terça-feira, 6 de julho de 2010

DEBATE SOBRE ELEIÇÕES 2.010 REDE VIDA


Rede Vida de Televisão promove debate sobre as Eleições 2010

O Profº Ms. Carlos Manhanelli foi um dos entrevistados do renomado programa Tribuna Independente

Com a finalidade de propagar as mudanças na legislação eleitoral brasileira, o apresentador Sebastião Misiari recebeu, nesta segunda-feira (05), o advogado especializado em Direito Político e Eleitoral, Dr. Ricardo Porto. Entre os debatedores, que fizeram parte da bancada do programa Tribuna Independente, estavam o consultor político e mestre em comunicação Social, Profº Ms. Carlos Manhanelli e o jornalista Luís Humberto Carrijo.
Dentre os temas debatidos estavam à aprovação da Lei Ficha Limpa e as alterações na lei eleitoral de 2010.
De acordo com o advogado Ricardo Porto, “tecnicamente, já foi dada a largada para campanha eleitoral deste ano”. O especialista explica que a alteração na legislação que proibi compra de qualquer material sem constar na conta bancária do candidato vai retardar a saída às ruas dos políticos.
Essa alteração é contestada pelo professor Manhanelli que defende que todas as instituições que circundam uma campanha eleitoral devem seguir prazos. “Porque todo mundo tem prazo para trabalhar e a Receita Federal não tem? Na prática, não temos como começar as campanhas a que fomos contratados e é por isso que o ideal seria que a legislação antes de promulgada, fosse analisada na prática, ou seja, na viabilidade de datas e prazos”, discorre o consultor político sugerindo que o CNPJ exigido pela Receita seja emitido com maior agilidade.
Outro assunto debatido foi à aprovação da Lei Ficha Limpa, um dos temas mais questionados pelos telespectadores. Segundo Porto, os casos de cassação e inelegibilidade de candidatura são analisados individualmente. “Infelizmente no país, não temos uma lei eleitoral clara, sendo que a corte do Judiciário é alterada há cada dois anos e por isso não sabemos qual a avaliação será feita de cada caso, uma vez que os que estão hoje no Judiciário não são os mesmos da campanha de 2008”.
O jornalista e assessor de imprensa, Humberto Carrijo pondera que a sociedade está ansiosa por uma legislação moralizante e espera que isso ocorre por meio da nova lei.

As mudanças
Sem sombra de dúvidas, a utilização da internet é uma das alterações mais polêmicas que gera maior debate em toda a mídia brasileira. Porto defende que as mudanças permitem o uso das novas tecnologias, desde que esse seja feito de forma responsável. “O candidato pode mandar e-mails, desde que explicite na mensagem o direito de remoção do destinatário. Os amigos enquanto Pessoa Física, podem apoiar e divulgar seus candidatos desde que essa ação seja voluntária. O mesmo não acontece com Pessoa Jurídica, onde a divulgação e apoio a candidatos é proibida”.
Outra proibição é a venda de espaço publicitário na internet, mudança questionada por Manhanelli. “Se nós podemos comprar espaço nos jornais, TVs e rádios, porque não podemos comprar na internet? A internet não é um meio de comunicação igual os demais? Este ano, o número de inserções e o tamanho das publicações também foi definido, porque não fazer isso na internet?”
Porto esclareceu que existem muitas controvérsias na nova legislação que cabem debate, porém acredita que com o passar dos anos, as alterações serão aprimoradas.

O valor do profissionalismo
Apesar dos aventureiros no ramo político eleitoral, todos os entrevistados foram unânimes ao defender que uma campanha eleitoral deve ser realizada por profissionais da área. De acordo com Manhanelli, “não se faz uma campanha sem um bom jornalista fazendo assessoria de imprensa, sem um departamento jurídico competente e claro, uma consultoria política criativa e eficaz, e nisso nós somos os melhores, graças a reformulação contínua da legislação eleitoral”.
Porto concorda com o consultor e lembra que caso não haja um bom entrosamento entre os departamentos jurídico e de comunicação, a campanha do candidato não sai do papel.

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