sábado, 9 de fevereiro de 2013

Marketing Político - Política é comunicação.


Defino na minha frase “Comunicação para os políticos é como o ar que ele respira. Se parar morre”.

Toda e qualquer ação política passa pela comunicação. “Para chegar ao poder, assim como para o exercer ou prestar contas ao cidadão, a política é comunicação.” (Michel Bongrand)

Seja qual for o sistema político e a organização do Estado, a própria legitimação do sistema assenta nesta capacidade de comunicação – “as ações para gerar e manter a crença social da validade das instituições são em grande medida uma tarefa que se dá à propaganda. Nela se atribui a função de difundir os princípios e os valores que fundamentam o exercício ideológico, consolidar a legitimação do sistema”. (Mário Herreros Arconada)

Poucos são os livros que estudam tão profundamente a comunicação pública e política no Brasil.

Embora seja um dos temas mais importantes na atualidade, ele foi aplicado no império romano através dos anunciadores de Cesar, que pregavam a população os bons feitos aos brados pelas ruas do império.

Estudos detectam até antes do império romano essa modalidade de propagação de informes.

A comunicação pública procura sair da mesmice que a propaganda apresenta, mas com o mesmo objetivo da persuasão.

Quem trabalha com marketing político-eleitoral e comunicação público-política, sabe que a persuasão mais eficaz é a que se torna mais agradável e envolvente, a que faz uso da emoção.

A racionalidade nunca teve muito êxito na comunicação política e eleitoral, pois as que assim o fizeram não conseguiram seus objetivos. Citando Alejandro Quinteros: “Na realidade, as mensagens propagandísticas de tipo racional tiveram e têm muito pouco êxito. Uma aproximação aos sentimentos das audiências, completada ou não por uma mensagem racionalmente elaborada, foi e é o único caminho da propaganda”

John Kenneth Galbraith chama de “o poder condicionado” o que não é visível “naquilo que o indivíduo, no contexto social, foi levado a acreditar e que se torne, para ele, intrinsecamente correto. A aceitação social do poder condicionado aumenta tanto mais quanto se caminha do condicionamento explícito para o implícito”.

A comunicação política quanto mais trabalhada e honestamente implementada, só tem a ajudar na consolidação de qualquer democracia, que com transparência e dignidade, torna a matéria primordial nos regimes libertos de amarras, do obscurantismo e da subserviência.

 

Libertas Quæ Sera Tamen

 

Prof. MS Carlos Manhanelli – Presidente da ABCOP – Associação Brasileira dos Consultores Políticos, autor de 16 livros sobre a matéria, Professor de Marketing Eleitoral e Comunicação Política na Universidade de Salamanca – Espanha, participou de 264 campanhas eleitorais e formação de imagem, no Brasil, America Latina e África, em 39 anos de profissão. Membro eleito pelos leitores da revista americana “Campaigns & Elections” para seu “Hall da Fama” como um dos cinco maiores consultores político Ibero – Americano.

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