segunda-feira, 11 de março de 2013

MARKETING POLITICO NO BRASIL MODERNO

                                                      

 
          Nos últimos anos temos ouvido por demais o termo Marketing Político como definição de Estratégias Eleitorais, Propaganda Política e Comunicação Social.

         Vários eventos, palestras, seminários e congressos foram efetuados com especialistas do mais alto calibre, principalmente no eixo Rio - São Paulo, para se conceituar esta nova ciência, que tanto se fala e tão pouco se conhece.

         Amadurecemos vários conceitos como os das Leis que regem uma Campanha Eleitoral (A Lei da Procrastinação, a Lei da Efemeridade e a Lei da Indiferença), os fatores que mais interferem no momento do voto (conjuntura social, econômica e política), as técnicas de Marketing, Propaganda e Comunicação que auxiliam os candidatos na hora de pedir o voto, e tantas outras já consagradas.

         Em nossas várias palestras já ministradas, a de Buenos Aires nos mostrou um fato bastante interessante. Pesquisas nos confirmam que 15% dos eleitores chegam no momento do voto sem saber em quem votar em majoritário e 45% chegam na boca de urna sem candidato a proporcional aqui no Brasil. Procurávamos as causas deste acontecimento, quando um palestrante australiano nos passou os mesmos números de pesquisa efetuada em seu país.
Os numeros de 2.012 falam por si:
O número de votos brancos e nulos do Brasil no segundo turno das eleições de 2.012 foi de 9,8%, o maior desde 1996, quando foram realizadas as primeiras eleições informatizadas do país. Em todo o país, 3,25% dos eleitores votaram em branco e 6,6% anularam seus votos. No primeiro turno, o índice foi de 11,1%.
Já o percentual de abstenção é a segunda maior da história dos segundos turnos do Brasil. No domingo da eleição, 19,11% dos eleitores do país não compareceram às urnas.
Constatamos então que este fato acontece normalmente em eleições onde o voto é obrigatório. O voto obrigatório é um viés em qualquer democracia que queira se chamar de democracia.

O Povo brasileiro já tem consciência suficiente pra decidir se quer ou não usar seu direito. (voto, no sistema democrático, é um direito, mas no Brasil é um dever).

Mutatis Mutantis.

 
Prof. Carlos Manhanelli é o atual Presidente da ABCOP (Associação Brasileira dos Consultores Políticos), autor de onze livros entre eles “Eleição é Guerra”, “Estratégias Eleitorais” “O Marketing Pós Eleitoral”e “Marketing Eleitoral – O Passo a Passo do Nascimento de um Candidato”, Mestre em Comunicação Social e Professor Titular na Universidade Pontifícia de Salamanca – Espanha.

 

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