzinho na TV, vai ter um bom número de votos. Soma votos de legenda, leva mais vereadores ou deputados." Para ilustrar sua tese, Manhanelli lembra o caso de Enéas Carneiro (Prona, PR), que ganhou fama com o bordão "meu nome é Enéas". "Quando ele aparecia, começou a falar para as pessoas que esquecessem o número dele - votassem no 56, que estaria votando nele", lembrou. Em 2002, Enéas foi o deputado mais votado do País, com mais de 1,5 milhão de votos.


O presidente do PTdoB, Vinícius Cordeiro, admite que o partido adota o expediente de dedicar mais tempo na televisão para candidatos famosos. "O Tiririca foi amplamente ajudado pelo partido que o colocou nas inserções. Foi colocado como puxador de voto. A gestão de um partido acha que o candidato terá mais votos e destina mais tempo de propaganda a ele", diz Cordeiro.


Famoso ou anônimo


"Nós temos alguns princípios de marketing político: só se vota em quem se conhece. Quando você tem uma pessoa muito famosa, o primeiro trabalho que você faz numa campanha, que é tornar o candidato conhecido, já está feito", afirma Manhanelli. Um candidato famoso, segundo o especialista, tem "de 30% a 35% mais chances de ser eleito do que um anônimo" e ainda pode fazer uma campanha mais barata. O mesmo vale para candidatos de reeleição.


Mas, para ser eleito, não basta ter fama. "Eu fiz um estudo de todos os famosos que tentaram entrar na política. Poucos foram os que conseguiram", observa Manhanelli.


De acordo com Gil Castillo, existem outros componentes para o sucesso nas eleições. "O candidato tem que representar alguma ideia, ser líder de algum seguimento. Nas eleições passadas, as candidaturas do Romário e do Tiririca se consolidaram porque eles representavam algo. Romário, o esporte; o Tiririca, o voto de protesto", explicou. Para a consultora, as propostas do candidato precisam atender aos anseios da população.


Cordeiro ainda observa que o uso de celebridades para puxar votos é mais comum em candidaturas de deputados que de vereadores, já que, nas eleições municipais, há mais contato com os eleitores. "Se a pessoa tem mais atuação na comunidade, já tem votos garantidos, mais até do que um famoso", sustenta.


A Lei enfraquece os fracos
Para o porta-voz do PDT, o controle da propaganda eleitoral deixa os candidatos desconhecidos e com menos condições financeiras em desvantagem. "Hoje em dia, é impossível uma figura sair do zero e ganhar as eleições. O candidato que sai do zero não pode nem ser notícia. Antigamente, podia pintar muros, colocar cartazes e outras coisas. Hoje, as pessoas precisam perder um tempo danado para dizer que não são vigaristas", sugere Maneschy. Carlos Manhanelli concorda. "A Lei 11.300, de 2006, proibiu brindes e showmício. Protege quem já está no poder e barra as novas lideranças", lamenta.


Codeiro aponta o pouco tempo para se fazer campanha como um fator que impulsiona cada vez mais a eleição de famosos. "A campanha mais curta e restrita não consegue debater as ideias ou levar ao eleitorado um pouco da distinção da chapa. Uma campanha mais politizada e longa diminuiria o voto pela visibilidade midiática", concluiu.

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2012/noticias/0,,OI5815828-EI19136,00-Partidos+buscam+famosos+para+puxar+votos+nas+eleicoes.html


terça-feira, 12 de junho de 2012

Campanha para prefeito custa no mínimo R$ 2mi

DIÁRIO WEB

São José do Rio Preto, 10 de Junho, 2012 - 2:15

Se sentar na cadeira de prefeito de Rio Preto custa pelo menos R$ 2 milhões. A avaliação foi feita por especialistas em marketing político e produtores de televisão a pedido do Diário. Segundo o cálculo elaborado por marqueteiros, cada voto conquistado na eleição municipal deve custar, em média R$ 17, estima Carlos Manhanelli, especialista em marketing eleitoral com diversos livros publicados sobre o assunto. O valor estimado do voto conquistado foi obtido em análises de campanhas vitoriosas nas principais cidades brasileiras.

Em Rio Preto, na última eleição, em 2008, o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) declarou à Justiça Eleitoral gastos de R$ 1,98 milhão para um universo de 109 mil votos no segundo turno. Para ampliar a votação, chegando a aproximadamente 120 mil votos, número que daria ao prefeito a garantia da reeleição, ele terá que desembolsar, no mínimo, R$ 2,04 milhões. O superfaturamento das campanhas é verificado quando comparado com 2004, quando o ex-prefeito Edinho Araújo declarou gastos de R$ 750 mil para se reeleger.
A proporção do especialista vale para os demais pré-candidatos João Paulo Rillo (PT), Manoel Antunes (PDT), Maurício Bellodi (PV), Marcelo Henrique (Psol) e Daniel Caldeira (PSL) e incluem desde gastos com programa eleitoral até o custeio de cabos eleitorais. O petista, por exemplo, gastou R$ 1,06 milhão na eleição de 2008 e conquistou 103 mil votos no segundo turno. Os valores estimados podem variar para cima ou para baixo.
“O custo da campanha varia de acordo com a dificuldade da disputa e não pelo tamanho da cidade”, explica Manhanelli. Do montante a ser investido na campanha, 40% será direcionado para os programas de televisão, que exigem equipamentos de ponta e profissionais qualificados. As produtoras de televisão se adequaram às exigências dos candidatos e, principalmente, dos eleitores, que não aceitam programas de baixa qualidade.
De acordo com o produtor Adriano Nunes, de Rio Preto, atualmente as emissoras de televisão produzem novelas e telejornais com imagens e conteúdo de alto padrão e, por isso, os eleitores não aceitam mais programas eleitorais com padrões inferiores. Para obter qualidade, as produtoras investem em equipamentos. Até um aeromodelo de helicóptero foi adaptado para captar imagens aéreas.
Do chão, acionando um controle remoto e auxiliado por um diretor de fotografia, Nunes consegue captar imagens que antes exigiam equipamentos pesados e até o uso de avião. “Esse aeromodelo será uma das novidades para a campanha eleitoral de 2012. Aparelho semelhante foi usada nas filmagens de Gabriela (novela que Globo exibirá)”, afirmou o produtor.
O custo para o uso desse equipamento na produção de programas eleitorais será diluído nos 40% do orçamento final da campanha. De acordo com a estimativa de gastos, a campanha vitoriosa de R$ 2 milhões deverá reservar pelo menos R$ 800 mil para a produção dos programas de televisão.

Alta Definição
O aeromodelo é apenas uma das novidades que serão usadas nos programas de televisão exibidos nas eleições municipais de 2012. De acordo com o produtor Renato Brito, de Rio Preto, todas as imagens dos programas serão captadas com equipamento HD, sigla da expressão em inglês “High Definition”, que significa Alta Definição. “O programa eleitoral tem que ter boa qualidade de imagem e produção para o candidato não cair no descrédito”, disse.
Brito também afirmou que o uso de equipamentos compactos vai ganhar força na eleição deste ano. “Câmeras fotográficas com capacidade de filmagem serão muito usadas nas produções das campanhas, sempre com ótima qualidade de captação de imagens”, disse. “O eleitor já tem parâmetros de programas bons e, por isso, os candidatos não podem apresentar programas de baixa qualidade”, completou.

Redes sociais serão vedete
Os investimentos em internet crescem a cada campanha eleitoral. Em 2008, especialistas estimaram que a rede mundial de computadores consumiria aproximadamente 7% do orçamento de uma campanha eleitoral para prefeito. Para 2012, esse índice chega a 15%. “Os investimentos em internet devem ser avaliados de acordo com o contexto da cidade”, disse o publicitário Carlos Manhanelli.
Tanto que, pela primeira numa campanha municipal em Rio Preto, candidatos devem contratar equipes exclusivamente para monitorar e alimentar sites, blogs e, principalmente, redes sociais como Twitter e Facebook. Os principais candidatos a prefeito, como Valdomiro Lopes (PSB), Manoel Antunes (PDT), Maurício Bellodi (PV) e João Paulo Rillo (PT), já mantêm assessores e simpatizantes em alerta nas redes sociais.
A qualquer comentário positivo ou negativo sobre seus candidatos se manifestam. Estimativas de especialistas em marketing político e produtores apontam que uma campanha vitoriosa para a Prefeitura de Rio Preto exige investimentos de pelo menos R$ 300 mil na internet.

Pesquisas
O mesmo valor deve ser reservado por coligações, partidos e candidatos para custear pesquisas eleitorais. O custo das despesas com esse item varia de acordo com a dificuldade da disputa. “Em determinados casos a pesquisa é feita para corrigir os rumos da campanha. Então, se o cenário apresentar uma eleição muito disputada, o investimento em pesquisa pode ser ainda maior”, disse Manhanelli.
As despesas com programas de televisão, internet e pesquisas deverão consumir aproximadamente 70% do orçamento de uma campanha. Os 30% restantes serão distribuídos para a produção dos programas de rádio, material impresso em gráficas e com a contração de pessoal para trabalhar como cabo eleitoral.
Considerando o gasto que o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) teve na eleição de 2008 - R$ 1,9 milhão - comparado com o salário recebido pelo chefe do Executivo - R$ 9 mil - seriam necessários 18 anos de mandato para recuperar o valor investido.
Além disso, com os R$ 2 milhões estimados como gastos para se eleger prefeito de Rio Preto, seria possível, entre outros, construir duas unidades básicas de saúde (UBS) de R$ 1 milhão cada. Ou então comprar mais de 13,3 mil cestas básicas de R$ 150 cada.

Em São José, pré-candidatos adotam discurso 'paz e amor'

JORNAL O VALE  - Jornal Bom dia Sorocaba – Diário de São Paulo
June 10, 2012

Filipe Manoukian
São José dos Campos

A disputa deste ano pela Prefeitura de São José dos Campos, segundo prometem os concorrentes, deverá ser pacífica e propositiva --pelo menos em um primeiro momento.

Mesmo assim, temas polêmicos que não envolvem diretamente a administração da cidade, como aborto, religião e homossexualismo, e que dizem mais respeito ao perfil dos candidatos, podem aparecer durante os embates, segundo alerta o especialista em marketing político Carlos Manhanelli.
No começo, a linha “paz e amor” deve dominar os debates entre os prefeituráveis.
O marketing do PSDB, na figura do pré-candidato Alexandre Blanco, por exemplo, vai se basear nas palavras “tradição, credibilidade e inovação”.
“Em linhas gerais, o marketing vai trabalhar o que é verdade, a tradição com renovação”, afirma Blanco.
“O PSDB, em quatro mandatos, 16 anos, tem o acúmulo de experiência, de conhecimento da máquina administrativa. É a tradição e a experiência na gestão pública, mas com a capacidade de se reciclar, renovar e ousar, trazendo ideias novas.”
O PT, por sua vez, vai apostar, segundo seu pré-candidato Carlinhos Almeida, na “transparência e sinceridade”. “Falando com franqueza aquilo que penso e só assumindo compromissos que possam sem efetivados”, disse o petista.
“Vamos mostrar que, com nossa eleição, a cidade poderá avançar, acelerar seu desenvolvimento e promover o desenvolvimento das pessoas através de programas nas áreas da educação, saúde, transporte, habitação, esportes”, continuou.

Outros candidatos.
Assim como PSDB e PT, que prometem não fazer, em nenhum momento e independentemente das ações dos adversários, uma campanha destrutiva, pensam os outros candidatos ao Paço.
“Tenho falado até para os pré-candidatos a vereador da nossa chapa para fazermos uma campanha limpa. Mesmo na hora de apontar problemas, a ideia não é atacar PSDB, e sim mostrar que temos condições de fazer melhor”, disse o pré-candidato do PP,

Alexandre da Farmácia.
Mesmo discurso tem o pré-candidato do PSB, Antonio Alwan. “Apontar defeitos e contradições não significa baixar o nível, mas mostrar que existem diferenças consideráveis na maneira de encarar os problemas do município e implantar soluções para eles.”
Pelo PV, o pré-candidato Cristiano Pinto Ferreira também diz que fará “uma campanha de ideias”. “O que for positivo do governo, vamos elogiar, e o que for negativo vamos apresentar soluções.”

O único partido a não descartar, já de início, um estilo mais agressivo é o PSTU, com o pré-candidato Antonio Donizete Ferreira, o Toninho.
“Minha campanha será para apresentar um projeto que seja de interesse da classe trabalhadora e do povo pobre. Evidentemente, não vamos esconder o que pensamos dos programas dos outros, que defendem todos as mesmas coisas.”
Toninho Ferreira, pré-candidato do PSTU

PONTO DE VISTA
'Se um bater, o outro vai reagir', afirma especialista
São José dos Campos
O especialista em marketing político Carlos Manhanelli afirmou que o discurso dos pré-candidatos a prefeito em São José segue a “cartilha da boa campanha”.
“Um bom embate é aquele de propostas, de apresentação de um plano de governo que satisfaça as carências da população”, disse Manhanelli.
“Pelo cenário de São José, a tática do PSDB tem que ser essa de mostrar o que pode fazer mais, sob o discurso ‘no rastro do que eu fiz, posso fazer mais’”, explicou.
Já do lado do PT, Manhanelli afirmou que a sigla deveria “trabalhar a imagem do partido que aparece no país, colocando mais a questão social, do progresso com a visão social, citando os exemplo do ex-presidente Lula \[Luiz Inácio Lula da Silva\] e da presidente Dilma \[Rousseff\]”.

Táticas. O especialista afirmou, no entanto, que a linha “paz e amor” é frágil.
“A campanha eleitoral começa na técnica, mas, se um candidato começa a bater, o outro também precisa reagir”, afirmou Manhanelli.
“Tudo depende do andamento da campanha. Se os argumentos programáticos não funcionam, aí vale de tudo. Como aconteceu na última disputa pela Prefeitura de São Paulo, quando houve até insinuações de que um candidato era gay”, completou.


Marketing do PSDB
Mote de campanha
Baseado nas palavras “tradição, credibilidade e inovação”
Marqueteiro
Deve ser Osair Vasconcelos, responsável pelas campanhas de Emanuel Fernandes e Eduardo Cury
Onde evoluir
O pré-candidato tucano, Alexandre Blanco, aponta que seus antecessores trouxeram desenvolvimento industrial, econômico, na área de tecnologia e de serviços a São José. “A hora, agora, é buscar qualidade de vida”, afirma Blanco

Calendário eleitoral
A partir de 6 de junho, será liberada a campanha eleitoral nas ruas e na internet

Marketing do PT
Mote de campanha
“Transparência e sinceridade”
Marqueteiro
Não definiu (ou divulgou) quem fará o marketing. O pré-candidato petista, Carlinhos Almeida, diz que não acredita em gurus do marketing
Onde evoluir
Carlinhos Almeida diz que seu plano de governo vai visar “o desenvolvimento das pessoas através de programas nas áreas da educação, saúde, transporte, habitação, esportes”

Calendário eleitoral
O período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão Ccomeça no dia 21 de agosto e perdura até o dia 4 de outubro, às vésperas do pleito

http://www.ovale.com.br/mobile/nossa-regi-o/em-s-o-jose-pre-candidatos-adotam-discurso-paz-e-amor-1.266983

http://diariosp.com.br/noticia/detalhe/24355/Pre-candidatos+adotam+discurso+'paz+e+amor'

http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/24355/Pre-candidatos+adotam+discurso+'paz+e+amor'


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Carlos Manhanelli analisa estratégias de marketing nas eleições deste ano

JORNAL A CRITICA – MANAUS – AMAZONAS



04/06/2.012


Presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos fala sobre eleições municipais, diz que políticos estão se planejando cada vez mais cedo e que não existe “transferência” de votos, por melhor que seja o cabo eleitoral



Há mais de 20 anos o professor e publicitário Carlos Manhanelli foi buscar a fundo o entendimento do marketing político, o que lhe rendeu a publicação de 16 livros sobre o tema, como autor, co-autor e coordenador.


Em 1978, ele criou a Manhanelli Associados, a primeira empresa especializada em Marketing Político Eleitoral no Brasil. Desde lá sua empresa já participou de 236 campanhas eleitorais e projetos de marketing político no Brasil, na America Latina e no Continente Africano.


Manhanelli atualmente é o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), com sede em São Paulo, e que há mais de duas décadas promove seminários, congressos e cursos de capacitação profissional no Brasil e Exterior.


O professor, que fará consultoria, este ano, para 16 candidatos nas eleições municipais, afirma que os políticos estão começando a se planejar mais cedo para uma disputa eleitoral. Ele também critica parentes de candidatos que dão "pitacos" em campanhas e defende que o apoio político só consegue transferir voto se o candidato for um bom candidato. A CRÍTICA entrevistou o marquetólogo no Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político realizado em Fortaleza, Ceará.


Por que o marketing político está tão determinante numa eleição?


O marketing político se tornou determinante numa eleição pelo próprio progresso que o marketing obteve no Brasil. Nós temos estudado a fundo o que acontece nas campanhas eleitorais e aplicado as técnicas que se consagraram como sendo eficientes desde 1954, ainda na primeira campanha que usou o marketing político no Brasil, que foi a de Celso Azevedo (UDN), para a Prefeitura de Belo Horizonte. Toda técnica consagrada se torna uma ciência e é isso que o marketing político eleitoral vem fazendo ao Brasil.


De que forma a pesquisa de opinião pode garantir o sucesso de uma candidatura?


Garantir o sucesso ela não vai garantir. Ela é uma bússola. É como se você estivesse no meio do mato com uma bússola te mostrando a direção. A garantia de você chegar bem ao final desse caminho é você obedecer o que o instrumento de localização está dizendo. Você vai acabar chegando ao lugar certo. A pesquisa é isso: é a bússola de uma campanha. Ela vai mostrar pra você qual é a direção. O caminho é você quem faz.


Por que muitos candidatos deixam para fazer pesquisa somente em época de eleições?


Esse tipo de político que faz pesquisa apenas em eleição está preocupado somente em se eleger, conseguir o voto do eleitor. Ele não está preocupado em satisfazer desejos, necessidades e os anseios, porque se estivesse faria pesquisa para saber o que a população precisa.


Quais as chances de um candidato se eleger entre aquele que nasce espontaneamente e aquele produzido pelo marketing político?


Um é um líder nato e o outro não existe. Não existe ninguém produzido pelo marketing político. O marketing político pega candidatos com qualidade para poder apresentar ao eleitorado e destaca essas qualidades. É isso que o marketing político faz. Marketing político não faz teatro, não fabrica candidato. O candidato tem que ter qualidade para que o marketing político possa fazer alguma coisa.


O que representa a presença de um profissional do marketing político na campanha orientando um candidato?


Hoje é fundamental. O próprio projeto tecnológico na área da comunicação, a conscientização política da população através da imprensa acaba levando uma obrigação dos candidatos a se apresentarem com uma comunicação mais limpa, mais consistente e que seja realmente efetiva. E quem pode fazer isso é um profissional de marketing político eleitoral.


E quando a família ou amigo de um candidato interferem na estratégia de marketing montada pelo profissional?


Normalmente o candidato tem alguém na família que quer da algum "pitaco", alguma opinião e essa opinião sempre é errada porque em geral o parente não tem um conhecimento cientifico. Então é ruim quando um profissional experiente, com estudo, leva uma peça publicitária para o candidato e ele coloca esse produto para apreciação do filho, da mulher e do cunhado como se essas pessoas tivessem alguma experiência em poder analisar essa peça. É uma interferência muito negativa quando isso acontece.


O marketing eleitoral tem condições de fazer com que o político consiga transferir seus votos da última eleição para um determinado candidato?


Não. O marketing não tem essa função e nem tem esse milagre. Quem consegue transferir voto é o próprio candidato que está saindo como candidato. O apoio que ele recebe só vai ser bem vindo se ele for um bom candidato. Não adianta você dar um apoio para um candidato que não tem a mínima condição de ser candidato ou de ter alguma consistência vitoriosa. Vai ser jogar esse apoio fora por melhor que ele seja, acaba jogando fora. Eu já ganhei muitas campanhas eleitorais contra prefeitos e governadores que apoiavam candidatos que não tinham valores que a população queria. Quando isso acontece normalmente esse apoio não vale de absolutamente nada.


O presidente dos EUA Barack Obama e mais recente a presidente Dilma Rousselff usaram muito bem a internet para se comunicar com seus eleitores. Como esta ferramenta poderá ser usada pelos candidatos nas eleições municipais?


No livro "Internet e eleições: bicho de sete cabeças?", que lançamos este ano, eu e a Gil (Castillo) explicamos bem como é que isso funciona. A internet, em campanhas menores, funciona bem com a militância. É o primeiro grupo a ser atingido pela internet. O segundo são os filiados partidários. Quando você se filia num partido obviamente você vai torcer para que esse partido ganhe a eleição e para isso você tem que ter a informação. Então o primeiro mailing (relação de endereços/contatos) que você tem que ter são os filiados. Mas o problema é que no Brasil você não tem um partido que tenha esse cadastro completo, bonito, resolvido para que você na hora que chegue com uma ação de marketing possa disseminar.


Por que os partidos não têm?


Porque todo partido no país é muito desorganizado, não dão importância pra isso. Agora com ao advento da internet começou a cair à ficha. Mas cadê as fichas dos cadastros desse pessoal, cadê os emails ?Ninguém pegou. E muitos diretórios nem ficha tem ou não sabem nem quem são os filiados municipais. Deixam pra fazer em cima da hora e em cima da hora... é aquela confusão, sai tudo errado. Não se localizam as pessoas e na hora de usar a ação já perdeu tempo de usar.


Qual será a grande novidade desta eleição?


Novidade não tem. O pessoal está achando que é a internet é novidade, não é. Nós da Abcop usamos a internet em campanha eleitoral desde 1996. Eu tenho uma entrevista que eu dei a TV Gazeta, em São Paulo, de 1996 (eleições municipais), falando do Walter Feldman e do Francisco Rossi que foram os dois primeiros a usarem essa ferramenta para veicular a sua campanha eleitoral. Então o que todo mundo está achando que é uma grande novidade não é.


Mas essa ferramenta pode ser usada, este ano, como nunca antes, não?


O que aconteceu foi o seguinte: existe uma lei liberando o uso da internet ou quase tudo na internet, porque até duas campanhas atrás era proibido. Essa é a grande novidade. Só que é uma novidade como foi o rádio, em 1923, mas que só foi usado com eficiência na campanha de 1950, como a televisão que veio para o Brasil em 1953, mas só foi usada com eficiência, na política, nas eleições de 1984. Há um período de maturação em qualquer veículo. E a internet passa por esse período de maturação. Ela ainda não esta pronta para ser usada como ferramenta de cooptação e persuasão de eleitores.


O ex-presidente Getúlio Vargas utilizou muito bem o rádio na campanha na década de 50. A internet hoje deixou o rádio para trás?


A internet ainda não deixou nenhum veículo de lado. Quem deixou o rádio para trás foi a televisão. A televisão vende e a internet compra. Você não recebe da internet nada que obrigue você a comprar. Quando você recebe você deleta. Na televisão ela está te vendendo toda hora um carro. A internet é uma mão inversa da televisão. O que temos hoje e vai continuar por algum tempo, como maior arma de persuasão, ainda será o rádio e a televisão – e a TV com maior ênfase.


Por que os candidatos deixam para planejar a campanha muito em cima das convenções e não ao menos um ano antes da eleição?


Isso está mudando e faz algum tempo. O meu escritório está com 16 contratos de campanhas eleitorais assinados há mais de um ano. Então nós temos já uma conscientização entre políticos, de que eles têm que ter um caminhar na comunicação, no marketing político com antecedência. Os que estão deixando para última hora são os que normalmente vão perder a eleição.

http://acritica.uol.com.br/manaus/Amazonas-Manaus-Amazonia-Carlos-Manhanelli-estrategias-marketing-eleicoes_0_703729621.html



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Brasil exporta marketing político para presidenciais de Angola

Entrevista ao Jornal Alemão WD a voz da Alemanha.

O especialista em marketing político Carlos Manhanelli tem 38 anos de experiência no setor, fala sobre o funcionamento dessa ferramenta eleitoral e conta detalhes de como o recurso pode mudar um candidato.



Angola se prepara para eleições diretas marcadas, inicialmente, para o mês de setembro. A população poderá eleger seus deputados diretamente e o presidente, de forma indireta. A partir de uma reforma na constituição, aprovada em 2010, o primeiro nome da lista partidária mais votada nas eleições parlamentares se torna o presidente do país, sem a necessidade de uma eleição presidencial direta.


O MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), partido da situação, já anunciou José Eduardo dos Santos, que preside Angola desde 1979, como cabeça de chapa. A Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola), principal partido da oposição, ainda não oficializou um nome.


Os partidos devem apostar em estratégias profissionais de marketing político para vencer a corrida das urnas e, nesse campo, haverá uma participação brasileira.


A repetir o que já havia feito em 2008, o presidente José Eduardo dos Santos chamou marqueteiros experientes para reforçar sua campanha. Na primeira vez, veio Duda Mendonça e, agora, João Santana e Wagner de Morais.


Os profissionais que têm no currículo campanhas do ex-presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva e da atual presidente, Dilma Roussef, vão integrar a equipe de trabalho do MPLA.


A figura de Lula e o medo


Especialista em marketing político com 16 livros publicados sobre o tema, Carlos Manhanelli é presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, acompanhou as mudanças que os profissionais de marketing podem fazer nos rumos de uma campanha e cita o exemplo do ex-presidente brasileiro Lula.


De acordo com Manhanelli, o grande problema de Lula era o medo que as pessoas tinham de votar nele. “Por que a figura do Lula era um arquétipo da figura Che Guevara”.


O especialista explica que, quando Duda Mendonça, profissional de marketing conhecido no Brasil, entrou em cena, ele percebeu que o medo era derivado da figura de Lula e não da história do político. “A história do Lula é o que todo mundo queria do presidente da República, mas a figura do Lula ultrapassava”, acrescenta.


Diante da mudança, a avaliação é de que o eleitor entendeu que quem estava pedindo a oportunidade, então, era um novo Lula: “O Lula conciliador, capaz de conciliar os interesses nacionais com uma visão social e aí ele se elege  presidente da República”.


"Marquetologia"


Carlos Manhanelli chama os marqueiteiros de marquetólogos, pois entende que é preciso conhecimento para colocar em prática ações determinantes para o sucesso eleitoral.


Ele explica que o eleitor percebe praticamente quatro tipos de imagens, ou arquétipos dos candidatos durante uma campanha e ela precisa ser adequada a necessidade do momento para aumentar as chances de sucesso. “O político tem que ser ou o herói, ou o líder charme, ou o pai de todos ou o homem simples”.


Por isso, durante a campanha da atual presidente do Brasil, Dilma Roussef, a própria candidata passou por uma reestruturação da imagem, mudando cabelo, óculos, suavizando as expressões com cirurgia plástica, mudando a forma de gesticular e a entonação da voz.


Como ministra da Casa Civil (o equivalente ao cargo de primeiro-ministro em vários países, como Portugal), cargo que ocupou durante o governo Lula, Dilma Roussef desempenhava, na avalizão do especialista, o papel da heroína.


No entanto, quando partiu para a corrida eleitoral, essa não era a figura pela qual o povo ansiava. “A Dilma era a grande gerente, aquela resolvia todos os problemas”.


No entanto, para dar continuidade ao trabalho de Lula, que contava com uma grande aprovação nas pesquisas, era preciso oferecer a figura da grande mãe e não da gerente. “Transformam a Dilma, tudo é transformado para colaborar com essa imagem de mãe, aquela que vai dar sequência à visão social implantada pelo homem simples, que era Lula”.


Marketing brasileiro é produto de exportação


Na avaliação do especialista, os profissionais contratados pelo presidente angolano são tarimbados e experientes. “O João Santana, principalmente, é um profissional que está há muito tempo no mercado, fez várias campanhas, tem uma experiência, uma bagagem de prática que é muito grande em campanhas eleitorais e aplica verdadeiramente o marketing político eleitoral”, comenta. Ele diz ainda que a técnica das quatro imagens é perceptível na no trabalho de João Santana.


O presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos conta ainda que não é de hoje que profissionais brasileiros têm sido chamados para campanhas no exterior e desde a década de 80 têm atuado na Argentina, México, Colômbia e outros países da America Latina. “O marketing político no Brasil se tornou um produto de exportação”.


Em 38 anos de experiência no setor, Carlos Manhanelli, que também é professor de assessoramento de imagem e consultoria política na Universidade de Salamanca, na Espanha, explica que o marketing político é uma ferramenta moderna que veio para substituir as antigas práticas de coronelismo, quando o voto era imposto por uma determinada liderança local.


“O marketing eleitoral, como arma democrática, substitui esses coronéis que, através da imposição, faziam a política antigamente. Então, na realidade, o marketing eleitoral se torna uma arma democrática para levar a comunicação entre o candidato e os seus eleitores”.


Quem vota decide os rumos do país


E em Angola, os profissionais brasileiros vão encontrar um terreno fértil. O presidente José Eduardo dos Santos tem a maior margem de rejeição em uma pesquisa feita pelo instituto Gallup em 34 países da África Subsaariana. São 78% de eleitores descontentes contra 16% que aprovam o seu governo. Ferramentas eleitorais à parte, Carlos Manhanelli deixa claro, porém, que quem vota é quem decide os rumos do país.


Manhanelli já esteve na África como observador eleitoral e entende o cenário africano, como um todo, como muito parecido com o Brasil no período logo depois da ditadura. Isso quer dizer um panorama que reflete a recuperação da liberdade a ser exercida por meio do voto. “A grande abertura e a conscientização de um povo que ele tem direito e não só obrigações que é o que a ditadura impõe”.


Em sua avaliação, países como Angola e Moçambique estão aumentando sua percepção de democracia e o povo, com mais consciência de seu papel no processo, pode mudar os rumos da política. “Eu acredito que, através desse processo democrático, dessa abertura que Angola está dando para essa eleição que, vamos chamar de direta, embora seja indireta porque são eleitos os deputados, o povo possa perceber que ele tem algum poder para colocar as pessoas que ele quer colocar ou lá, no caso, os partidos que ele quer colocar no poder”.


Para Manhanelli, o mais importante, porém, é ter em mente que “quem constrói a democracia de um país é o seu povo”.

OUÇA ENTREVISTA NO SITEhttp://www.dw.de/dw/article/0,,15949509,00.html



terça-feira, 1 de maio de 2012

Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político é realizado em Fortaleza

Domingo, Abril 29, 2012 Raimundo Soares Filho


Promovido pela Associação Brasileira de Consultores Políticos – ABCOP o Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político se destaca como um dos eventos mais importante sobre campanhas eleitorais no Brasil. O evento acontece a cada dois anos e este ano foi realizado em Fortaleza nos dias 27 e 28 de abril de 2012, no Hotel Oásis Atlântico localizado à beira-mar da Terra da Luz.
Quase 500 profissionais de todo o Brasil estiveram presentes, debatendo e socializando experiências com profissionais de consultoria política e ao público em geral demonstrando as técnicas modernas relacionadas à eleição.
O evento foi aberto na noite do dia 27 com a Palestra: “O espetáculo das campanhas eleitorais no Brasil”, ministrada pelo Professor Carlos Augusto Manhanelli, diretor Presidente da ABCOP que fez um relato minuncioso das últimas campanhas presidenciais apontando os erros e acerto de estratégias de cada uma.
A segunda Palestra com o título “Os Jingles eleitorais e seu efeito mnemônico” foi conduzida pelo poeta Lázaro do Piauí autor do jingle “Deixe o homem trabalhar” produzido para a campanha de reeleição do Presidente Lula.
O primeiro dia de evento foi encerrado com Coquetel com lançamento dos livros "Calendário Eleitoral 2.012: O que aprendi em 40 anos de política " de Tadeu Comerlatto e "Internet e Eleições: Bicho de sete cabeças? Usando a internet para ganhar eleições" de Carlos Manhanelli e Gil Castillo.
O segundo dia foi aberto com a Palestra “Fundamentos e estratégias de comunicação eleitoral" ministrada por Aurizio Freitas, seguido por Neyza Furgler que falou sobre “Pesquisas de opinião nas eleições municipais - Aplicação".
“O uso da internet nas campanhas municipais” foi o tema da Palestra de Gil Castillo que transcreveu a experiência vitoriosa da campanha do Presidente Barack Obama na campanha presidencial americana e mostrou como se deve fazer para vencer com o uso correto das ferramentas disponíveis na rede.
Após o Almoço o evento foi retomado Palestra “Rádio, ferramenta comunicacional nas campanhas municipais” ministrada pelo comunicador Luiz Henrique Romagnolli um dos produtores do Programa de rádio da campanha de Dilma.
O Dr. Paulo Taques ministrou excelente Palestra “O direito eleitoral e a propaganda – o que pode?” esclarecendo alguns pontos sobre a legislação em especial prestação de contas e ficha limpa.
O Congresso foi encerrado na noite de ontem (28) com a Palestra “Estratégias Eleitorais” ministrada pelo Consultor em Marketing Político e Estratégia Eleitoral Chico Santa Rita que já realizou mais de 120 trabalhos em 33 anos dedicados ao marketing político.
Chico Santa Rita mostrou na sua palestra as estratégias vitoriosas de suas campanhas e alguns erros históricos de outras campanhas de destaque nacional, citando especificamente os casos de Serra e do ex-senador Tasso Jereissati.
Na opinião do Professor Carlos Manhanelli Foi com Chico Santa Rita, em 1986, que surgiu o marketing político moderno no Brasil.
Paralelamente ao Congresso aconteceu a 9ª. Exposição de Produtos e Serviços para Campanhas Eleitorais, aonde empresas de diversos segmentos fizeram exposição de seus serviços e as novidades que trarão ao mercado político nas eleições municipais de 2012.

http://www.blogdealtaneira.com.br/2012/04/congresso-b

Cada voto vai custar no mínimo R$ 13,16 em Americana

Na somatória final, se eleger prefeito de Americana deve custar, ao menos, R$ 410 mil aos concorrentes


Ser eleito prefeito de Americana nas eleições do dia 7 de outubro deve custar, no mínimo, R$ 12,74 por voto. Especialista em marketing político ouvido pelo LIBERAL coloca a quantia - equivalente a US$ 7 por voto conquistado - como piso para os gastos de campanha na cidade.
Com a confirmação das quatro pré-candidaturas já anunciadas, seriam precisos pelo menos 32 mil votos (leia o texto abaixo), e cerca de R$ 410 mil, para garantir um mandato a partir de janeiro de 2013.
E não se trata de um chute, mas de constatação feita pelo presidente da Abcop (Associação Brasileira de Consultores Políticos), Carlos Augusto Manhanelli, após décadas de campanhas vitoriosas em todo o País.
"Sete dólares por voto conquistado é a média nacional para cidades sem uma geradora importante de TV", explica.
Para ele, o setor gráfico será, mais uma vez, o principal foco dos investimentos dos candidatos.
"Na realidade a legislação não mudou tanto assim para que você possa criar novos meios de comunicação que possam onerar mais a campanha. Se não tem TV aberta com boa audiência, o gasto maior da campanha é nas gráficas, não tem jeito", completa.
A previsão de Manhanelli "bate" com a do publicitário Alexandre Costa, diretor da agência Berimbau Propaganda de Santa Catarina, e que foi contratado para assessorar a campanha do advogado Hugo Cenedese (pré-candidato a prefeito pelo PTB) e o único marqueteiro já contratado a dar entrevista para o LIBERAL.
Sem falar em valores, ele confirma a preferência pelo material impresso.
"Estou compilando dados de uma pesquisa qualitativa sobre os meios de Comunicação e temos visto que jornal é fortíssimo", afirma.

Internet

Os dois divergem, no entanto, quando o assunto é Internet. O consultor acredita que rede mundial ainda não terá peso suficiente para decidir uma eleição.
"Acabei de publicar um livro sobre isso. Infelizmente a Internet ainda não atingiu a difusão necessária. As últimas pesquisas feitas sobre ela nas campanhas eleitorais apontam que ela não ultrapassa 9% do seguimento entre 16 e 25 anos. É um veículo segmentado, e não de massa", opina Manhanelli.
Costa, por outro lado, garante que Internet vai receber muita atenção do seu candidato durante a disputa eleitoral.
"Vamos fazer um trabalho muito forte nas mídias sociais como complemento a todo o material tradicional de campanha", completou.
Além do petebista, o empresário e pré-candidato pelo PMDB, Omar Najar, foi o único que já confirmou seu marqueteiro.
Trata-se do badalado Chico Santa Rita, que tem no currículo a eleição de diversos governadores e senadores em todo o País e chega a Americana após eleger seis prefeitos em 2008.
O LIBERAL tentou contato com o publicitário, que não pôde conceder entrevista por estar em um evento no Pará.
Ainda indefinido
A assessoria do deputado estadual Antonio Mentor, pré-candidato pelo PT, informou que ele ainda não definiu essa área da campanha. Nos bastidores, o nome mais cotado é o de Luís Favre.
O mesmo discurso foi adotado pelo presidente do PSDB - partido do atual prefeito Diego De Nadai, que deve concorrer à reeleição - Mário Antonucci.
"Não fechamos com ninguém e ainda não estamos negociando", disse.
No ninho tucano, o publicitário João Miras, que já presta serviço à agência que administra a conta de publicidade da Prefeitura, é dado como nome certo para coordenar o marketing.

http://www.oliberalnet.com.br/noticia/627F64086EB-cada_voto_vai_custar_no_minimo_r$_1316_em_americana

domingo, 8 de abril de 2012

POLITICA: ATUANDO COM MARKETING




Diário do Nordeste
08/04/2.012
Ano de eleições, dezenas de setores são beneficiados. Congresso traz novidades no ramo do marketing político

Nos dias 27 e 28 de abril, Fortaleza vai sediar novamente o 10º Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político. O evento visa trazer discussões sobre campanhas eleitorais ao público local, com a presença de especialistas no assunto. Promovido pela Marketing Político e Companhia-MP&Cia, com apoio da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), o congresso vem confirmar a importância da Capital e do Estado nas estratégias que envolvem o cenário eleitoral brasileiro.

De acordo com o coordenador do evento, Aurizio Freitas, "a realização de mais esta edição em Fortaleza é uma prova da consolidação do marketing político no nordeste brasileiro e a tendência irreversível de modernização das campanhas eleitorais".

Segundo o membro fundador e presidente da ABCOP, Carlos Augusto Manhanelli, o evento é uma oportunidade para quem atua nessa área de conversar com consultores de todo o Brasil e uma forma de tomar conhecimento das práticas das campanhas realizadas por todo o país. Nesse período, ele lembra que gráficas, produtoras de TV e vídeo, institutos de pesquisas, entre outros setores, são diretamente beneficiados. "É um mercado que vem se mostrando crescente a cada eleição", garante.

Faturamento cresce

Há seis anos atuando na área de comunicação visual, o diretor da DPI Sign, Raul Victor, concorda com Manhanelli. Segundo o diretor, esse período faz com que sua empresa aumente a demanda em até 60%. Ele relata quais são os serviços mais procurados. "Sem dúvida, o envelopamento de veículos - adesivagem personalizada dos candidatos em carros -, e adesivos perfurados; que não atrapalham a visão do motorista, para vidros de carro".

Ainda segundo Raul Victor, uma das dificuldades nesse período é conseguir gente capacitada. "Falta cursos que ensinem as pessoas a trabalhar nesse ramo ou mesmo cursos de aperfeiçoamento. A maioria dos profissionais que temos no mercado aprendeu com outras pessoas ou já tinha uma certa experiência no ramo", lamenta o empresário.

Discussões válidas

Ainda durante o 10º Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político, serão discutidos temas como jingles eleitorais, técnicas de comunicação com o eleitorado, planejamento de campanhas, uso do rádio, televisão e internet nas campanhas eleitorais.

Nos EUA, a campanha via redes sociais e internet foi crucial para a eleição de Barack Obama. Carlos Augusto Manhanelli enxerga o cenário brasileiro de outra forma. Para ele, os principais recursos e estratégias utilizados ainda são rádio e televisão. "Esses são os recursos mais contundentes", acredita o presidente da ABCOP. Para o diretor da DPI Sign, a web veio dar mais força. "A internet funciona como um meio de comunicação de muita voz, mas não sentimos que ela nos ´rouba´ clientes. Pelo contrário! Enxergamos (a internet) como uma grande aliada em nosso meio, como forma de divulgação dos serviços aos clientes", explica Raul Victor.

"Experts" na área

Com o tema "ABCOP 20 anos: consolidando o marketing político no Brasil", o congresso de 2012 será também um marco comemorativo da associação, iniciada há 20 anos por Carlos Augusto Manhanelli. A associação reúne profissionais de todo o Brasil e busca - além de difundir o marketing político - coibir a ação de profissionais que surgem no mercado em época de campanhas, dizendo-se "experts" na área.

"O mercado não é para tirar proveito, o mercado é para quem é profissional. Quem pode ser beneficiado nessa ocasião é a mão de obra não especializada que vai servir de cabo eleitoral, porta bandeira, coisas que não exigem expertise. Agora, aproveitar ninguém vai aproveitar, o mercado está altamente especializado", salienta Carlos Manhanelli.

A programação

Se você ficou interessado em atuar na área ou aprimorar-se, o congresso vai contar com várias palestras. Entre elas "O espetáculo das campanhas eleitorais no Brasil", "Os jingles eleitorais e seu efeito mnemônico", "Fundamentos e estratégias de comunicação eleitoral", entre outras.

Horários

27 de abril:

- 18h - Abertura para credenciamento

- 18h30 - Abertura oficial

- 19h - Palestra: "O espetáculo das campanhas eleitorais no Brasil" / Palestrante - Carlos Augusto Manhanelli

- 20h - Palestra - "Os Jingles eleitorais e seu efeito mnemônico"

Palestrante - Lázaro do Piauí

- 21h - Coquetel com lançamento dos livros de Chico Santa Rita e Gil Castillo

28 de Abril:

- 9h - Palestra "Fundamentos e estratégias de comunicação eleitoral" / Palestrante - Aurizio Freitas

- 10h - Palestra "As pesquisas eleitorais nas campanhas municipais"

Palestrante - Francisco Toledo

- 11h15 - Palestra "O uso da internet nas campanhas municipais"

**Para mais detalhes da programação, acesse o site do Congresso

10º Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político
Inscrições: (85)3246-2399




sexta-feira, 6 de abril de 2012

MARKETING POLÍTICO PARA EXPORTAÇÃO

Eleitordigital.net


01/04/2.012




Marketing político brasileiro vira item de exportação A lista de países onde especialistas brasileiros em marketing político atuam vem aumentando. Argentina, Peru, Paraguai, El Salvador, México e República Dominicana são algumas das nações que contrataram serviços desses profissionais.
A consultoria em marketing político de brasileiros já contribuiu para a eleição de três presidentes latino-americanos que, atualmente, exercem o cargo: o peruano Ollanta Humala, o salvadorenho Mauricio Funes e o paraguaio Fernando Lugo. Para especialistas, a nossa atual democracia competitiva e a qualidade dos profissionais fizeram com que o Brasil começasse a exportar marketing político. “As campanhas brasileiras estão fortemente profissionalizadas.
Inicialmente, começamos analisando as campanhas norte-americanas e, depois, formos expandindo. Somos uma democracia muito competitiva. Quem aprende a lidar no Brasil pode lidar em qualquer local. É uma escola. São muitos profissionais competentes. Algo a exportar”, afirma o professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Ranulfo.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, as campanhas de marketing político bem-sucedidas de Lula e da atual presidente Dilma Rousseff também deram uma “vitrine” maior ao marketing político brasileiro no exterior. Porém, o consultor afirma que a consagração desses especialistas vem acontecendo há anos. “Não acredito que tenha sido uma consequência apenas das campanhas do Lula e da Dilma. Isso já acontecia. Muito antes, fizemos consultorias políticas para a Argentina e o Paraguai. A campanha do Paulo Maluf, por exemplo, foi um “case” que analisaram no mundo todo. Mas, claro, que a Dilma também chamou atenção. As pessoas se perguntavam: “Como uma ex-guerrilheira se torna presidente de um país?”, afirma.
Manhanelli explica que a construção da imagem de um candidato é um trabalho que leva anos. “O fenômeno Lula foi uma construção de uma pessoa em 20 anos. É um político que veio do setor dos trabalhadores, tinha uma figura raivosa – uma espécie de Che Guevara – e, depois, se transformou no “Lulinha paz e amor”".
Na Venezuela campanha tem duelo de brasileiros. O próximo país a contar com o auxílio de especialistas brasileiros em marketing eleitoral nos pleitos presidenciais será a Venezuela. O pleito acontece no dia 7 de outubro e é um dos mais incertos da região. O candidato da oposição, Henrique Capriles, contratou a dupla Renato Pereira e Chico Mendez para criar sua estratégia de comunicação. Já o presidente Hugo Chávez estaria fechando um acordo com o baiano João Santana, responsável pelo marketing político das campanhas de Lula e de Dilma Rousseff.
Segundo o cientista político venezuelano José Vicente Carrasquero, a Venezuela sempre importou o marketing político. Porém, anteriormente, contratavam-se especialistas norte-americanos. “Na atualidade, estão sendo contratados profissionais do Brasil, associados ao êxito da gestão pública que governantes como Lula mostraram. Outro critério é a problemática sócio-política venezuelana, que é mais parecida com a brasileira do que com a norte-americana”, explica.
De acordo com Carrasquero, Santana deve enfrentar uma série de desafios em termos de marketing político na campanha do atual presidente. “Hugo Chávez é uma pessoa que dificilmente aceita conselhos de outras pessoas, basicamente porque é muito desconfiado. Será difícil ganhar a confiança do presidente”, afirma.
Carrasquero explica, ainda, que outra questão importante será evitar que se fale da gestão de Chávez dos últimos 13 anos, já que ela se encontra, em termos de conquistas, muito abaixo das expectativas da população. Porém, o cientista político aponta que o desafio mais importante em termos de marketing político é esclarecer o estado de saúde do líder venezuelano, que se trata de um câncer. “Será difícil os partidários de Chávez acreditarem que ele está curado ou em vias de melhora. Para conseguir votos que façam a diferença na campanha, será complicado”, diz. Por outro lado, a campanha da oposição de Capriles sob o slogan “Há um caminho” deve adotar uma posição de contraste em relação ao atual presidente.”Mas, ao mesmo tempo, Capriles precisará oferecer uma mudança que não coloque em risco os programas sociais que foram implantados pelo presidente Chávez”, ressalta Carrasquero.
Outro desafio será conseguir penetração em meios de comunicação, já que o governo nacional controla grande parte das rádios e televisões. Até o momento, o candidato da oposição parece ter adotado uma estratégia de não-confrontação. Ele tem evitado responder aos insultos e às insinuações de Chávez e de seus seguidores. Para o cientista político, enquanto o presidente é agressivo, excludente e evita entrar em profundidade quanto suas propostas, Capriles mostra os resultados de suas obras como governador e oferece soluções concretas para as pessoas.
http://www.eleitordigital.net.br/marketing-politico-exportacao/

quarta-feira, 21 de março de 2012

O Marketing Político e sua importância para a população



Desde os primórdios da civilização, a grande preocupação da população é saber o que os políticos fazem com a representatividade depositada nele através do voto.
Arautos, anúncios em praças públicas e os mais rústicos recursos são usados desde sempre com o intuito de informar os cidadãos sobre as atividades dos políticos enquanto no exercício de seu mandato.
Observando isso, o legislativo federal, quando da construção da Constituição que rege o Brasil, fez questão de colocar como cláusula a obrigatoriedade da comunicação de atos e ações dos representantes públicos em seu art.5º inciso XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
O art. 37 regulamenta a forma de se comunicar onde reza: A Constituição Federal, em seu parágrafo primeiro do artigo 37, determina que “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

Mas como fazer isso? Onde buscar as técnicas que garantam transparência, lisura e legalidade a essa comunicação, respeitando assim as leis e levando o beneficio da informação a população?
Aqui entra a moderna ferramenta chamada “Marketing Político” que tem entre suas técnicas a comunicação política.
Infelizmente em nosso país, a palavra “Marketing” ganhou conotações completamente errôneas do que realmente essa ciência representa enquanto técnica democrática de comunicação. O Marketing Político Eleitoral então se tornou o vilão da democracia, sem ao menos os usuários da palavra saberem o que isso quer dizer enquanto técnica ou ciência. Nos países mais desenvolvidos, essa técnica é respeitada como arma democrática de comunicação entre os políticos e a população, constando em várias grades de Universidades altamente respeitadas no mundo como matéria obrigatória em cursos de comunicação e ciência política. No Brasil, já temos o curso ministrado pela ECA – USP (a universidade mais respeitada em nosso país) sobre Marketing Político, ministrado por expoentes mestres da área.
O Marketing Político - Eleitoral vem substituir o coronelismo arcaico e viciante da democracia, nos atendo ao que coloca o Dr. Miguel Reale Jr, eminente jurista brasileiro, no prefácio do livro “Estratégias Eleitorais e Marketing Político” de Carlos Augusto Manhanelli – 1988 - 7ª Edição Editora Summus Editorial: “... o marketing político é essencial a prática democrática da persuasão como técnica que se vale de idéias e sensações, da organização e da avaliação acerca do próprio candidato, do eleitorado em geral, dos segmentos a serem atingidos, dos concorrentes e das pesquisas de opinião pública.
Há uma relação entre a elevação do nível de civismo, consciência política do eleitorado e a exigência de que as comunicações políticas e campanhas eleitorais se estribem nos conhecimentos e técnicas de marketing político.
Na medida em que o coronelismo, os currais eleitorais e o clientelismo perdem força, o eleitorado, liberto das amarras do obscurantismo e da subserviência, requer a prática do Marketing Político como técnica de cooptação e persuasão.
“Ganha à democracia, que significa, antes de tudo, exercício de cidadania”.

Incontestável, pois, o benefício á população e ao processo democrático advinda do conhecimento do ente político das técnicas de comunicação política e Marketing Político, seja ele do município, estado ou país, para a transparência de um mandato, seus atos e ações, assim como para a informação da população advinda da atividade política, gerando o respeito à cidadania e a democracia.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Com oportunidades para além das eleições, setor de marketing eleitoral está aquecido



Exame . com


16/02/2.010 - 16:21


São Paulo – As eleições municipais acontecem em outubro e já movimentam o mercado de marketing eleitoral. “A atuação de um consultor político vai além da época das eleições”, afirma Carlos Manhanelli, consultor e presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop).
Manhanelli explica que um profissional com experiência em marketing eleitoral pode trabalhar com políticos que já tenham mandatos e também como consultor institucional, fortalecendo as siglas de partidos políticos.
Por isso, para fazer carreira nessa área é preciso ter uma formação multidisciplinar. “Para pensar em uma campanha eleitoral, por exemplo, é preciso entender de tudo que diz respeito a uma campanha: marketing, televisão, gráfica a ciência política e estatísticas”, diz. A profissão exige conhecimento de outras áreas, como legislação eleitoral, necessário para orientar melhor advogados que trabalham durante a campanha.
O recomendável é que o profissional tenha uma formação superior em comunicação (propaganda e marketing ou jornalismo) e se especialize. No Brasil, há cursos de pós-graduação em marketing político na USP e na Mackenzie. No exterior, a Universidade de Salamanca, na Espanha, é uma das que oferecem programas nesta área.
Manhanelli afirma que a proatividade é essencial para quem quer seguir carreira na área. “Um bom consultor é aquele que você liga e tem a solução que você precisa”, explica.
A remuneração durante as eleições pode equivaler aos ganhos de um ano inteiro, mas o salário de um consultor depende de sua experiência e do quanto é especialista.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Base partidária continuará pautando ocupação de cargos




DCI – Diário Comercio Industria
06/02/12 - 00:00 > POLÍTICA

são paulo - Mesmo que passe a contar como item de uma proposta de reforma política, a substituição de cargos em todos os níveis de governo sempre foi e permanecerá sendo pautada pelos partidos que mantém a base de sustentação. A observação é de cientistas políticos ouvidos pelo DCI."Propor uma
mudança dessas no Brasil é impossível", afirma Carlos Manhanelli completando que "uma vez que a ocupação de cargos se dá pela via de quadros técnicos que são indicados pelos partidos, embora essa regra não seja tão rígida", comenta o professor de marketing político da Universidade de Salamanca (Espanha) e integrante da Manhanelli Associados. Ele aponta que distorções a essa fórmula acontecem com muita frequência lembrando que na falta de perfil técnico na base, o PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, indicou o ex-governador José Serra para o Ministério da Saúde. "Todos nós sabemos que o Serra não é médico e mesmo assim ele ocupou o Ministério da Saúde", prossegue Manhanelli que, a seguir, minimiza críticas à presidente Dilma Rousseff. "Também não se pode condenar a presidente Dilma pela composição do ministério dela. O Mercadante não tem perfil de educador para a pasta de Educação. Esse arranjo obedece fundamentalmente a critérios políticos e isso é histórico. Todos os governos fazem isso", conclui.Preconceito. Já o consultor de marketing político, Chico Santa Rita, entende que não colocar quadros partidários em cargos de todos os escalões seria um preconceito. "Eu vejo como um preconceito, uma discriminação até não colocar deputado em cargo no primeiro escalão. Porque, se você coloca um deputado federal num ministério, por exemplo, o suplente pode não ser do mesmo partido, mas será da mesma coligação do titular, o que sugere que sua atuação não será diferente da linha política do eleito. O Legislativo não teria prejuízo com isso. E se o deputado fizer um bom trabalho como ministro, ganha também o governo federal", avalia Chico Santa Rita. Outros pontosSanta Rita acrescenta que é um "defensor brutal" da reforma política e sugeriu que a lei eleitoral é pautada pelo Judiciário. "A nossa legislação eleitoral é uma colcha de retalhos sem qualquer organização e vive dando margem a novas jurisprudências. A justiça sempre tem a última palavra e esse é um ponto que precisa ser atacado por uma reforma política", aponta. Outro item lembrado por Chico Santa Rita é a promiscuidade presente no Executivo que redunda no privilégio a quadros partidários. "Uma reforma política deveria criar um mecanismo para impedir a promiscuidade que privilegia 'amigos' do partido que criam estruturas corruptas nos governos. Isso sempre teve no Brasil, é verdade, mas cresceu de forma exagerada nos governos do Partido dos Trabalhadores. Nunca se viu tanto escândalo protagonizado pelo primeiro escalão como agora", encerra.

http://www.dci.com.br/Base-partidaria-continuara-pautando-ocupacao-de-cargos-5-409358.html




segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Bate-papo - Isto É Dinheiro

Nº edição: 745 13.JAN.12 - 21:00


Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos e da Manhanelli Associados.

O fundador da primeira agência voltada à consultoria de marketing político fala sobre a expectativa do setor com as eleições para prefeito este ano:


Qual período é mais agitado para o setor: nas eleições para prefeito ou quando ocorrem para presidente e governador?
Este ano será mais agitado. Afinal, existem 5,6 mil municípios no Brasil, que terão eleições para prefeito e vereadores. Haverá cerca de 20 mil candidatos a prefeito e mais um milhão a vereador.

Existem profissionais suficientes para atender a essa demanda?
Nem todos os candidatos vão fazer campanhas com pessoas especializadas em marketing político, mas, mesmo assim, haverá falta de profissionais. Existem hoje no Brasil menos de mil pessoas especializadas no tema. O grande problema é que há empresas que vendem esse serviço sem saber fazê-lo.

Qual o limite ético do marketing político?
Não existe teatro. O que há são quatro imagens que servem para consagrar o político: a do herói, a do líder charmoso, a do grande pai e a do homem simples. O marketing busca ressaltar a característica que o político já possui.
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